13 de jul. de 2008

Maldição

Cruzeiro 2 x 1 Atlético

É incrível como a história tem mudado no século XXI. Mais um clássico e mais uma derrota pelo campeonato brasileiro, coisa que raramente acontecia até 2003. Dessa vez, tivemos uma partida morna, especialmente no segundo tempo, com as alterações equivocadas de ambas as partes.

O Galo conseguiu marcar no primeiro tempo após uma trapalhada da zaga cruzeirense que Danilinho aproveitou com oportunismo. Ainda comemorando, pensei que poderíamos tirar proveito daquela situação, já que a torcida adversária tem uma péssima relação com o seu treinador. Bastava que segurássemos alguns minutos. No entanto, como tem sido de praxe, bastaram alguns minutos para que o adversário anotasse o tento de empate após uma cobrança de escanteio. O resto do jogo foi um festival de passes errados, faltas e poucas oportunidades.

No fim, pareceu-me que o Atlético estava satisfeito com mais um empate, já que, aparentemente, está buscando este título (Campeão Brasileiro de Empates) e ficou brigando com a bola ali no meio campo. Um contra-ataque do adversário aos 47 do segundo tempo liquidou a fatura. O apito final foi dado após uma melancólica tentativa de cruzamento do César Prates.

O que mais me impressiona na fase atual do Atlético é a total falta de equilíbrio dentro de campo. Nem com o seu adversário sendo pressionado pela própria torcida, que odeia o treinador (embora o time esteja em segundo lugar, no momento), a equipe consegue potencializar isso a seu favor. Repito: falta liderança em campo. Marcos, Petkovic e Marques são velhos, mas não são líderes. Falta uma espécie de Charles Bronson dos gramados, que possa comandar o escrete alvinegro e eliminar essa aura de covardia e azar que tem sido emanada pelos últimos times montados pelo nosso presidente bigodudo.

Ainda cabe destacar alguns pontos, em especial, para a diretoria:

1. Podem devolver o Castillo. O boliviano não consegue matar uma bola, não é raçudo, não consegue entender uma tabela ou chutar a gol. É inoperante. Me faz ter saudades do Vanderlei.
2. Troquem essa maldita camisa horrorosa do centenário e voltem ao uniforme tradicional! Esqueçam essa festa dos 100 anos, e façam o time jogar bola. Essa história de centenário só fez os holofotes se virarem para o time e aumentar a pressão e a consequente divulgação, em rede nacional, dos nossos seguidos vexames.
3. Podem devolver o Almir. O cara tá com o bagageiro maior que o da Mulher Melancia e não produz nada também.
4. Parem com essas idéias de homenagear o Marques. O que era aquela camisa 350? Se o time viesse bem, tudo bem festejar... Mas, já que ele tem que jogar (eu preferiria que ele tivesse colocado o pé dele na calçada da fama e estivesse na tribuna, vendo o jogo de lá), dêem a camisa 9 pro sujeito e ponto final.

Enfim, levar um gol aos 47 do segundo tempo nessas circunstâncias é patético. Devo confessar que já fazia algum tempo que o futebol não me deixava triste.

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