29 de dez. de 2008

Feliz 2009!

Não dá para fazer comentários agora, ficarão para o ano que vem!

Feliz 2009!!



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21 de dez. de 2008

Leão

Se a contratação de Emerson Leão não pode ser considerada uma notícia de grande impacto para o fim do ano, já é infinitamente melhor do que a notícia do acerto com o Geninho no fim de 2007, substituindo o próprio felino no comando alvinegro. Figura controversa, Emerson Leão chega para dirigir o Atlético pela terceira vez, a primeira em que terá a oportunidade de fazer a pré-temporada e ajudar na montagem do elenco para 2009. A julgar pelas entrevistas iniciais e a faxina que começou a fazer no grupo, o homem tem boas intenções. Resta saber se a diretoria atleticana terá, dado o curto espaço de tempo, competência e, claro, dinheiro, para trazer os reforços necessários para suprir as deficiências do time.

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12 de dez. de 2008

2008

Pois bem, o PPV não falhou no domingo e pudemos assistir ao fim da temporada 2008 tranquilamente, alternando os momentos de emoção entre a telinha e o Pro Evolution Soccer 2009. A verdade é que após o gol de Borges em Brasília a temporada já estava decidida, de modo que foi mais interessante acompanhar a briga contra o rebaixamento do que a partida em Porto Alegre.

Após uma sequência de partidas que a princípio apontava para um fim de temporada mais ameno, a equipe voltou ao seu normal e tivemos que engolir as três últimas rodadas sem anotar um tento sequer. A barca deve sair cheia direto da sede de Lourdes. Começou com o Marcelo Oliveira.

Como disse há alguns posts atrás, a permanência ou não do treinador, na minha modesta opinião, dependia mais do projeto que a direção do clube gostaria de levar adiante no ano de 2009. Se é para manter a política de contratar renegados e mesclá-los com atletas oriundos da base, melhor deixar o cara lá. Caso a ambição seja maior, a mudança é necessária. Agora que a demissão já foi oficializada, vamos torcer para que haja seriedade na escolha do novo treinador e na montagem do elenco para o ano 101.

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30 de nov. de 2008

Apatia

E não é que o canal 121 da NET estava transmitindo a partida? Como sou assinante da TVA, tive que contar com a compreensão e a generosidade de um amigo detentor da assinatura da NET e que me possibilitou assistir a flashes do segundo tempo.

Mesmo tendo visto pouco, uma análise: a evidente apatia do Atlético demonstra para mim que, nos bastidores, as mudanças para 2009 já devem ter vazado, de modo que todo mundo já está torcendo para 2008 acabar. Domingo que vem enfrentaremos o Grêmio no Olímpico, partida que pode decidir o campeonato e que, espero, conte com uma atuação digna do Galo.

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Galo x Santos: estamos cercados por idiotas

Os cretinos do pay-per-view sacrificaram o jogo do Galo para passar Coritiba x Vasco, que também é o jogo da rede (Globo e Band estão passando a partida). Sobrou o radinho, via internet. Que fim de domingo, puta que pariu!

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23 de nov. de 2008

Burocracia

O que me intriga é a postura covarde adotada este fim de tarde na Ilha: se o clube não almeja mais nada, porque jogar pra empatar? Havia algum acordo com o dono da casa para que evitássemos ao máximo praticar o futebol? O que havia era uma razão para correr afinal de contas o clube nunca venceu o Sport em Recife.

É certo que o "se" não joga, mas houvesse jogado para vencer, objetivamente, ao invés de praticar esse maldito futebol burocrático, é provável que não tivéssemos levado 3 gols (ou, pelo menos, teríamos anotado algum(ns)).

Observações finais: Édson continua falhando bisonhamente quando sai na bola. Além disso, o Élton não acertou um passe sequer e não desarmou ninguém, Raphael Aguiar não é lateral e o Beto não é centroavante.

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18 de nov. de 2008

Goleiro

Se não me engano, este tópico já foi abordado anteriormente nesta página. Depois de uma grande safra de goleiros vindos da base (Diego e Bruno), a torcida tinha muitas esperanças no Édson, como não poderia deixar de ser diferente. Admito que tenho bastante boa vontade com relação ao referido arqueiro, principalmente por ser oriundo da base e suposto herdeiro da mesma escola que formou os citados atletas.

No início, acreditei que as falhas do Édson fossem ocasionadas pela pressão de estar defendendo um grande clube, com uma torcida exigente e num momento complicado. O próprio Diego é um exemplo do que o desequilíbrio emocional pode ocasionar: durante a desastrosa campanha de 2005 ele teve que atuar para substituir o suspenso Bruno na partida contra o Fortaleza no Mineirão. Após abrir 2 x 0 o Galo sofreu a virada nos minutos finais com duas falhas do jovem goleiro. O resultado foi que o Diego só veio a se firmar após a saída do Bruno e, ganhando ritmo de jogo, pode mostrar o excelente goleiro que era. O rapaz deu um azar naquela partida e provou o seu valor quando voltou a ter uma oportunidade.

As falhas do Édson, infelizmente, não podem ser justificadas pelo azar. É fato que o cara tem uns lampejos e acaba fazendo defesas incríveis, mas toda vez que ele se adianta para sair em uma bola meu coração dispara. Contra o Vasco, além do gol sofrido, ele ainda falhou em umas duas ou três saídas do gol. O problema, obviamente, é crônico. Resumindo: no domingo, na Ilha, não teremos alternativa a não ser torcer contra o ataque do Sport. Falhas haverão.

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16 de nov. de 2008

4 x 1

O fato de a CBF haver antecipado a data da partida contra o Vasco do fim de semana para a quarta-feira me deixou um pouco ressabiado. Considerando a situação desesperadora da equipe carioca faltando quatro rodadas para o fim do campeonato e todas as histórias envolvendo arbitragens e o Atlético Mineiro ao longo destes 37 anos de Brasileirão, não dava para ficar tranquilo com esta mudança em cima da hora.

No entanto, contrariando as minhas suspeitas, o que se viu ao longo dos 90 minutos foi uma equipe aguerrida em busca da vitória frente a um Vasco meio perdido em campo. Como já venho repetindo, o Marcelo pode não ser o melhor dos treinadores, mas o time está organizado e tem corrido. Os dois primeiros gols foram na base da tabela. O que representa um fundamento do futebol, transforma-se em puro virtuosismo e sofisticação se compararmos ao jogo praticado nos tempos do Geninho e companhia. Ponto para o senhor Oliveira e os seus comandados oriundos da base atleticana.

O placar elástico representou bem o que foi a partida, uma pena não termos conseguido devolver aquela goleada vergonhosa no Rio de Janeiro, mas já ficou de bom tamanho. Mais uma vez fui dormir contente, raridade nesse ano de 2008.

Para finalizar, destaco as estatísticas desde que voltei de férias: 3 jogos, 3 vitórias (Botafogo, Vitória, Vasco). Pé frio é o caralho!


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11 de nov. de 2008

A camisa

O fim de semana foi de festival e show em São Paulo. Acabei aproveitando para visitar o Museu do Futebol no Pacaembu. Se o museu é caprichado no design e na parte multimídia (gols, narrações, lances, fichas técnicas), carece um pouco de conteúdo, na minha opinião. Esperava encontrar mais chuteiras, camisas, troféus, etc. E isso, tirando a exposição sobre o Pelé que conta com a camisa usada pelo rei do futebol na final de 58, a bola do milésimo gol e réplicas de troféus, o museu não tem. Sem dúvida, é um excelente programa familiar e para aqueles que não acompanham o dia-a-dia do esporte bretão e desejam conhecer um pouco mais. Mas, se o sujeito é o tipo que conhece a história das copas, dos campeonatos jogados no Brasil e na europa, não vai ter muita novidade.



Ainda no sábado o Galo conquistou um grande resultado contra o Vitória no Barradão. Não pude assistir toda a partida, mas destaque para o golaço (nem tanto pela finalização do Pedro Paulo, mas sim pela jogada que resultou no tento) que assegurou a nossa vitória e a permanência na primeira divisão.

Conforme dito no post anterior, o Marcelo pode não ser o melhor treinador do país, mas sob o seu comando a equipe tem conseguido resultados que julgo expressivos quando comparados aos que foram atingidos até a sua chegada. Não sei quais são os planos da nova gestão para a temporada 2009, mas apostaria na permanência do Marcelo e na valorização dos jogadores da base. Não sei se ele seria o treinador indicado caso a diretoria resolva contratar para valer. Como esse, seguramente, não será a realidade do ano 101, confio no nosso atual treinador.

Finalmente, é surpreendente desfilar com a camisa alvinegra fora de Belo Horizonte (inclusive no exterior). Sempre se escuta um grito de GALO, se ganha um aperto da mão ou um tapa nas costas. Ontem, durante o show do REM, aconteceu várias vezes, surpreendendo os amigos de vários estados que se encontravam por lá. É uma religião, definitivamente.


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7 de nov. de 2008

Férias

Performance durante as minhas férias (ou as partidas que perdi):

Flamengo 0 x 3 Atlético
Atlético 0 x 2 Cruzeiro
Atlético 2 x 2 Inter
Coritiba 2 x 1 Atlético

No início cheguei a temer pela possibilidade de haver uma relação entre a minha presença no campo ou mesmo em frente à telinha e a performance do Galo. No entanto, o restante da campanha ao longo da minha ausência derrubou esta hipótese.

