30 de jul. de 2008

São Januário

Atlético 2 x 1 Vitória
Botafogo 4 x 0 Atlético

Não vi o jogo do domingo, estava no aeroporto, esperando a volta para casa. Notícias obtidas via celular diretamente do Mineirão me fizeram conjecturar que o desempenho foi fraco, mas diante da fase que estamos vivendo não exijo nada mais do que os três pontos e uma tranquila noite de sono.

Amanhã enfrentamos o Vasco em São Januário e diante da crise do adversário que é maior do que a alvinegra neste momento, entendo que uma vitória não é de todo impossível. No entanto, as estatísticas do Atlético atuando no Rio de Janeiro desde que vim viver na cidade maravilhosa diminuem a minha crença num bom placar. A pífia atuação no Engenhão há uma semana anotou mais um triste capítulo nessa história. Se não me engano, desde 2004 a nossa única vitória no Rio foi aquela sobre o Flamengo por 1 x 0, em 2005, na extinta Arena Petrobras na Ilha do Governador. Que as mudanças ocorram amanhã.

22 de jul. de 2008

21:50

Atlético 3 x 2 Coritiba

Eu não sei quem é o gênio que organiza a tabela da CBF, de qualquer maneira não pode ser muito amigo do torcedor um sujeito que marca uma partida para às 21:50h no longínquo Engenhão. Naturalmente, estarei à postos em frente ao televisor ao invés de comparecer ao João Havelange para acompanhar o Galo.

Partida difícil, o Botafogo tem sido um adversário complicado desde que retornou à primeira divisão. Se não me engano, desde então não anotamos nenhum triunfo sobre o alvinegro carioca. Acho que difícil que a situação mude amanhã. Embora o Engenhão não seja um fator de pressão, o meio de campo desfalcado e a improdutividade do ataque penalizam enormemente o Atlético. 1 x 0 pro Galo será goleada.

Obs.: Boa vitória no Mineirão domingo, mas finalizar mais de 30 vezes pra anotar 3 tentos comprova a ineficiência do nosso ataque.

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20 de jul. de 2008

Boas recordações

Inter 1 x 0 Atlético

Sem comentários acerca da derrota para o colorado na última quinta-feira. Com a limitação do elenco e os desfalques, já era de se esperar o revés.

Novidade: com o fim da rodada deste sábado, estamos na temida zona do rebaixamento. Culpa do excesso de empates. Amanhã, contra o coxa, outro resultado que não seja a vitória colocará a equipe em uma situação muito complicada.

Embora o Coritiba tenha eliminado o Atlético nas semifinais do brasileiro em 1985, naquela conturbada partida no mineirão, e nos tirado a invencibilidade no torneio de 2003, outra vez no mineirão, o histórico recente nos tem sido bastante favorável. O último encontro, ainda na segunda divisão em 2006, traz grandes recordações aos atleticanos. Penúltima rodada, Couto Pereira lotado e o coxa abriu 2 x 0 ainda no início do primeiro tempo. Marinho diminuiu no finzinho da primeira etapa e empatou no início da segunda. Marcinho liquidou a fatura aos 27 minutos do segundo tempo.

Naquela tarde fria estávamos em Ouro Preto, levando um companheiro colorado para conhecer a antiga Vila Rica. Acabei vendo o fim do jogo numa barraquinha (cuja foto guardei de recordação) em frente à igreja de São Francisco. Que tenhamos a mesma sorte amanhã!

13 de jul. de 2008

Maldição

Cruzeiro 2 x 1 Atlético

É incrível como a história tem mudado no século XXI. Mais um clássico e mais uma derrota pelo campeonato brasileiro, coisa que raramente acontecia até 2003. Dessa vez, tivemos uma partida morna, especialmente no segundo tempo, com as alterações equivocadas de ambas as partes.

