20 de fev. de 2010

Sem folia

Uberaba 2 x 2 Atlético

Quem me conhece há algum tempo sabe que não sou adepto das folias momescas. Além disso, viver no exílio faz com que qualquer oportunidade de rever os familiares seja aproveitada, de modo que o feriadão foi gozado em um recanto junto à represa da usina do Passo Real, no Rio Grande do Sul.

Longe da internet e do pay per view, acabei me lembrando da Itatiaia na Sky e, aproveitando uma brecha na programação do pessoal, que não é nem um pouco adepto do futebol, descobri que o Atlético batia o Zebu por 2 x 0 e voltei a papear com a tranquilidade de um vencedor. O jantar já estava na mesa quando descobri que o jogo havia acabado num melancólico 2 x 2 e o Galo conseguiu, por alguns instantes, afetar o meu humor naquele ambiente bucólico. Mas, foi só provar aquela excelente refeição, devidamente acompanhada por um bom vinho da região, para que a paz de espírito voltasse.

As circunstâncias envolvendo o empate e o desempenho do Atlético eu desconhecia até a tarde desta sexta-feira, quando voltamos para Porto Alegre, de modo que me abstenho de quaisquer comentários. O único fato realmente irritante foi ver o nosso treinador repercutindo a demissão do seu colega Muricy pelo Palmeiras. Foco no Clássico? Sei.

Amanhã, no exato momento do clássico, estaremos voando de volta para o Rio de Janeiro, onde saberei o resultado da primeira partida importante do Atlético em 2010. Espero, somente, que a "pré-temporada" já tenha acabado e que o time consiga jogar futebol, coisa que ainda não aconteceu nesta temporada.

10 de fev. de 2010

O tempo dirá

Atlético 1 x 1 Ipatinga

O fato de ter perdido as duas primeiras partidas do Atlético em 2010 aumentou a minha ansiedade para acompanhar a peleja contra o Ipatinga. Como no fim de semana anterior a equipe do vale do aço havia superado o nosso maior rival com um 3 x 0 em pleno Mineirão, sabia que teríamos dificuldades na tarde do domingo. As novidades seriam as estreias de Zé Luís e Obina e o novo esquema de jogo do Luxemburgo: o 4-3-3.

O primeiro tempo foi morno, com um ligeiro domínio atleticano: tivemos a posse de bola e, como na temporada anterior, girávamos a pelota na intermediária adversária e finalizávamos pouco e sem perigo. O Ipatinga teve algumas chances em bons contra-ataques. A segunda etapa começou com um frangaço do Carini, estilo Taffarel, o que fez o caldo desandar de vez. Luxemburgo efetuou três alterações (saíram Obina, Ricardinho e Fabiano e entraram Carlos Alberto, Renan Oliveira e Marques), mas a desorganização continuou: muitos passes errados, finalizações bisonhas e correria improdutiva. No fim, o Galo conseguiu o seu gol de empate na base do abafa: bola cruzada na área, Carlos Alberto escorou e Muriqui completou para as redes. 1 x 1 e ficou nisso.

Dois fatos me deixaram bastante preocupado: o primeiro é o comportamento da torcida em campo. Não entendo porque o sujeito se dá ao trabalho de sair de casa num domingo ensolarado e ir ao Mineirão para vaiar qualquer erro da equipe. Se quiser vaiar, que o faça no fim do jogo. A realidade é que qualquer adversário que vai a Belo Horizonte hoje em dia sabe que se for capaz de segurar a partida por meia hora, passa a contar com a nossa torcida para dificultar o trabalho do Galo. Outra coisa difícil de entender: 200 pessoas vão receber o Obina no aeroporto como se fosse o Luis Fabiano e quando o homem é substituído vaiam. Todo mundo sabe quem é o Obina, então porque toda essa perplexidade com o desempenho do baiano?

O segundo é a postura burocrática e dispersa do time em campo. Com os reforços que chegaram o Atlético passou a ser uma equipe, digamos, "experiente". Não vai dar para querer correr como o Santos ou o Vasco, para ficarmos em dois exemplos. Tem que ter pegada, posse de bola e precisão nas finalizações, coisas que não tem acontecido. Acho que o Fabiano e o Carlos Alberto são bons reservas e que o Renan Oliveira pode até crescer com o Luxemburgo (embora a sua falta de brios seja pavorosa) e, contrariando boa parte da torcida do Galo, o Ricardinho, para mim, é titular desse time. Não entendi as críticas ao jogador após a partida. Quanto ao esquema com 3 atacantes, tenho as minhas dúvidas sobre a possibilidade de vir a dar certo.

A verdade é que nesta altura não temos outra alternativa a não ser confiar no trabalho da comissão técnica e da direção do clube. Aparentemente, os reforços solicitados foram contratados, a pré-temporada foi (ou está sendo) realizada e os salários estão em dia. O que mais podemos esperar? Todo mundo sabe que o ano começa daqui a exatos dez dias, com o primeiro clássico de 2010. Depois desse jogo as desculpas da pré-temporada e da fase de testes não vão mais colar.


5 de fev. de 2010

Na estrada

Atlético 3 x 2 Tupi

Enquanto o Atlético jogava contra o Tupi no Mineirão, enfrentávamos a BR-040 rumo ao Rio de Janeiro. Na ausência do radinho, o placar foi devidamente acompanhado através do portal WAP da UOL nos trechos onde havia disponibilidade de sinal para o celular (o da UAI, por incrível que pareça, não funcionava). No fim, a vitória por 3 x 2 ficou de bom tamanho.

Mais tarde, o SPORTV, aparentemente por misericórdia, concedeu um espacinho entre noticiários do Fla x Flu e do Corínthians e Palmeiras, para destacar a "primeira vitória do Atlético do Luxemburgo no campeonato mineiro". É isso aí, finalmente, na segunda rodada, o Atlético conseguiu uma vitória! Ufa!

Este fim de semana, se a TVA deixar, poderei assistir à partida contra o Ipatinga e, assim, começar a formar uma opinião mais consistente acerca da equipe. Até o momento, não estou muito animado nem com as contratações e nem com o desempenho do galo. Esta semana, depois da volta do Zé Luís, foi anunciada a volta do Cáceres. O paraguaio teve uma curta passagem pelo Galo durante a campanha do rebaixamento e foi um dos poucos que se salvou naquela temporada. É competente, mas como disse no post anterior, tenho bastante receio quando se fala em ressuscitar essa gente. Torço para que dê certo, mas preferiria apostar em caras novas.