Falando sério, a temporada 2008 está chegando ao fim e, aparentemente, conseguiremos nos manter na primeira divisão. Se o desempenho do time sob o comando do Marcelo Oliveira não é dos melhores, é preciso destacar que a equipe tem conseguido bons resultados contra os grandes clubes, quebrando alguns tabus importantes. As expectativas são razoáveis para as cinco rodadas finais, pontuar é o mais importante.

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7 de out. de 2008

Erros

Apesar da derrota no último sábado, o Atlético não fez uma má apresentação, ouso até dizer que estava melhor do que o Palmeiras até a expulsão infantil do Marques. Com um jogador a menos, acabamos sendo envolvidos pelo melhor time do Palmeiras e levando a virada. Ainda assim, dois dos três gols surgiram em falhas de marcação: o de empate, quando Márcio Araújo deixou a avenida para Leandro finalizar e o da virada, quando a marcação do Denílson coube a Raphael Aguiar, que correu atrás do ciscador uns cinquenta metros sem tentar sequer derrubá-lo. 3 pontos a menos, mas que já estavam contabilizados negativamente nos nossos prognósticos.

Sábado, no Rio de Janeiro, enfrentaremos, mais uma vez, o nosso segundo maior rival. Acredito que, dadas as atuais circunstâncias, um resultado positivo seria um feito histórico do Galo e, mais uma vez, rogo ao pai celestial que ilumine o escrete alvinegro e que consigamos impor uma derrota aos rubro-negros dentro do Maracanã. Com todo o sofrimento que foi imposto ao torcedor neste ano, uma vitória no Rio e outra no clássico na rodada seguinte já seria um alívio estrondoso no tão combalido orgulho atleticano.

Infelizmente, não estarei aqui para ver/acompanhar as próximas quatro rodadas, de modo que não viverei toda esta euforia em tempo real e aguardarei ansiosamente pelos SMS dos companheiros que estarão ligados nestas pelejas.

Com relação ao episódio da dispensa do trio maldito, fica a dúvida: foi uma atitude demagógica, de eleger um bode espiatório e jogar para a torcida ou uma mudança de ares e um sinal de que o Atlético está voltando a ter comando e a exigir o devido respeito? Tenho as minhas dúvidas. De qualquer maneira, serviu para chacoalhar o ambiente e dar um choque na rapaziada. Quanto aos jogadores, não terão a ausência tão sentida assim, vide o desempenho pífio, descompromissado e sonolento de suas últimas partidas. O que ainda me choca é a burrice e o descomprometimento de jogadores profissionais mas, cada um sabe de sua vida. Que sejam felizes em outro lugar.

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4 de out. de 2008

CTI

Ao ler as notícias desta manhã só fico mais convicto de que o Atlético Mineiro está no CTI. Além de todos os problemas de conhecimento público, o presidente do conselho abandona o barco e três jogadores são cortados do elenco por indisciplina (Mariano, Calisto e Lenílson). O time não tem dono, não tem uma referência no comando, não tem ninguém para tomar uma decisão e assumi-la. Já não o tem há algum tempo, é verdade, mas isso só ficou claro de uns meses para cá.

O mais interessante com relação a um clube de futebol é que as pessoas responsáveis pela sua gestão fazem e desfazem uma série de coisas e quando, porventura, tudo dá errado, elas vão embora e o pepino fica com os seus sucessores. Ninguém é responsável por nada. Nada! Assim é muito fácil ser presidente, vice-presidente, diretor, qualquer coisa. Nâo é preciso responder pelos seus atos. Tenho minhas dúvidas se a mudança no estatuto do clube alteraria esse cenário. A julgar pela lista de candidatos a sucessão do senhor Valadares, os prognósticos tampouco são animadores: filhos, sobrinhos, parentes daqueles que comandam o Atlético Mineiro há algumas décadas e que são responsáveis diretos pelo estado no qual o clube se encontra atualmente.

A minha tristeza é maior pela instituição, pela tradição construída aos poucos e com muitas dificuldades ao longo de cem anos de história representando Belo Horizonte e Minas Gerais no Brasil e no mundo. O processo de construção de uma tradição, de uma reputação é um processo longo, lento e custoso e bastam apenas alguns anos para que se destrua um trabalho de gerações. O Atlético está na minha família há quatro gerações, é assunto do dia-a-dia, é parte da minha identidade de mineiro mesmo morando fora há mais de quatro anos e a verdade é que na rota que estamos adentrando, só vai sobrar história para contar para a quinta e a sexta gerações.

O declínio do galo é ruim para Minas Gerais, para Belo Horizonte e até para o nosso maior rival, pois a rivalidade fortalece e motiva, é importante para o crescimento de ambos. O Atlético precisa se profissionalizar, já deveria tê-lo feito há uns bons 15 anos e agora receio que o tempo esteja se esgotando. E profissionalizar não significa virar vitrine para os jogadores dos empresários da TRAFFIC ou qualquer outro grupo de empresários.

Deus nos proteja em São Paulo.


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3 de out. de 2008

E o fundo do poço?

Comecei a acompanhar futebol de uma maneira mais séria durante a Copa União de 1987. De lá até os primeiros anos do século XXI o que me alentava após os inúmeros fracassos alvinegros era a certeza de que aquela era uma má fase, uma estiagem de conquistas que logo iria passar. No entanto, passando por todas essas turbulências que sacodem o clube desde 2003, estou cada vez mais convicto de que, para a minha geração, aquela era a boa fase.

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27 de set. de 2008

Mais uma vez

Até o início da partida acreditei que o Atlético conseguiria uma boa vitória contra o Figueirense, tradicional freguês e dono da pior defesa do campeonato. No entanto, contrariando as minhas expectativas e sepultando as minhas esperanças de um restante de campeonato mais tranquilo, o Galo voltou a ser tudo aquilo que tem sido ao longo desse ano: um time apático, sem entusiasmo, sem objetivo, ou seja, uma depressão completa.

É meio difícil ser compreensivo com a limitação do elenco quando os jogadores não conseguem acertar passes a uma distância de dois metros ou não efetuar um cruzamento correto sequer. O que foge à minha compressão é um indivíduo se propor a seguir uma carreira e não conseguir ser profissional. Se quer ser jogador de futebol, é preciso saber acertar um passe ou, mais especificamente, se quiser jogar de lateral, é bom aprender a cruzar. O que quero dizer é que a falta de talento é aceitável, mas o básico qualquer profissional tem que estar apto a fazê-lo.

Além disso, não pude deixar de notar uma nítida má vontade em boa parte da equipe alvinegra, tendo como seu expoente o senhor Lenílson, que andou em campo o tempo todo (sem contar o fato de permanecer deitado a cada falta que levava ou a sua lenta e irritante caminhada até o banco de reservas quando foi sacado de campo). Poderia citar mais uns quatro ou cinco jogadores aqui que devem ter comido uma dobradinha no almoço, pois pareciam carregar um saco de cimento nas costas, mas me falta saco para tanto.

Pensando bem, o elenco deve estar tranquilo já que faltam apenas quatro vitórias para permanecermos na série A. Ainda mais que agora virá a parte fácil da tabela: Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, Inter e Coritiba.

Para finalizar, duro é aguentar um jogo horroroso como o desta noite com a equipe do PFC exibindo, a cada dez minutos, um "lance de perigo direto do Maracanã", como se eu estivesse preocupado com a porra do jogo do Flamengo contra o Sport. Obviamente, os lances perigosos de Goiás e Vitória não eram exibidos direto do Serra Dourada.

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6 pontos

Independente de o Atlético ter feito uma boa ou uma má partida, o que importou no sábado passado contra o Timbu foi a conquista dos três pontos. Valeu mais pelo belo gol do Renan Oliveira. Amanhã, contra o Figueira, valerá a mesma lógica: jogando feio ou bonito precisamos destes três pontos.


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18 de set. de 2008

Incógnita

E o primeiro a confirmar sua candidatura à presidência do Atlético é o obstinado Itamar Vasconcellos. O problema de toda mudança é que sempre há a possibilidade de se mudar para pior.

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Fim de uma era



E o Ziza não resistiu e pediu para sair, coroando mais uma gestão desastrosa no Clube Atlético Mineiro. A verdadeira razão que o motivou a pedir o boné permanecerá uma incógnita, pois essa justificativa de que membros do próprio conselho o estavam ameaçando não convence ninguém.

Até confesso que no início nutri uma certa simpatia pelo senhor bigodudo que assumiu a presidência do Galo. No entanto, os sinais logo apontaram para mais esse desastre na história do maltratado alvinegro mineiro: o excesso de promessas e provocações e a incapacidade de bancá-las eram as principais evidências de que a história não terminaria bem.

Vejam bem, eu nem pretendo ser tão rigoroso a ponto de dizer que o sujeito não poderia errar, mas os equívocos foram recorrentes durante toda sua administração:

* mais de uma vez um acerto com um determinado jogador foi anunciado e no dia seguinte, ou mesmo poucas horas depois, o atleta se apresentava em outro clube (até mesmo no nosso maior rival), minando o resto de credibilidade que o Atlético possuía;

* quantos laterais o Atlético contratou esse ano? Algum deles é melhor do que o Thiago Feltri?

* e o número de atacantes?

* e o retorno do maldito Geninho, persona non grata quando se trata do Atlético e, obviamente, odiado pela torcida?

* festas do centenário e a descaracterização do uniforme do clube, etc.

* goleadas, 6 goleadas históricas.