O Galo conseguiu marcar no primeiro tempo após uma trapalhada da zaga cruzeirense que Danilinho aproveitou com oportunismo. Ainda comemorando, pensei que poderíamos tirar proveito daquela situação, já que a torcida adversária tem uma péssima relação com o seu treinador. Bastava que segurássemos alguns minutos. No entanto, como tem sido de praxe, bastaram alguns minutos para que o adversário anotasse o tento de empate após uma cobrança de escanteio. O resto do jogo foi um festival de passes errados, faltas e poucas oportunidades.

No fim, pareceu-me que o Atlético estava satisfeito com mais um empate, já que, aparentemente, está buscando este título (Campeão Brasileiro de Empates) e ficou brigando com a bola ali no meio campo. Um contra-ataque do adversário aos 47 do segundo tempo liquidou a fatura. O apito final foi dado após uma melancólica tentativa de cruzamento do César Prates.

O que mais me impressiona na fase atual do Atlético é a total falta de equilíbrio dentro de campo. Nem com o seu adversário sendo pressionado pela própria torcida, que odeia o treinador (embora o time esteja em segundo lugar, no momento), a equipe consegue potencializar isso a seu favor. Repito: falta liderança em campo. Marcos, Petkovic e Marques são velhos, mas não são líderes. Falta uma espécie de Charles Bronson dos gramados, que possa comandar o escrete alvinegro e eliminar essa aura de covardia e azar que tem sido emanada pelos últimos times montados pelo nosso presidente bigodudo.

Ainda cabe destacar alguns pontos, em especial, para a diretoria:

1. Podem devolver o Castillo. O boliviano não consegue matar uma bola, não é raçudo, não consegue entender uma tabela ou chutar a gol. É inoperante. Me faz ter saudades do Vanderlei.
2. Troquem essa maldita camisa horrorosa do centenário e voltem ao uniforme tradicional! Esqueçam essa festa dos 100 anos, e façam o time jogar bola. Essa história de centenário só fez os holofotes se virarem para o time e aumentar a pressão e a consequente divulgação, em rede nacional, dos nossos seguidos vexames.
3. Podem devolver o Almir. O cara tá com o bagageiro maior que o da Mulher Melancia e não produz nada também.
4. Parem com essas idéias de homenagear o Marques. O que era aquela camisa 350? Se o time viesse bem, tudo bem festejar... Mas, já que ele tem que jogar (eu preferiria que ele tivesse colocado o pé dele na calçada da fama e estivesse na tribuna, vendo o jogo de lá), dêem a camisa 9 pro sujeito e ponto final.

Enfim, levar um gol aos 47 do segundo tempo nessas circunstâncias é patético. Devo confessar que já fazia algum tempo que o futebol não me deixava triste.

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11 de jul. de 2008

outro empate

atlético 1 x 1 flamengo

analisado isoladamente, não podemos dizer que o empate de quarta-feira no mineirão foi um mal resultado. enfrentávamos o líder do campeonato e os quinze minutos iniciais me fizeram temer pelo pior. entretanto, obter a sexta igualdade em dez jogos é preocupante. houvesse perdido metade e ganhado a outra metade desses jogos, a equipe estaria com 18 pontos, na faixa de classificação para a libertadores. como não adianta chorar o leite derramado, a vitória é o único resultado que interessa contra nossos maiores rivais no domingo.

ainda sobre o jogo de quarta-feira, destaco um fato positivo: o gallo não tem medo de mexer na equipe e o fez assim que percebeu que íamos levar um show de bola se continuássemos apresentando o futebol do início do jogo. por outro lado, ainda tenho uma certa desconfiança em relação aos novos contratados. laterais chegam e laterais vão e continuamos improvisando. com a recuperação do calixto e o retorno do césar prates, poderemos ter alguma novidade.

finalmente, destaco a falta de um líder em campo. um jogador que nas horas de maior pressão consiga manter a cabeça no lugar e ajudar a organizar a rapaziada em campo. coisa que o gallo fazia, por exemplo. os veteranos pet e marques não são esse tipo de jogador. de qualquer maneira, acredito na vitória no domingo. as estatísticas não nos favorecem contra o cruzeiro há algum tempo e a maldição há de terminar. 2 x 0 será o placar.

