5 de mai. de 2008

fim do mineiro 2008

cruzeiro 1 x 0 atlético

e o resultado de ontem não foi nada além do esperado. confesso que fiquei na dúvida se torcia por uma vitória, para diminuir os efeitos da goleada da semana anterior, ou por uma derrota, para que os dirigentes tomassem alguma atitude. entretanto, dado o pífio desempenho do escrete alvinegro, acabei desistindo do clássico ali pelos 15 minutos do segundo tempo. o time acabou perdendo, mas nada aconteceu. o presidente, inclusive, não fez nenhuma declaração (se não fez após 5 tentos sofridos diante do maior rival, a reação não poderia ser diferente dessa vez).

considerando-se a "filtragem" e a parcialidade dos fatos divulgados e revelados pela imprensa, é praticamente impossível saber o que se passa nos bastidores (é difícil, inclusive, entender a seriedade com a qual encaramos o futebol. se considerarmos a absoluta falta de controle da situação, assim como do conhecimento dos verdadeiros fatores que levam uma equipe ao fracasso ou ao sucesso por parte da maioria esmagadora dos torcedores, é inacreditável que muitos de nós dediquem a sua vida ao clube de coração. no entanto, isso seria assunto para um post específico ou para mentes mais iluminadas e preparadas para clarear os fatos). entretanto, não é difícil enxergar que o principal problema do clube neste instante é a falta de autoridade.

comecemos pelas promessas desvairadas do presidente no início deste ano e de sua fanfarronice. considerando-se o histórico recente, a melhor coisa que o ziza faria seria trabalhar CALADO e, quando abrisse a boca, que fosse para dizer, com franqueza, que o clube não tem condições de arcar com os gastos necessários para a formação de uma grande equipe e que os frutos do trabalho seriam colhidos dentro de algumas temporadas. seria uma pena que o ano do centenário não fosse coberto por conquistas marcantes, mas o futuro pareceria mais promissor.

em segundo lugar, consideremos a insignificância que representa a figura do geninho na beira do gramado, perplexo e impotente diante da sua evidente incapacidade de dar um padrão e competitividade à equipe. falta fibra, o time não tem confiança no seu jogo e naquele que deveria ser o seu comandante. um time com um elenco medíocre como o do atlético precisaria de um treinador capaz de agregar o grupo e dar um padrão tático e técnico - a única vantagem competitiva que teríamos nas circunstâncias adversas nas quais nos encontramos atualmente.

finalmente, a falta de atitude maior, que foi continuar com o treinador após o desastre na primeira partida da decisão. quem me conhece é testemunha da minha falta de confiança no trabalho do geninho. obviamente, quando anunciaram o seu nome, torci para que ele queimasse a minha língua. porém, uma goleada daquela proporção, para o maior rival, em um jogo decisivo, não pode ser considerada uma derrota normal. precisávamos de alguém que assumisse RESPONSABILIDADES e desse as RESPOSTAS necessárias. o presidente sumiu, o treinador, demagogicamente, elogiou o torcedor. o resultado é que a equipe não se recuperou psicologicamente e, muito provavelmente (deus queira que eu esteja errado), não vai se recuperar até a próxima quinta-feira.

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