Eu quero acreditar que foram apenas equívocos, mas fica difícil, seria duvidar da inteligência do ex-presidente e não parece ser esse o caso.

A verdade é que, infelizmente, a história não tem sido muito diferente desde que comecei a acompanhar futebol: Nélson Campos, Afonso Paulino, Paulo Cury, Nélio Brant, Ricardo Guimarães, Ziza Valadares, tanta gente que passa pelo comando do clube e que não consegue fazer uma gestão profissional. As equipes montadas, embora fossem competitivas em determinados momentos, nunca tiveram pegada o suficiente para chegar a uma final e vencer.

O Atlético chegou aos 100 anos sem conseguir ser profissional, seu maior credor é um dos seus ex-presidentes, num evidente conflito de interesses e numa demonstração de absoluta falta de ética e com um time de futebol pronto para retornar à segunda divisão do Brasileirão.

E agora? Quem poderá nos ajudar?

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15 de set. de 2008

1987

Ipatinga 3 x 2 Atlético
Atlético 1 x 1 São Paulo

No último sábado, um dos vídeos disponibilizados no Baú do Esporte no site da Globo era o compacto da estréia do Galo na Copa União de 1987, um sacode de 5 x 1 no Santos. Já era o primeiro sinal da grande campanha que o time do Telê Santana faria naquela temporada. Logo depois, cliquei no símbolo do Atlético para ler as notícias do clube e a realidade reaparece. 21 anos depois a história é bem diferente, no momento não temos forças para vencer o Ipatinga, lanterna do campeonato e vizinho bem conhecido, de modo que a luz vermelha já está acesa. Basta analisar a tabela para perceber que conseguir menos do que seis pontos nas duas próximas rodadas significará o iminente descenso e a coroação do trabalho desenvolvido pelos nossos gestores nesse ano do centenário.

O que mais me intriga em relação à gestão é o amadorismo dos caras... Se não for isso, só pode ser má-fé, sacanagem com o torcedor alvinegro. Com esse elenco limitado, sem personalidade que montaram para essa temporada, ainda inventam essa história de centenário e continuam martelando nisso a cada vexame, cada goleada, cada eliminação: é uma festa, uma cerimônia, o lançamento de mais uma camisa, etc. É botar mais pressão em quem treme diante do Ipatinga, da Portuguesa e de outros adversários. Hoje me aparecem com o discurso de contratações e parcerias para 2009. É muito insulto à inteligência alheia. Na verdade, para poupar esforços e irritações, eles deveriam divulgar a lista dos reforços desejados e passar lá no Barro Preto para ver quais nossos adversários não gostariam de contratar. De repente, sobra pra gente, tamanha a falta de prestígio e de qualidade de gestão que estamos vivendo.

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31 de ago. de 2008

Falta inteligência

Portuguesa 1 x 1 Atlético

O que mais me chateia no time desta temporada não é a falta de categoria do elenco, afinal já estamos acostumados com isso há alguns anos. O pior é verificar a covardia e a falta de inteligência do mesmo. Se o problema é pressão, é melhor buscar outra profissão, ou jogar no Ipatinga.

Na partida desta noite o galo achou o gol na sua única oportunidade e, depois, resolveu assistir a lusa tentar jogar bola porque, sim, o time deles consegue ser pior do que o nosso. Pra tornar a tarefa do oponente mais fácil, desperdiçamos todos os contra-ataques com passes errados no meio-de-campo ou chutões da intermediária. Uma hora os caras acertaram e ficou por isso mesmo.

Uma dúvida: o que acontece com o Renan Oliveira? Aparentemente, o jovem tem talento, mas desde a desastrosa goleada contra o Cruzeiro o seu futebol desapareceu. É mais uma promessa a ser queimada pelo Atlético? E o Tchô? Continua com a mesma displicência de sempre... Achei que pudesse mudar depois da contusão que sofreu durante a pré-temporada, mas foi só uma ilusão.

Pra finalizar: dizer que foi buscar um ponto em São Paulo é fácil, quero ver é arrancar ponto do São Paulo Futebol Clube no Mineirão.

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Só nos resta rezar



Considerando a defesa escalada para o jogo de logo mais contra a Lusa (Édson, César Prates, Leandro Almeida, Marcos, Calixto), só nos resta rogar ao senhor para que não sejamos premiados com mais uma goleada nesta temporada odiosa.

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28 de ago. de 2008

É CAMPEÃO!

Atlético 2 x 5 Botafogo

Não esperava muito do Atlético quando me sentei para ver o jogo na noite de ontem. A expectativa de um mal resultado se concretizou com menos de meia hora de jogo quando o Botafogo já havia marcado duas vezes com o Lúcio Flávio, ex-atleticano já xingado tantas vezes aqui nesta mesma página. O problema é que ontem havia apenas um time de futebol em campo, que era o do alvinegro carioca o qual, praticamente, treinou no gramado do gigante da Pampulha, se dando ainda ao luxo de perder um pênalti com o Gil.





Na metade final do segundo tempo a torcida atleticana partiu para a auto-ironia ao gritar olé para todas as trocas de passes do seu próprio time, abafando os cantos da torcida carioca. Em seguida, houve gritos lembrando jogadores de grande talento que vestiram o manto sagrado como o BILU, por exemplo. Finalmente, após o desabafo inicial, o Mineirão explodiu em gritos de "É CAMPEÃO! É CAMPEÃO!", deixando pasmos narrador, comentarista e a torcida adversária, que se calou definitivamente. Pra mim foi um momento de grande tristeza ver que, assim como eu, a maioria resolveu jogar a toalha com esse time e essa direção. Estão conseguindo acabar com a história da instituição.

Aliás, sobre a torcida, tenho ouvido diversas críticas de cronistas e amigos torcedores de outros clubes, que acham a atitude da torcida (vaias, gritos de olé para o adversário, etc) errada e sem fundamento. Eu já fui partidário desta opinião, mas atualmente considero que a torcida atleticana está no direito dela porque nenhum outro clube (exceção talvez feita ao Corínthians) nesse país viveu um jejum tão grande de títulos expressivos e de futebol de qualidade e manteve seus torcedores frequentando os estádios e apoiando a equipe incondicionalmente. O que se passa é que os tabus caíram (Santos e Cruzeiro foram campeões brasileiros, Sport, Fluminense e Flamengo da copa do Brasil) e hoje o Atlético é o clube tido como grande há mais tempo na fila no Brasil. A paciência acabou.




É certo que a situação econômica é deplorável, porém a massa não tem e nunca teve problemas em entender isso. No entanto, o que leva a gestão do clube a prometer uma grande equipe para o ano do centenário, promover festas, shows e lançamentos de camisas horríveis sendo que, claramente, não tem condições para montar uma equipe sequer competitiva? Difícil entender. O fato é que se não cairmos para a segundona este ano já me darei por satisfeito. A saída precoce da Sulamericana deve nos favorecer neste objetivo.

Obs.: As imagens foram capturadas de um super 8 filmado em alguma esquina da rua Bambuí em 1978, início de uma era de hegemonia em Minas Gerais.

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22 de ago. de 2008

Três pontos

Atlético 4 x 0 Atlético/PR

Não há muito o que se cobrar do time do Atlético, desse modo fico satisfeito com os três pontos obtidos esta noite no Mineirão. Não foi uma exibição empolgante, apesar do placar elástico: a defesa continua um show de horrores e o goleiro Édson, apesar da minha boa vontade com ele, é muito fraco. Some-se a isto o fato de o time do Furacão ser o pior que eu já vi desde que entraram no clube dos grandes. De qualquer maneira, uma semana de tranquilidade já nos fará bem. Para finalizar, espero uma exibição digna contra o Botafogo pela Sulamericana no meio da semana.

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19 de ago. de 2008

Atlético = Casa da mãe Joana

Fluminense 1 x 0 Atlético

Com um vôo na ponte aérea marcado para às 17:20 do último domingo, acreditei que poderia chegar a tempo de ver mais da metade do jogo do Atlético contra o Fluminense. Depois de quase uma hora de atraso para o embarque e um vôo tumultado, numa aeronave da Varig com o ar condicionado funcionando precariamente e uma vista panorâmica do Maracanã, consegui pegar um táxi no aeroporto Santos Dumont às 19:15h.

Durante o caminho, ouvindo a peleja pelo rádio do celular, fui atingido por um desânimo profundo e por uma certeza assustadora: assim que me sentasse na poltrona de casa e ligasse a tv, levaríamos um gol. Resolvi adotar uma postura mais otimista e, ao chegar em casa, ao invés de ligar a tv, fui dar uma folheada no jornal - o qual apostava tudo no nosso ginasta trapalhão na China. Depois de me acalmar, me sentei e liguei a tv. Ato contínuo, me levantei e fui pegar uma torrada na cozinha: gol do Fluminense. O resto foi aquela impotência de sempre, motivação zero para correr atrás do empate e a certeza de que o placar seria aquele e que os 20 pontos no bolão estavam garantidos.

Creio que desde as temporadas 92 e 93 não vejo uma equipe atleticana tão sem alma, tão sem garra, tão brochante. Para ser mais preciso, acho que o calvário alvinegro tem uma data para o seu início que foi aquele indigesto 6 x 2 nas oitavas de final do Brasileiro de 2002. Desde então, foram praticamente 5 temporadas lutando para não cair ou caindo (embora, muitas vezes, o espírito lutador do time contagiasse a torcida). Iria até culpar aquele fracassado do Geninho mas, pensando melhor, podíamos colocar até o Felipão treinando o Galo que o resultado não seria diferente. O Atlético é a casa da mãe Joana: ninguém manda, ou quem deveria mandar não aparece, se omite ou é conivente com a malandragem de empresários e lobistas, que fazem o que querem com a instituição. Agora dizem que vão anunciar um meia que vem do Vitória, onde não está sendo aproveitado pelo treinador. Não preciso dizer mais nada a respeito.