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8 de jul. de 2008

um pôster

minha história com o atlético tem um pouco a ver com o flamengo. apesar de ter nascido em belo horizonte, passei meus primeiros quatro anos de vida em brasília e dentre as poucas lembranças que tenho daquela época, destacam-se os gritos de galo e xingamentos em frente à tv, naqueles que suponho terem sido os jogos decisivos das temporadas de 1980 e 1981. e foi no fim de 1981 que voltamos a viver em belo horizonte, mudando em janeiro de 1982 para um apartamento no sion.

me recordo que um dos meus primeiros pedidos para o meu pai quando mudamos para a nova casa foi um pôster do flamengo, campeão do mundo no ano anterior, razão pela qual devo ter metido isso na cabeça. imagino o desapontamento daquele nobre atleticano... no entanto, usando toda a sua presença de espírito, inteligência e sagacidade, o velho negou o presente e, ao invés de me trazer um exemplar da placar com o famigerado pôster me levou ao mineirão para ver um jogo do galo. e isso fez toda a diferença. bastaram 90 minutos no gigante da pampulha junto à massa para que eu me esquecesse da heresia que, inocentemente, havia cometido.

hoje, durante o almoço, tive a oportunidade de assistir o globo esporte. a tv estava sem som, mas não era preciso ouvir a locução para saber o que estava acontecendo visto que na metade do programa apareceu o nunes anotando aquele famigerado tento que nos roubou o caneco em 80. toda véspera de clássico é a mesma coisa e, naturalmente, as estatísticas favorecem muito mais ao rubro-negro carioca, de modo que é sempre uma experiência melancólica rever este e outros lances envolvendo os dois clubes.

de certa forma, sofremos de um inconformismo fodido relacionado àquela época onde havia um equilíbrio evidente entre as duas equipes, mas - sendo bondoso - sempre que houve uma dúvida ela foi decidida favorecendo o flamengo. em confrontos equilibrados, isso faz a diferença (especialmente quando se tem jogadores como éder e reinaldo do lado prejudicado). o fato revoltante (para nós atleticanos, obviamente) é que a história registra o placar final e toda polêmica só sobrevive na mente dos derrotados e daqueles fãs de futebol que viveram a época. hoje, felizmente, haviam dois na mesa que defenderam enormemente o galo mineiro. dá um certo orgulho, mas é pouco.

amanhã teremos outro jogo com o flamengo. já não tem mais o peso de 28 anos atrás e, tampouco, a importância daquela época. é só mais um jogo deste primeiro turno. mas, de qualquer jeito, sempre me lembro da cara do meu pai ouvindo à semifinal de 1987 no rádio da sala e fico satisfeito com qualquer placar favorável contra os rubro-negros. vai ser muito difícil, mas acho que é possível.

6 de jul. de 2008

um feito inédito

atlético 1 x 1 palmeiras

expectativa de um jogo complicado nesta tarde. mais do que os desfalques palmeirenses, a falta de confiança da equipe será o maior adversário contra o alviverde paulista. a atual gestão do clube está conseguindo um feito inédito na nossa centenária história que é afastar a torcida do clube. uma sequência inacreditável de manobras equivocadas e legítimas trapalhadas, com consequências tristes e previsíveis, me fazem temer pelo nosso futuro na série A em 2009.

por exemplo, se o atlético não tem condições de disputar uma contratação com o seu maior rival (ou qualquer outro clube da primeira divisão, aparentemente), porque deixa as notícias vazarem para a imprensa? não que o gérson magrão seja o meia dos nossos sonhos, longe disso, mas as recorrentes humilhações públicas (seguidas goleadas, divulgação de negociações interessantes resultando em contratações ridículas, inadimplência, etc) às quais o clube é submetido, por mais pequenas que sejam, estão acabando com a nossa reputação e, obviamente, gerando uma antipatia entre os torcedores.

má fé ou incompetência? não sei. de qualquer maneira, torço para que o escrete alvinegro faça uma grande apresentação esta tarde e consiga uma boa vitória (2 x 0?). a esperança é a última que morre.


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