15 de mar. de 2012

A apatia de sempre

CENE 1 x 3 Atlético
Atlético 4 x 2 Nacional

Jogos transmitidos pela Globo Minas sempre são mais fáceis de se encontrar na internet. Deste modo, acabamos deixando o desânimo de lado e assistimos às partidas. Foi assim no último sábado, quando vencemos o Nacional de Nova Serrana e na noite de ontem, quando superamos o CENE do Mato Grosso do Sul.

Contra o Nacional vi apenas o segundo tempo, mas foi o suficiente para perceber que temos algumas falhas sérias na defesa, em especial do lado esquerdo. O ataque não está mal: André tem feito os seus gols e Guilherme parece estar entrando em forma e caminhando para fazer parte da dupla de ataque titular. As coisas andaram difíceis até o segundo gol do Nacional. Depois disso, o Galo foi pra cima e não deu chances ao adversário, assinalando três tentos em praticamente 15 minutos.

A estreia na Copa do Brasil já foi um pouco mais complicada. Entendo que a complicação é normal, uma vez que, normalmente, os adversários das duas primeiras rodadas não medem esforços e jogam a partida de ida como se fosse uma final, visando unicamente a volta onde poderão mostrar seu futebol em um grande centro. O que me aborreceu mais na partida de ontem foi a evidente falta de compromisso da maior parte dos jogadores, exibindo uma displicência de dar dó.

Há alguns dias, Daniel Carvalho deu uma entrevista dizendo que a cobrança em São Paulo era maior do que no Atlético. Não é preciso ser um gênio para perceber isso. Ser jogador do Atlético sob a atual gestão é o melhor emprego do mundo: salários pagos em dia, CT e hotel de primeiro mundo e sem cobrança por produtividade. O resultado é este time sem alma e sem vibração que temos nos acostumado a ver nas últimas temporadas, incapaz de transmitir confiança ao torcedor.

Sabemos que o time ainda está longe do seu ápice, que ter eliminado a partida de volta já foi uma coisa boa e que os verdadeiros testes ainda estão por vir. O que me chateia é a atitude em campo e, como já disse, esse tipo de coisa está ligado diretamente à liderança da instituição. Espero, sinceramente, estar errado mas a sensação que eu tenho é a de que não chegaremos a lugar nenhum em 2012 (mais uma vez).

7 de mar. de 2012

Em marcha lenta

A temporada 2012 começou sem o ânimo e a motivação dos anos anteriores. Não é difícil entender o porque, principalmente quando nos lembramos daquela que, sem dúvida, foi a tarde mais patética da história centenária do Clube Atlético Mineiro. Desde então, não tenho conseguido acompanhar a equipe no ritmo que costumava normalmente fazê-lo. A simples constatação de que na prática o profissionalismo no seu modelo alvinegro resulta na total falta de compromisso de atletas, comissão técnica e diretoria, resulta nesta apatia generalizada do torcedor. Mas, vamos lá!

O ano começou um pouco diferente com menos contratações e dispensas. Ao fazer o mais simples, pelo menos mantivemos o entrosamento da equipe que vinha praticando um futebol razoável no returno do campeonato brasileiro de 2011. A coisa vinha bem até o imbróglio envolvendo o Atlético e o Independência, que ainda deve render bastante. Mesmo que o tempo demonstre que foi um golpe de mestre da gestão atleticana, o fato de ver o Kalil tripudiando e falando as suas bravatas em rede nacional me levam a concluir que, infelizmente, nada mudará e o Atlético continuará a ser o que tem sido nos últimos 10 ou 15 anos.

Com relação ao campeonato mineiro, não acompanhei nenhum jogo. Para dizer a verdade, vi os dez minutos finais da partida contra o América no domingo passado e, consequentemente, os dois gols da virada alvinegra. Foi um bom resultado, mas a menos do clássico contra o nosso maior rival, o campeonato tem pouco a oferecer (em especial se estamos interessados em saber o real potencial do clube). O meu prognóstico é que teremos um ano mais tranquilo mas, dificilmente, com alguma grande conquista. É esperar e ver.