Como já disse antes, o lombo do atleticano já tá calejado demais para poder ter um sofrimento legítimo com toda essa situação. Até isso está sendo tirado da torcida, com essa gestão de piada que temos, responsável por esse time fraco e, principalmente, sem espírito e sem condições de despertar o entusiasmo da massa. Se nos salvarmos da segundona já será um grande feito para 2008.

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14 de ago. de 2008

No Surprise

Botafogo 3 x 1 Atlético

Depois de muito refletir, resolvi gastar a noite da minha quinta-feira na academia ao invés de enfrentar um trem lotado e um time capenga no Engenhão. A idéia, então, era deixar essa partida para lá e só vir a saber do resultado no fim da noite, depois de comer umas fatias de pizza e tomar um vinho. No entanto, como a lei de Murphy é implacável, a SPORTV transmitiu o jogo para o Rio e, pior ainda, os televisores da academia estavam sintonizadas justamente no canal 39.

No momento em que cheguei às esteiras, já estava um a zero para o Galo. O time até que não jogava mal mas, ainda assim, rezei para que o juiz apitasse o fim do jogo naquele momento. Como não poderia deixar de ser, ele apitou uma falta aos 45 minutos do primeiro tempo e o Carlos Alberto colocou no canto direito do frangueiro Édson. Me dirigi para a outra área e não vi a maior parte do segundo tempo. Cheguei em casa, ligo a tv para saber o placar. Ato contínuo, a bola atravessa toda a área do Botafogo, dois jogadores do Atlético esbarram na pelota e não conseguem botá-la no filó. No contra-ataque é gol do Botafogo: uma bola enfiada no meio da zaga (e sempre tem um palhaço com a mão erguida, pedindo o impedimento), tempo para iludir o goleiro e balançar as redes.

Com 2 x 1 ainda nutria uma certa esperança de superação das adversidades em Belo Horizonte. Mas, como desgraça pouca é bobagem, nos descontos o Tchô resolveu bater uma falta da intermediária lançando a bola na área do Botafogo. A zaga subiu e não voltou, o rebote foi botafoguense, Gil conduziu e tocou para o Carlos Alberto dentro da área limpar o Renan e petecar o terceiro tento. 3 x 1 e o apito final. Amadorismo completo do Atlético Mineiro.

O futebol apresentado não foi dos piores, mas o espírito continua derrotado. E, analisando com toda a frieza, o adversário tinha o Gil e o Carlos Alberto do lado deles, não é lá grande coisa mas é melhor do que qualquer jogador que a gente tenha. E ficamos assim, nessa rotina amarga e sem perspectivas. Pelo menos voltaram a usar a camisa tradicional.

Obrigado, Ziza.

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11 de ago. de 2008

Sem novidades

Atlético 0 x 4 Grêmio
Santos 2 x 3 Atlético

Primeiro devo falar sobre o jogo com o Santos. Apesar de ter alardeado no post anterior que o jogo não seria transmitido para a Bahia, para minha surpresa a rede Bandeirantes acabou exibindo a peleja para Salvador. Amigos, pior do que ver o seu time levar dois gols ridículos é ter que aguentar os comentários do NETO ("é só o Santos apertar que ele faz o terceiro, o quarto e o quinto"). De qualquer maneira, o time acabou se recuperando e virando a partida de maneira espetacular, quebrando um tabu de 60 anos sem vitórias na Vila Belmiro. No fim, só faltou ao comentarista garantir que o Atlético era um candidato a Libertadores.

Passada a euforia, enfrentamos o Grêmio no fim da tarde de sábado no Mineirão. Este jogo não acompanhei, mas levamos mais uma goleada. É outro freguês em jogos em BH que se tornou uma pedra no sapato alvinegro. No mais, fica a impressão de que estamos caminhando para a defesa centenária neste ano do centenário: 100 gols levados no campeonato brasileiro.

Esta semana enfrentamos o Botafogo pela Sulamericana e o Fluminense pelo brasileiro, ambos os jogos no Rio. Visto que a possibilidade de sucesso nas duas empreitadas é tão provável quanto uma vitória da seleção brasileira de handball sobre a da Croácia neste instante (está 22 x 10 para os croatas), ficaria satisfeito com um bom resultado contra o Fluzão. Não cair em 2008 será o presente do centenário.

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5 de ago. de 2008

Um rádio

Atlético 2 x 1 Sport

Encontro-me em Salvador neste momento e sem pay-per-view. Durante a semana estarei condenado a assistir aos seguintes jogos: Goiás x Flamengo na quarta e Figueirense x Botafogo na quinta. Não restará outra solução a não ser acompanhar pelas "bolinhas" da Globo, sinônimo de agonia.

No domingo passado não foi muito difrente, cheguei cedo ao aeroporto e, apesar de termos embarcado no avião com "apenas" 30 minutos de atraso, ficamos aguardando autorização para decolagem durante mais de 40 minutos dentro da aeronave. Deste modo, acompanhei a saga atleticana por um radinho que transmitia a partida entre o xará paranaense e o Botafogo. Não sei se a culpa é da falta de qualidade do mp3 player ou da quantidade de ondas eletromagnéticas que cruzam o aeroporto, mas escutar a CBN era, mais ou menos, como tentar sintonizar a Itatiaia na 040, como já fiz diversas vezes. Entre um pastor e outro, você consegue ouvir uns gols.

No fim, a pilha acabou e nada do avião decolar. 20:10h e comecei a ser consumido pela ansiedade: 2 horas nos céus sem saber qual foi o placar! Pensei em ligar o celular e discar para alguém, mas a ordem para desligá-los já havia sido dada. A paciência logo acabou: pedi licença aos vizinhos, abri o compartimento de bagagem, resgatei minha mochila e, claro, uma pilha carregada que estava disponível. Voltei para o assento e reanimei o aparelhinho. Assim que a voz do comandante saiu pelo sistema de som da aeronave, o locutor começou a falar os resultados da rodada e o do Galo, claro, foi o último. Pelo menos seguramos a vitória. Se conseguirmos anotar 3 pontos em casa em todas as rodadas, tá safo. Foi um vôo tranquilo.

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2 de ago. de 2008

Tardes de Domingo



Pode até ser que dê certo com o Marcelo Oliveira, mas na minha modesta opinião, podem colocar até o Mourinho no banco, Kaká no meio e David Villa e Berbatov no ataque que o time não sai dessa situação.



O Sport é um velho freguês (embora haja aquela famigerada goleada por 6 x 0 na Copa João Havelange em 2000 em pleno Mineirão) e o normal seria uma vitória magra no gigante da Pampulha. Que fase, quantas saudades da temporada de 2001, tarde de domingo no Independência, garantia de vitória.

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1 de ago. de 2008

Cães Raivosos

Vasco 6 x 1 Atlético

Devo confessar que até apostei contra o Atlético no bolão, mas acreditava na possibilidade de uma vitória na noite de quinta. Acabei indo a São Januário com três amigos vascaínos, que apontavam o Galo como favorito.

A chegada foi tranquila, torcidas amigas, compramos ingressos e nos dirigimos para as respectivas áreas reservadas nas arquibancadas. Ainda na porta, estabeleci contato com alguns outros atleticanos e entramos juntos. Os primeiros indícios de que a noite seria pitoresca puderam ser observados ainda na revista que a PM fazia após as roletas: gemidos e gritos chamaram a atenção dos rapazes que foram checar junto a um soldado, que portava um aparelho celular, o que estava acontecendo. Não era nada demais, apenas um filme "educativo" - "o sexto", contado com orgulho pelo dono do aparelho.



Nem bem me posicionei e o juiz deu o apito inicial. Passes errados para lá, passes errados para cá e gol do Vasco numa falha bisonha da defesa alvinegra. O gol de empate veio logo e tive a impressão de que o equilíbrio havia sido alcançado e o time deslancharia. Mas, ao contrário, o time continuou parado em campo vendo o adversário anotar mais cinco tentos e estabelecer o vexatório placar de 6 x 1 antes dos 20 minutos do segundo tempo. A apatia era total, o treinador Gallo ficava parado onde estava, não falava, não agia, não dava mostras de fibra. Talvez movidos pelo senso de amizade entre as torcidas o Vasco resolveu dar uma aliviada, felizmente.

Ao longo de todos esses anos acompanhando o Atlético acredito nunca ter visto um time tão apático e sem gana. É difícil descobrir o que acontece nos bastidores para que esse tipo de atitude seja visto em campo: os salários estão em dia? O Gallo estava sofrendo um boicote? Não faço idéia. A única coisa que eu sei é que a culpa da situação ter chegado aonde chegou é única e exclusiva da diretoria do clube. Não é culpa do treinador e tampouco dos jogadores. O elenco é fraco? Sem dúvida. Mas, quem o contratou foi a diretoria. Idem para o técnico. A verdade é que todo torcedor parte de um pressuposto que é falso quando analisa o desempenho da sua equipe: o de que a gestão do clube é conduzida por torcedores como ele, pessoas de boa fé cujo único objetivo é o sucesso dentro de campo.

