28 de nov. de 2011

Os pingos nos "i's"

Atlético 4 x 0 Botafogo

Ontem, por incrível que pareça, não consegui sequer um link para ver a partida do Atlético contra o Botafogo. Não imaginei que houvesse esta possibilidade, principalmente porque havia um clube carioca envolvido. Na sequência me lembrei que o bar da esquina exibia as partidas do alvinegro carioca, mas achei melhor não me atrever a dividir as mesas com os torcedores adversários em um momento tão tenso para ambos os clubes. Por fim, acabei verificando o custo para aquisição da partida pelo PPV na NET: 70 reais. Só para constar, a mensalidade do serviço é de 60 reais. Qual a lógica de se vender um jogo a 70 pilas? Se fosse 35 já não seria um lucro estupendo? De repente, o negócio é não vender mesmo. Há certas coisas que transcendem a minha inteligência e acabei deixando a ideia de acompanhar a partida ao vivo de lado e contar, mais uma vez, com os SMS do meu irmão.

A ansiedade não durou muito porque o Galo acabou abrindo o placar no início do jogo em pênalti bem batido pelo Daniel Carvalho e ampliando para 2 x 0 com o André, após bela jogada do Neto Berola. No fim do primeiro tempo, Loco Abreu isolou um penal e concluí que a vitória estava no papo.


Neto Berola infernizou a defesa adversária no primeiro tempo

Veio o segundo tempo e, com um golaço de André e um tento de Léo Silva, acabamos repetindo o placar do primeiro tempo e liquidamos a fatura em 4 x 0. A quebra de mais um tabu, a garantia de permanência na primeira divisão e a possibilidade de rebaixar o maior rival transformaram a Arena do Jacaré em uma festa e marcaram o início de uma semana gloriosa!


André encobre Jefferson e amplia o marcador

Há pouco mais de 10 anos (outubro de 2001) enfrentamos o Botafogo no Independência e aplicamos um outro 4 x 0. Coincidentemente, a partida seguinte seria um clássico em circunstâncias um tanto parecidas com as que envolverão a partida do próximo domingo. Naquela oportunidade, o Atlético liderava o brasileiro e o nosso maior rival enfrentava a ameaça do rebaixamento. Este clássico foi o famigerado 2 x 2, onde conseguimos o empate na bacia das almas. Alex havia marcado duas vezes para a raposa, quando aos 40 minutos do segundo tempo o Ramonzinho pegou a bola para bater uma falta.

- Aposto que vai guardar só para aumentar o nosso sofrimento, foi o que eu disse para o primo Mateus.

Não deu outra. O camisa 10 meteu lá na gaveta. E aí o inimaginável aconteceu: quem estava indo embora voltou e a torcida transformou o Mineirão num inferno! O Atlético cresceu e impôs uma pressão avassaladora, que resultou em um gol sofrido do Marques após um bate rebate na pequena área cruzeirense e uma histeria insana nas arquibancadas.

Durante a comemoração meu irmão perdeu seu chinelo e o Mateus, ex-colaborador deste blog, quase saiu em um SAMU, não conseguindo sequer se levantar para vibrar, permanecendo sentado com a mão direita sobre o lado esquerdo do peito. Eu quase tive um torcicolo com o meu primo André pendurado no meu pescoço gritando gol. No fim, o Alexandre isolou uma bola incrível, na marca do pênalti. Gol que lamento até hoje, mas que o Mateus atribui ao pai celestial o desvio milagroso que o evitou o tento e salvou o seu coração.


Clássico inesquecível em 2001

A verdade é que temos contas a acertar com o nosso maior rival e espero que não só o senhor Kalil e seus asseclas tenham isso em mente ao longo desta semana como transmitam a necessidade desta vitória ao elenco. É uma chance única de reequilibrarmos as coisas em Belo Horizonte e botarmos certos pingos nos "i's". Reconheço que tão difícil quanto a vitória no clássico é a combinação de resultados que resulte no rebaixamento do nosso maior rival - o xará paranaense enfrenta um coxa que luta para se classificar para a Libertadores e o Ceará parece ter jogado sua chance de salvação no lixo ontem no Presidente Vargas. Mas, independente disso, temos a obrigação de vencermos o clássico e deixarmos o destino se encarregar do resto.

Para finalizar, depois de mais um ano de sofrimento imposto à sua torcida o Atlético, mais uma vez, conseguiu um milagre e se safou da queda para a segunda divisão a uma rodada do fim do campeonato. Saímos de uma situação terrivelmente adversa e chegamos à última rodada com uma possibilidade única de marcar um reinício de trajetória.