Torcer para o Atlético é uma doença incurável, já me conformei e não tenho a menor intenção de agir no sentido de mudar isso. Entretanto, aquilo que eu vi ontem no estádio não foi o time que despertou a minha paixão ainda garoto e que me motiva a gastar cerca de duas horas, duas vezes por semana, na frente da tv ou sentado no cimento. Começa por aquela camisa horrorosa do centenário, continua pela absoluta falta de coragem e fibra dos onze jogadores em campo e do pateta do treinador no banco de reservas e termina na sede de Lourdes onde, supostamente, estaria um presidente (me parece que está de férias no momento) e toda uma fileira de canalhas que se apoderaram do clube e, deliberadamente, impõem um sofrimento infindável aos milhões de torcedores por todo o país. Tenho muita pena da instituição, que acaba ficando manchada pelo desleixo dos incompetentes que a comandam. No entanto, não saí chateado do velho estádio em São Cristóvão ontem, pois não reconheci o Atlético naquele amontoado que vi em campo e que, portanto, não merecia nem mesmo o meu sentimento de derrota.

Outro ponto que merece ser destacado é o fato de a maioria da torcida ter se mandado logo após o quinto gol e eu ter ficado por ali, com uns poucos "gato-pingados" esperando meus amigos vascaínos para irmos embora juntos. De qualquer maneira, o ponto alto da noite estava reservado para o final: no caminho para o portão da saída, um rotweiller da PM atacou um pastor alemão, seu irmão de armas, e apesar da saraivada de chutes na cabeça dados por seu comandante, continuou destroçando implacavelmente o traseiro do seu adversário. O imbróglio só foi resolvido alguns minutos depois com a chegada de um outro soldado armado com spray pimenta, o qual acabou convencendo o cão raivoso a libertar seu oponente.

No portão fui saudado pelos companheiros vascaínos, que se propuseram a me pagar a entrada, o transporte e as bebidas em todos os jogos do Vasco no Rio, pois eu havia trazido boa sorte para o clube. Azar o meu. Aguardemos o domingo.

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30 de jul. de 2008

São Januário

Atlético 2 x 1 Vitória
Botafogo 4 x 0 Atlético

Não vi o jogo do domingo, estava no aeroporto, esperando a volta para casa. Notícias obtidas via celular diretamente do Mineirão me fizeram conjecturar que o desempenho foi fraco, mas diante da fase que estamos vivendo não exijo nada mais do que os três pontos e uma tranquila noite de sono.

Amanhã enfrentamos o Vasco em São Januário e diante da crise do adversário que é maior do que a alvinegra neste momento, entendo que uma vitória não é de todo impossível. No entanto, as estatísticas do Atlético atuando no Rio de Janeiro desde que vim viver na cidade maravilhosa diminuem a minha crença num bom placar. A pífia atuação no Engenhão há uma semana anotou mais um triste capítulo nessa história. Se não me engano, desde 2004 a nossa única vitória no Rio foi aquela sobre o Flamengo por 1 x 0, em 2005, na extinta Arena Petrobras na Ilha do Governador. Que as mudanças ocorram amanhã.

22 de jul. de 2008

21:50

Atlético 3 x 2 Coritiba

Eu não sei quem é o gênio que organiza a tabela da CBF, de qualquer maneira não pode ser muito amigo do torcedor um sujeito que marca uma partida para às 21:50h no longínquo Engenhão. Naturalmente, estarei à postos em frente ao televisor ao invés de comparecer ao João Havelange para acompanhar o Galo.

Partida difícil, o Botafogo tem sido um adversário complicado desde que retornou à primeira divisão. Se não me engano, desde então não anotamos nenhum triunfo sobre o alvinegro carioca. Acho que difícil que a situação mude amanhã. Embora o Engenhão não seja um fator de pressão, o meio de campo desfalcado e a improdutividade do ataque penalizam enormemente o Atlético. 1 x 0 pro Galo será goleada.

Obs.: Boa vitória no Mineirão domingo, mas finalizar mais de 30 vezes pra anotar 3 tentos comprova a ineficiência do nosso ataque.

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20 de jul. de 2008

Boas recordações

Inter 1 x 0 Atlético

Sem comentários acerca da derrota para o colorado na última quinta-feira. Com a limitação do elenco e os desfalques, já era de se esperar o revés.

Novidade: com o fim da rodada deste sábado, estamos na temida zona do rebaixamento. Culpa do excesso de empates. Amanhã, contra o coxa, outro resultado que não seja a vitória colocará a equipe em uma situação muito complicada.

Embora o Coritiba tenha eliminado o Atlético nas semifinais do brasileiro em 1985, naquela conturbada partida no mineirão, e nos tirado a invencibilidade no torneio de 2003, outra vez no mineirão, o histórico recente nos tem sido bastante favorável. O último encontro, ainda na segunda divisão em 2006, traz grandes recordações aos atleticanos. Penúltima rodada, Couto Pereira lotado e o coxa abriu 2 x 0 ainda no início do primeiro tempo. Marinho diminuiu no finzinho da primeira etapa e empatou no início da segunda. Marcinho liquidou a fatura aos 27 minutos do segundo tempo.

Naquela tarde fria estávamos em Ouro Preto, levando um companheiro colorado para conhecer a antiga Vila Rica. Acabei vendo o fim do jogo numa barraquinha (cuja foto guardei de recordação) em frente à igreja de São Francisco. Que tenhamos a mesma sorte amanhã!

13 de jul. de 2008

Maldição

Cruzeiro 2 x 1 Atlético

É incrível como a história tem mudado no século XXI. Mais um clássico e mais uma derrota pelo campeonato brasileiro, coisa que raramente acontecia até 2003. Dessa vez, tivemos uma partida morna, especialmente no segundo tempo, com as alterações equivocadas de ambas as partes.

O Galo conseguiu marcar no primeiro tempo após uma trapalhada da zaga cruzeirense que Danilinho aproveitou com oportunismo. Ainda comemorando, pensei que poderíamos tirar proveito daquela situação, já que a torcida adversária tem uma péssima relação com o seu treinador. Bastava que segurássemos alguns minutos. No entanto, como tem sido de praxe, bastaram alguns minutos para que o adversário anotasse o tento de empate após uma cobrança de escanteio. O resto do jogo foi um festival de passes errados, faltas e poucas oportunidades.

No fim, pareceu-me que o Atlético estava satisfeito com mais um empate, já que, aparentemente, está buscando este título (Campeão Brasileiro de Empates) e ficou brigando com a bola ali no meio campo. Um contra-ataque do adversário aos 47 do segundo tempo liquidou a fatura. O apito final foi dado após uma melancólica tentativa de cruzamento do César Prates.

O que mais me impressiona na fase atual do Atlético é a total falta de equilíbrio dentro de campo. Nem com o seu adversário sendo pressionado pela própria torcida, que odeia o treinador (embora o time esteja em segundo lugar, no momento), a equipe consegue potencializar isso a seu favor. Repito: falta liderança em campo. Marcos, Petkovic e Marques são velhos, mas não são líderes. Falta uma espécie de Charles Bronson dos gramados, que possa comandar o escrete alvinegro e eliminar essa aura de covardia e azar que tem sido emanada pelos últimos times montados pelo nosso presidente bigodudo.

Ainda cabe destacar alguns pontos, em especial, para a diretoria:

1. Podem devolver o Castillo. O boliviano não consegue matar uma bola, não é raçudo, não consegue entender uma tabela ou chutar a gol. É inoperante. Me faz ter saudades do Vanderlei.
2. Troquem essa maldita camisa horrorosa do centenário e voltem ao uniforme tradicional! Esqueçam essa festa dos 100 anos, e façam o time jogar bola. Essa história de centenário só fez os holofotes se virarem para o time e aumentar a pressão e a consequente divulgação, em rede nacional, dos nossos seguidos vexames.
3. Podem devolver o Almir. O cara tá com o bagageiro maior que o da Mulher Melancia e não produz nada também.
4. Parem com essas idéias de homenagear o Marques. O que era aquela camisa 350? Se o time viesse bem, tudo bem festejar... Mas, já que ele tem que jogar (eu preferiria que ele tivesse colocado o pé dele na calçada da fama e estivesse na tribuna, vendo o jogo de lá), dêem a camisa 9 pro sujeito e ponto final.

Enfim, levar um gol aos 47 do segundo tempo nessas circunstâncias é patético. Devo confessar que já fazia algum tempo que o futebol não me deixava triste.

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11 de jul. de 2008

outro empate

atlético 1 x 1 flamengo

analisado isoladamente, não podemos dizer que o empate de quarta-feira no mineirão foi um mal resultado. enfrentávamos o líder do campeonato e os quinze minutos iniciais me fizeram temer pelo pior. entretanto, obter a sexta igualdade em dez jogos é preocupante. houvesse perdido metade e ganhado a outra metade desses jogos, a equipe estaria com 18 pontos, na faixa de classificação para a libertadores. como não adianta chorar o leite derramado, a vitória é o único resultado que interessa contra nossos maiores rivais no domingo.

ainda sobre o jogo de quarta-feira, destaco um fato positivo: o gallo não tem medo de mexer na equipe e o fez assim que percebeu que íamos levar um show de bola se continuássemos apresentando o futebol do início do jogo. por outro lado, ainda tenho uma certa desconfiança em relação aos novos contratados. laterais chegam e laterais vão e continuamos improvisando. com a recuperação do calixto e o retorno do césar prates, poderemos ter alguma novidade.

finalmente, destaco a falta de um líder em campo. um jogador que nas horas de maior pressão consiga manter a cabeça no lugar e ajudar a organizar a rapaziada em campo. coisa que o gallo fazia, por exemplo. os veteranos pet e marques não são esse tipo de jogador. de qualquer maneira, acredito na vitória no domingo. as estatísticas não nos favorecem contra o cruzeiro há algum tempo e a maldição há de terminar. 2 x 0 será o placar.

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8 de jul. de 2008

um pôster

minha história com o atlético tem um pouco a ver com o flamengo. apesar de ter nascido em belo horizonte, passei meus primeiros quatro anos de vida em brasília e dentre as poucas lembranças que tenho daquela época, destacam-se os gritos de galo e xingamentos em frente à tv, naqueles que suponho terem sido os jogos decisivos das temporadas de 1980 e 1981. e foi no fim de 1981 que voltamos a viver em belo horizonte, mudando em janeiro de 1982 para um apartamento no sion.

me recordo que um dos meus primeiros pedidos para o meu pai quando mudamos para a nova casa foi um pôster do flamengo, campeão do mundo no ano anterior, razão pela qual devo ter metido isso na cabeça. imagino o desapontamento daquele nobre atleticano... no entanto, usando toda a sua presença de espírito, inteligência e sagacidade, o velho negou o presente e, ao invés de me trazer um exemplar da placar com o famigerado pôster me levou ao mineirão para ver um jogo do galo. e isso fez toda a diferença. bastaram 90 minutos no gigante da pampulha junto à massa para que eu me esquecesse da heresia que, inocentemente, havia cometido.

hoje, durante o almoço, tive a oportunidade de assistir o globo esporte. a tv estava sem som, mas não era preciso ouvir a locução para saber o que estava acontecendo visto que na metade do programa apareceu o nunes anotando aquele famigerado tento que nos roubou o caneco em 80. toda véspera de clássico é a mesma coisa e, naturalmente, as estatísticas favorecem muito mais ao rubro-negro carioca, de modo que é sempre uma experiência melancólica rever este e outros lances envolvendo os dois clubes.

de certa forma, sofremos de um inconformismo fodido relacionado àquela época onde havia um equilíbrio evidente entre as duas equipes, mas - sendo bondoso - sempre que houve uma dúvida ela foi decidida favorecendo o flamengo. em confrontos equilibrados, isso faz a diferença (especialmente quando se tem jogadores como éder e reinaldo do lado prejudicado). o fato revoltante (para nós atleticanos, obviamente) é que a história registra o placar final e toda polêmica só sobrevive na mente dos derrotados e daqueles fãs de futebol que viveram a época. hoje, felizmente, haviam dois na mesa que defenderam enormemente o galo mineiro. dá um certo orgulho, mas é pouco.

amanhã teremos outro jogo com o flamengo. já não tem mais o peso de 28 anos atrás e, tampouco, a importância daquela época. é só mais um jogo deste primeiro turno. mas, de qualquer jeito, sempre me lembro da cara do meu pai ouvindo à semifinal de 1987 no rádio da sala e fico satisfeito com qualquer placar favorável contra os rubro-negros. vai ser muito difícil, mas acho que é possível.

6 de jul. de 2008

um feito inédito

atlético 1 x 1 palmeiras

expectativa de um jogo complicado nesta tarde. mais do que os desfalques palmeirenses, a falta de confiança da equipe será o maior adversário contra o alviverde paulista. a atual gestão do clube está conseguindo um feito inédito na nossa centenária história que é afastar a torcida do clube. uma sequência inacreditável de manobras equivocadas e legítimas trapalhadas, com consequências tristes e previsíveis, me fazem temer pelo nosso futuro na série A em 2009.

por exemplo, se o atlético não tem condições de disputar uma contratação com o seu maior rival (ou qualquer outro clube da primeira divisão, aparentemente), porque deixa as notícias vazarem para a imprensa? não que o gérson magrão seja o meia dos nossos sonhos, longe disso, mas as recorrentes humilhações públicas (seguidas goleadas, divulgação de negociações interessantes resultando em contratações ridículas, inadimplência, etc) às quais o clube é submetido, por mais pequenas que sejam, estão acabando com a nossa reputação e, obviamente, gerando uma antipatia entre os torcedores.

má fé ou incompetência? não sei. de qualquer maneira, torço para que o escrete alvinegro faça uma grande apresentação esta tarde e consiga uma boa vitória (2 x 0?). a esperança é a última que morre.


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29 de jun. de 2008

pouca evolução

figueirense 1 x 1 atlético

não posso me declarar satisfeito com o empate em florianópolis, tampouco com a atuação da equipe. nos períodos em que assisti o jogo (alternava com a decisão da euro), deu pra notar que o time continua desorganizado e sem poder de ataque. a continuar assim, teremos muitos problemas na difícil seqüência que nos aguarda: palmeiras, flamengo, cruzeiro e inter. conseguimos um ponto saindo de uma situação adversa, mas ainda é pouco se considerarmos a categoria do adversário.

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24 de jun. de 2008

alerta ligado

náutico 2 x 1 atlético

lendo as reportagens dos jornais de belo horizonte que qualificaram a apresentação alvinegra em recife como "boa", cheguei à conclusão de que sou cego ou burro. para começar, entendo que é um direito do treinador utilizar o esquema tático que ele acha mais apropriado para o material que lhe é fornecido. no entanto, acho que o 3-5-2 não é um esquema bom para o atlético, principalmente se considerarmos a limitação técnica do elenco.

de qualquer maneira, o gallo aplicou o esquema nos treinamentos ao longo da semana e voltou atrás ainda na metade inicial, sacando o leandro almeida e colocando o marinho em campo. pode ser incoerente, mas sob uma ótica otimista, diria que o treinador tentou fazer alguma coisa antes de o caldo desandar. um segundo fato a ser destacado é o gol anotado por warley. na minha opinião, falha feia do goleiro juninho, que era pra ter ganhado com as mãos do centroavante alvirrubro. no segundo tempo a equipe pareceu se ajeitar em campo, conseguiu o gol de empate com um zagueiro, a partir de uma bola parada - única possibilidade diante de um ataque inoperante. miseravelmente, acabamos levando um gol quando parecia que tudo caminhava para um empate.

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a expectativa agora é com relação aos reforços que devem ir estreando aos poucos. além disso, fica a pergunta: será que o tchô poderia dar um pouco mais de gás ao meio campo do atlético?

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finalmente, temos um jogo crucial no próximo domingo em florianópolis. o figueirense é adversário direto na metade inferior da tabela e esses três pontos são cruciais para as pretensões do atlético neste campeonato. se jogar bola, ganha. o que mais me preocupa são as manchetes que pipocam nos jornais esportivos como, por exemplo:

"nos confrontos em todas as competições o galo leva vantagem sobre o figueirense. alvinegro mineiro leva a melhor no retrospecto inclusive em florianópolis."

considerando meus 31 anos de história com o glorioso e o seu histórico de quebra de tabus, considero a notícia acima preocupante.


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20 de jun. de 2008

1958


o filme está passando em poucas salas no rio mas é um ótimo programa para aqueles que gostam de futebol. sem dúvida, um antídoto para o sentimento de total indiferença que nutrimos pela seleção atualmente.




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19 de jun. de 2008

harlem globetrotters

brasil 0 x 0 argentina

eu poderia começar dizendo que o clássico de ontem foi uma decepção. mas, a verdade é que qualquer pessoa que acompanha um pouco o futebol já previa que a partida seria tecnicamente fraca. depois de exibições abaixo da crítica contra os escretes venezuelano e paraguaio relembramos uma máxima do saudoso barão de itararé: "de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo".

eram dois amontoados correndo em campo. fico pensando se não seria melhor a argentina ter anotado um tento e jogado o companheiro dunga precipício abaixo (pensando bem, acho melhor que não, a história só registraria uma derrota vergonhosa em belo horizonte). levando-se em consideração a apresentação pífia e o suplício que é para o cidadão comum adquirir uma entrada para o espetáculo, entendo que as vaias foram justas (muito embora não tenham sido novidade - recordemos 93 e 2004, no mesmo mineirão).

mais do que a falta de pegada da seleção e o déficit de carisma do treinador, soma-se o fato de que os jogadores estão saindo do brasil cada vez mais cedo. você pega uma promessa de qualquer clube brasileiro e ela se vai depois de jogar meia dúzia de partidas pelo time profissional. o próprio atlético é exemplo, vendendo jogadores como o ramón e o paulo henrique, que mal deram as caras diante da massa. dessa maneira, acho natural que a torcida perca parte da sua identificação com a seleção, visto que a ampla maioria dos 22 jogadores partiu para o exterior muito cedo não tido tempo sequer para serem ídolos nos clubes que os revelaram. são mesmo os malabaristas da bola, como bem disse o periódico argentino olé, grandes astros dos milionários clubes europeus e garotos propaganda das marcas mais conhecidas do mundo. quando são vistos no brasil, estão nas boates da moda, no camarote da brahma ou na ilha de caras: nada de jogar bola.

o que me parece é que isso explica, em parte, a perda de entusiasmo do povo brasileiro com a sua seleção - a falta de identificação. não dá pra se sentir representado por um time de exibição. a cbf e seus patrocinadores perseguem a criação de uma espécie de "harlem globetrotters" do futebol. o resultado é que tem dado mais gosto ver chile e venezuela do que brasil e argentina.