Outro aspecto importante a ser considerado, é o seguinte: comemoramos porque o pior já passou, mas é preciso ter em mente que o trabalho nos últimos 3 anos não foi bem feito e que 2012 já está aí. O presidente, provavelmente, se reelegerá e o modelo de gestão continuará. Vai haver outra barca de dispensas e outra de contratados? Quais os objetivos para 2012? Espero, sinceramente, termos um ano decente. Estou de saco cheio de ficar fazendo conta de chegada para não cair. Chega!!

26 de nov. de 2011

Vamos à luta!

Amanhã entraremos em campo em Sete Lagoas com a missão de vencer o Botafogo e sepultar, mais uma vez, a ameaça de rebaixamento. O alvinegro carioca enfrenta um momento difícil, vindo de uma sequência de derrotas que resultou na demissão do treinador Caio Júnior, na perda das chances de título e numa drástica diminuição da possibilidade de conquistar uma vaga na Libertadores 2012. O Atlético, ao contrário, vive um bom momento no campeonato, praticando um futebol com muita aplicação tática e enfrentando de igual para igual os adversários há 8 rodadas. Se nos baseássemos apenas no senso comum, acreditaríamos que a vitória estava praticamente assegurada.

No entanto, estamos tratando de futebol e, mais ainda, do Clube Atlético Mineiro. Neste caso, o sobrenatural atua de uma maneira muito mais efetiva do que a razão e a ciência. Na última década nos tornamos grandes fregueses do Botafogo, daqueles que passam recibo e sempre retornam. Em 2001 eu diria que uma implacável goleada aguardava os cariocas na Arena do Jacaré, em 2011 a história é diferente. Acredito que será um jogo bastante complicado e é bom o coração atleticano estar em dia. Qualquer 1 x 0 será comemorado como a conquista de um título.

Os comentários sobre as demais partidas e, principalmente, sobre a situação do nosso maior rival, deixarei para outra oportunidade. No momento, só me importo com o futuro alvinegro. Que a força esteja conosco amanhã!

22 de nov. de 2011

Perto do milagre

Corínthians 2 x 1 Atlético
Atlético 2 x 1 Coritiba
Figueirense 2 x 1 Atlético
Atlético 2 x 0 Grêmio
Atlético 2 x 1 Palmeiras
Fluminense 0 x 2 Atlético
Vasco 2 x 0 Atlético
Atlético 2 x 1 Santos
Atlético 0 x 0 América

Emendar as férias com o trabalho me fizeram ficar longe do Atlético e, consequentemente, do blog durante 9 rodadas. Neste período, contrariando todas as estatísticas, emplacamos 5 vitórias, 3 derrotas e 1 empate e deixamos a zona de rebaixamento.

Na realidade, na quinta passada ainda consegui acompanhar a partida contra o coxa branca através da internet, visto que não sou mais assinante do PFC. Fizemos uma boa apresentação, jogando coletivamente e impondo o nosso melhor futebol ao adversário. No final houve o apagão tradicional que quase resultou em um empate alviverde mas, felizmente, o relógio andou mais depressa do que o ataque curitibano.

Não acompanhei a derrota frente ao Corínthians, o jogo da tv em Porto Alegre foi Botafogo x Internacional. Ao que parece, o time repetiu o bom futebol e, também, os erros de final de partida que já haviam nos castigado em Florianópolis uma semana antes e que resultaram na nossa derrota frente ao Timão após liderarmos o placar até a metade final do segundo tempo.

Este é o drama de se lutar contra o rebaixamento, o qual, infelizmente, estamos nos habituando temporada após temporada. Diante dos recursos disponíveis, é inegável que o time tem feito uma campanha quase épica ao longo deste returno, mas a situação era tão adversa que mesmo com um desempenho acima da média, o risco da queda ainda é real. A derrota contra o Corínthians chateia pela forma como aconteceu, mas estes talvez fossem os três pontos mais improváveis ao longo desta nossa caminhada. Se estivéssemos livres do risco de queda, o resultado no Pacaembu seria melhor digerido.

Domingo teremos uma outra guerra contra um velho algoz: o Botafogo. Diante do que vi o alvinegro carioca apresentar contra o Inter no domingo, creio que obteremos a vitória se repetirmos as atuações das últimas rodadas (o que seria um grande alívio visto que uma derrota poderá nos colocar diante daquele quadro apocalíptico que previ há quase 4 meses: um clássico na última rodada onde apenas o vencedor se salvará).