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17 de jun. de 2008

recordar é viver

não tem jeito, a seleção brasileira não tem sorte contra o glorioso. é uma freguesia firme!

relembremos então um fato importante ocorrido em 1969. o texto abaixo foi retirado da wikipedia.

"Em 1969, na preparação da Seleção Brasileira para a copa de 1970, então dirigida por João Saldanha, foi programada uma partida contra a seleção mineira., no Mineirão. Mas quem entrou em campo, vestindo a camiseta vermelha da Federação Mineira, foi o Atlético, que venceu a seleção que se tornaria campeã do mundo por 2 a 1. Amaury e Dadá Maravilha marcaram para o Atlético, descontando Pelé para o Brasil. Ao final da partida,. Yustrich obrigou seus jogadores a darem a volta olímpica no gramado, usando a camisa alvinegra do Atlético que vestiam por baixo da vermelha da Seleção de Minas. O Mineirão quase veio abaixo."

13 de jun. de 2008

três pontos

atlético 4 x 2 ipatinga

partida tecnicamente fraca a de ontem. está certo que a apresentação do atlético foi prejudicada com a expulsão infantil do zagueirão welton felipe. mas, ainda assim, o time não vinha jogando bem nessa formação com os três zagueiros e o ipatinga assinalou o seu primeiro tento quando ainda estávamos com os 11 jogadores em campo. vamos ver como nos sairemos após esses dias de folga, quando o treinador gallo já terá tido tempo para impor de uma maneira mais clara o seu esquema de jogo.

destaque para o atacante beto, que mostrou vontade e deixou a sua marca, e para o pet. é uma pena que ele tenha que ser a referência em talento dentro do campo... acredito que se ele fosse uma peça para completar o esquema no meio ele teria uma condição de se apresentar melhor. um pecado o zagueiro do ipatinga ter tirado aquela bola em cima da linha.

a defesa continua uma peneira... o resultado poderia ter sido, tranquilamente, um 7 x 4, barrando aquele 6 x 4 contra o gama em 2002 no independência.

por fim, devemos nos dar por satisfeitos com os três pontos pois, dadas as circunstâncias, grandes exibições estão fora do escopo de fornecimento do clube atlético mineiro.

obs.: o ipatinga conseguiu a proeza de ostentar o uniforme mais feio que já vi, salvo aquele do bragantino no início dos anos 90.

10 de jun. de 2008

reforços



a diretoria resolveu contratar o time de dispensados do palmeiras. não sei se é ruim, afinal de contas não conheço os jogadores. mas, certamente, não são eles os jogadores que chegam para ocupar as posições carentes e, jogador pra compor elenco nós dispensamos uns seis outro dia mesmo. o fato positivo é que eles vêm de um time de primeira divisão, coisa rara de acontecer hoje em dia no galo.

o jogo com o ipatinga não vai ser fácil. aposto num tradicional 1 x 0 com um gol chorado de algum volante, tipo o márcio araújo.

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7 de jun. de 2008

31 anos

são paulo 5 x 1 atlético

hoje completo 31 anos e estava acreditando numa de zagallo, sabem como é:

* 7/6 --> 7+6 = 13 --> galo
* 31 anos = 13 ao contrário --> galo

no entanto, o cenário pessimista previsto no post anterior se confirmou e o atlético foi implacavelmente goleado pelo tricolor paulista, deixando o colorado sem técnico (pelo menos por enquanto).

verdade seja dita: nos falta categoria, elenco. foi o primeiro jogo complicado do brasileirão e não teve jeito. você enfrentar um adversário cujo banco tem, entre outros, dagoberto, júnior e o nosso ex-titular éder luís, fica complicado. aparentemente, vamos brigar pelas posições intermediárias inferiores da tabela (décimo ao décimo quinto).

com relação ao nosso elenco, três comentários:

* renan oliveira: alguém precisa bater um papo com o garoto, tá faltando colhões.
* renan (volante): fraco, vai comer banco pro márcio araújo.
* beto: excelente para bolas aéreas do pet. ele, subindo nos ombros do danilinho, deve chegar a altura do finado vanderlei.

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5 de jun. de 2008

primeira vitória

atlético 2 x 0 portuguesa

não vi o jogo: fora de minas gerais, sem pay-per-view, não existe time mineiro. de qualquer maneira, o que importa são os três pontos (e o fato de eu ter acertado o placar no bolão, finalmente).

sábado enfrentaremos o são paulo. o tricolor paulista está à beira de uma crise ("crise" nesses clubes soa como uma piada aos ouvidos atleticanos), os rumores sobre a saída do muricy ramalho têm aumentado. nessas circunstâncias, existem duas possibilidades maiores: uma recuperação do time paulista, aplicando uma goleada implacável sobre o galo (4 x 1), ou uma vitória do alvinegro mineiro decretando o fim da era muricy no morumbi (1 x 2 - relembrando 2002). boto fé na segunda opção.

finalmente, li hoje sobre a saída do vanderlei rumo ao botafogo. aqui no rio relatam que o empréstimo é gratuito e que o galo ainda vai arcar com parte dos salários. tranquilo, tá sobrando dinheiro lá em lourdes, tá pintando até o deivid pro segundo semestre! então, vamos fazer cortesias para outras equipes (não que emprestar o vanderlei de graça seja grande coisa, mas...).

o botafogo já levou o geninho. agora o vanderlei... encontrei o alvinegro carioca no aeroporto na sexta-feira e pensei em interpelar o bebeto e perguntar o porquê dessa opção. mas, enfim... daqui a pouco arranjo um time para torcer por aqui.

26 de mai. de 2008

novo empate

atlético/pr 1 x 1 atlético

a atuação em curitiba não foi das piores: mais pegada, mais organização, mas falta qualidade, obviamente. devo confessar que durante a maior parte do primeiro tempo eu dormi, a despeito dos convidados que aqui estavam. um copo de café levantou os ânimos para o segundo tempo, expectativa de melhoras com a desistência da utilização do 3-5-2. acabou que o eduardo fez um gol de cabeça, numa cobrança esperta de falta. o problema é que se já anda difícil fazer gols, a zaga deu a sua contribuição, pois seis minutos depois o veterano marcelo ramos tocou de cabeça e a bola desviou no nosso zagueirão, indo parar dentro da rede. empate, mais uma vez.

não acho que seja um resultado para comemorar, já é o terceiro empate e o inter e o santos que estão com duas derrotas e uma vitória estão na nossa frente. no primeiro ano que enfrentamos a degola, empatamos 17 vezes. uma enormidade. de qualquer maneira, prefiro a postura do gallo do que a do nosso ex-treinador. vamos ver se conseguimos os três pontos contra a portuguesa na próxima rodada.

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reforços: nem e césar prates? daqui a pouco tem vampeta, marcelinho carioca, túlio maravilha. é o asilo do galo.

23 de mai. de 2008

deivid



pra quem acredita:





é melhor esperar sentado.

segunda rodada

goiás 1 x 1 atlético

analisando o nosso passado recente, até que a atuação no serra dourada no último domingo não foi dos piores. o preocupante é que o goiás é um sério candidato a disputar a segundona em 2009. além disso, levamos um gol que foi repeteco do primeiro do botafogo no engenhão (só que, ao invés do wellington paulista, quem empurrou pra dentro foi um paulo baier numa forma de fazer inveja ao famigerado cabañas). no fim o vanderlei conseguiu achar aquele gol que, se considerarmos o que as duas equipes apresentaram, foi justo.

mas, eis que o gallo aparece e, ato contínuo, o atlético despacha a sua barca com os jogadores dispensados: vanderlei, xaves, gérson, martinez, viana, sérvulo e cláudio. nada contra dispensar jogador: o sujeito não correspondeu, tem que tentar a sorte em outro lugar. o problema é a forma como esse tipo de coisa é conduzido no atlético... dos jogadores apresentados no início do ano sobrou um - e estamos em maio. é politicagem pura. agora vêm prometendo reforços: "deivid é o primeiro da lista". nem o ilustre camilo a porra do time conseguiu trazer... é apenas outra bravata pra desviar o foco do torcedor. no fim um empresário aparece com um dvd e acaba vindo outro marcelo nicácio.

17 de mai. de 2008

sem comentários

botafogo 2 x 0 atlético

o que aconteceu na quinta passada no rio foi o desfecho de uma história que foi prevista pela maioria dos atleticanos quando a diretoria anunciou a volta do geninho. sendo assim, me abstenho do dever de comentar o fato, já que tanto foi falado a respeito - inclusive aqui.

tenho esperanças que o marcelo oliveira resgate um pouco da confiança da equipe e que saiamos do serra dourada com uma vitória amanhã. 1 x 0 já seria ótimo.

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o uai (superesportes) avisa que o atlético andou procurando o leão. acho que, assim como o suposto "contato" com o levir, não passa de uma jogada do departamento de futebol do clube para fazer uma média com a torcida. "não deu pra trazer o levir nem o leão, fiquem com o pc gusmão". até rima.

13 de mai. de 2008

Atlético 0 x 0 Fluminense

Atlético 0 x 0 Fluminense

Esse post começa com uma nota triste: há algumas semanas comprei as passagens para Belo Horizonte levando em consideração o horário do jogo de forma que fosse possível comparecer à estréia do glorioso. Entretanto, a CBF, na semana que antecedeu a partida, alterou o horário do jogo para o dia seguinte, uma hora depois do meu vôo. O que me restou foi, resignadamente, assistir o jogo após os 20 minutos do primeiro tempo na poltrona aqui de casa.

Pois bem, esta talvez tenha sido a pior partida do Atlético que eu vi nos últimos anos. Não sei se barra um Atlético 0 x 0 Villa Nova que vi, no Mineirão, numa noite de quinta, pelo mineiro de 1994 (se não me engano). Tudo bem que o Geninho tenha poupado o Marques e o Danilinho, mas não creio que os dois pudessem fazer alguma diferença naquele melancólico fim de domingo.

Jogar mal uma partida é normal. Perder também. O que não é normal é um profissional assumir uma equipe no início da temporada e o time chegar ao quinto mês do ano sem jogar bola. O Atlético não joga bola. O que me parece é que chegamos a um ponto onde nem os jogadores acreditam nesse time. O gol bisonhamente perdido pelo Castillo (assim como todos os outros perdidos pelo Renan Oliveira, Rafael Miranda e companheiros) só denota a falta de confiança da rapaziada. Repito: falta um comandante. Alguém em quem aquele time médio possa confiar e seguir as orientações cegamente quando estiver em campo. O time não tem pegada nenhuma. Se o Galo fosse um rock, eu diria que falta PUNCH.

Enfim, chegamos às quartas-de-final da Copa do Brasil contra o Botafogo. O mesmo adversário do ano passado, o qual nos eliminou naquela controversa partida no Maracanã. O time deles não é tão forte quanto o do ano passado e em condições normais de temperatura e pressão eu diria que o Atlético tinha o fator motivação como ponto favorável. Mas, dadas as circunstâncias especiais que nos cercam, acho que vai ser muito difícil. Se não nos classificarmos, o treinador cai. Poderia ser um consolo, mas acho que é muito pouco diante do semestre praticamente perdido e de mais um vexame histórico capitaneado pelo Geninho.

12 de mai. de 2008

das "antigas"

não sei, exatamente, de quando é essa foto. certamente é do tempo em que ainda se podia falar em "amor à camisa", coisa que, passados mais de 30 anos de profissionalismo (a sério) no futebol, a torcida alvinegra ainda espera do seu time.

pertencia ao acervo do saudoso "sô" josué henrique dias, meu bisavô.




a equipe:
hélio, canindé, wander, grapete, décio teixeira, wanderley e
amauri, buião, lacy, ronaldo e tião

11 de mai. de 2008

10 de mai. de 2008

copa do brasil

atlético 0 x 0 botafogo

a atuação na quinta-feira não foi das piores. o problema é que geninho escala o time mal, ficar pingando bola na área para o danilinho? acho que isso não vai dar certo. sei que a maioria da torcida discorda, mas, além disso, o marques não tem condições de ser titular. acho que é um grande reforço no banco, entrando no decorrer da partida. vamos ver como será aqui no rio... acho que o atlético consegue marcar um gol, pelo menos.

5 de mai. de 2008

fim do mineiro 2008

cruzeiro 1 x 0 atlético

e o resultado de ontem não foi nada além do esperado. confesso que fiquei na dúvida se torcia por uma vitória, para diminuir os efeitos da goleada da semana anterior, ou por uma derrota, para que os dirigentes tomassem alguma atitude. entretanto, dado o pífio desempenho do escrete alvinegro, acabei desistindo do clássico ali pelos 15 minutos do segundo tempo. o time acabou perdendo, mas nada aconteceu. o presidente, inclusive, não fez nenhuma declaração (se não fez após 5 tentos sofridos diante do maior rival, a reação não poderia ser diferente dessa vez).

considerando-se a "filtragem" e a parcialidade dos fatos divulgados e revelados pela imprensa, é praticamente impossível saber o que se passa nos bastidores (é difícil, inclusive, entender a seriedade com a qual encaramos o futebol. se considerarmos a absoluta falta de controle da situação, assim como do conhecimento dos verdadeiros fatores que levam uma equipe ao fracasso ou ao sucesso por parte da maioria esmagadora dos torcedores, é inacreditável que muitos de nós dediquem a sua vida ao clube de coração. no entanto, isso seria assunto para um post específico ou para mentes mais iluminadas e preparadas para clarear os fatos). entretanto, não é difícil enxergar que o principal problema do clube neste instante é a falta de autoridade.

comecemos pelas promessas desvairadas do presidente no início deste ano e de sua fanfarronice. considerando-se o histórico recente, a melhor coisa que o ziza faria seria trabalhar CALADO e, quando abrisse a boca, que fosse para dizer, com franqueza, que o clube não tem condições de arcar com os gastos necessários para a formação de uma grande equipe e que os frutos do trabalho seriam colhidos dentro de algumas temporadas. seria uma pena que o ano do centenário não fosse coberto por conquistas marcantes, mas o futuro pareceria mais promissor.

em segundo lugar, consideremos a insignificância que representa a figura do geninho na beira do gramado, perplexo e impotente diante da sua evidente incapacidade de dar um padrão e competitividade à equipe. falta fibra, o time não tem confiança no seu jogo e naquele que deveria ser o seu comandante. um time com um elenco medíocre como o do atlético precisaria de um treinador capaz de agregar o grupo e dar um padrão tático e técnico - a única vantagem competitiva que teríamos nas circunstâncias adversas nas quais nos encontramos atualmente.

finalmente, a falta de atitude maior, que foi continuar com o treinador após o desastre na primeira partida da decisão. quem me conhece é testemunha da minha falta de confiança no trabalho do geninho. obviamente, quando anunciaram o seu nome, torci para que ele queimasse a minha língua. porém, uma goleada daquela proporção, para o maior rival, em um jogo decisivo, não pode ser considerada uma derrota normal. precisávamos de alguém que assumisse RESPONSABILIDADES e desse as RESPOSTAS necessárias. o presidente sumiu, o treinador, demagogicamente, elogiou o torcedor. o resultado é que a equipe não se recuperou psicologicamente e, muito provavelmente (deus queira que eu esteja errado), não vai se recuperar até a próxima quinta-feira.

3 de mai. de 2008

Atitude. Ou a falta dela.

atlético 0 x 5 cruzeiro

a história do atlético é muito complicada. eu sempre digo que o calvário começou quando o cerezo jogou aquele pênalti por cima da trave em 1977. houvesse ganhado aquele campeonato, invicto, e teríamos uma geração vitoriosa. 1980, 1981, 1985, 1986, 1987, 1990, 1999, 2001 e tantos outros anos em que o time esteve tão perto de grandes conquistas e se viu batido no momento de decidir. seja pela arbitragem, por gols miseravelmente perdidos ou tomados, o fato é que a história sempre se repetiu. no entanto, é preciso esquecer o passado e trabalhar para que a coisa mude. um grande exemplo, para mim, é o inter de porto alegre. uma equipe desprezada pelo resto do país depois de 1979 e humilhada pelo seu rival, graças a um grande trabalho do fernando carvalho, conseguiu recuperar a auto estima e as glórias do colorado, sendo hoje um dos times com mais sócios no MUNDO, dono de uma libertadores e de um mundial. a diferença é que eles não ficaram chorando quando o sr márcio rezende de freitas não apontou a marca da cal e ainda expulsou o tinga naquele empate no pacaembu em 2005. nem quando a comissão de arbitragem, provavelmente financiada pelo nosso amigo iraniano, resolveu anular todas aquelas partidas e entregar o caneco ao alvinegro paulista, que, felizmente, vai tentar resgatar a sua dignidade na segundona. nem assim eles entregaram os pontos e continuaram o trabalho. o carvalho, quando assumiu, em 2002, se não me engano, avisou à torcida que seriam 4 anos sem títulos, mas ele pedia apoio pra resgatar o clube. o resultado foi muito bom.

eu acreditava que o trabalho estava sendo levado adiante no atlético também, a segunda divisão foi a lama, mas com o levir culpi resgatamos a nossa dignidade. quase voltamos pra ela ano passado, mas o leão, com todas as suas loucuras, resgatou a fibra e a vontade daquela equipe, e fomos 11 guerreiros em campo e chegamos em oitavo lugar. oitavo lugar com uma equipe mediana!

pois bem, o leão não teve o seu contrato renovado. eu entendi a desculpa. se ele pediu 300 conto, é muito, o galo não tem. a gente arranjava outro. aí o primeiro erro: o geninho pode ser muito bom pras outras equipes do brasil. mas ele deu um tapa na cara da torcida e dos dirigentes em 2003, quando trouxe todos os seus asseclas e foi embora pro corínthians, a mesma equipe que havia humilhado o seu escrete num jogo decisivo em pleno mineirão. por que ele não levou o hélcio e o souza juntos? largou essas bostas no galo e se foi, ser eliminado pelo river plate. eis que a diretoria traz esse pulha de volta e põe um trabalho a perder, de resgate da dignidade e da auto estima do atlético. eu não lamento a saída do marcinho, por exemplo. acho que não tava acrescentando. lamento a saída do éder luis, mais pela forma como foi feita do que pela saída em si. mas, enfim, o resultado era previsível e foi o que vimos no último domingo. não precisamos de mais comentários. a demissão do geninho era uma questão de honra, a possibilidade de resgatarmos o pouco que nos restou depois da atuação covarde e desastrosa do fim de semana passado. ele tem uma multa rescisória? e daí? o rubro negro carioca o quer! deixem-no ir!! ainda há tempo de reparar o estrago, faltam alguns dias para o jogo com o botafogo - uma outra possibilidade de desastre dentro de casa. cansei de escrever.

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