22 de set. de 2011

Será que nos salvaremos?

Atlético 1 x 1 Flamengo

Ontem, finalmente, pude assistir a primeira partida do Galo no returno: tv aberta e transmissão em HD motivam qualquer um. Assim, cheguei da peladinha semanal, liguei a tv e me deparei com a primeira surpresa da noite: a escalação do time. Wesley no ataque? "Realmente, o Atlético não se leva a sério", pensei. A segunda surpresa foi o público. Considerando-se o momento da equipe, confesso que fiquei surpreso com os 13 mil pagantes que "lotaram" a Arena do Jacaré.

E os obstinados que lá estiveram viram um jogo movimentado mas com pouca qualidade de ambas as equipes. O Atlético buscou mais o jogo, marcando forte e tentando ter velocidade no ataque e o Flamengo repetiu a apatia demonstrada nas últimas dez rodadas. A falta de qualidade conjugada à falta de equilíbrio emocional alvinegras evitaram que a equipe mineira saísse de campo com um bom placar no primeiro tempo.

No início do segundo tempo, Daniel Carvalho acertou o ângulo direito de Felipe em linda cobrança de falta. A partida daí, o Galo voltou a ser o Atlético da zona de rebaixamento, e o gol rubro negro parecia questão de tempo. Não demorou muito, Ronaldinho pega um rebote na região da meia lua e chuta colocado. A bola sairia pela linha de fundo, mas resvala na canela de Léo Silva e balança as redes alvinegras. É o gol de empate. Os supersticiosos se lembram da goleada sofrida pela gente no primeiro turno, mas o sobrenatural não tinha nada a ver com o futebol ridículo apresentado pelas duas equipes e o empate ficou de bom tamanho. Apenas dois fatos foram dignos de nota após os gols: o Gaúcho acertou um pontapé em Pierre num carrinho criminoso e recebeu apenas o amarelo e Serginho, o carniceiro de Lourdes, conseguiu ser expulso nos minutos finais, sepultando as chances de reação do Atlético.

Após o jogo, uma pergunta ronda a cabeça do atleticano: nos salvaremos do rebaixamento este ano? Difícil dizer. Falando objetivamente, o futebol apresentado ontem não nos credenciaria à queda, mas a falta de equilíbrio emocional do time é deprimente. Tal como um time pequeno, as vitórias atleticanas só parecem possíveis quando a equipe assinala um tento nos minutos finais. A minha sensação é de que será muito difícil nos livrarmos desta briga antes da última rodada, onde nos aguarda um clássico dramático. O fato é que olhando a tabela, fica difícil apontar oito vitórias. Na próxima rodada enfrentamos o Inter no Beira Rio, estádio maldito onde comemoramos empates, pois as derrotas são praticamente certas. Depois, teremos pela frente o Ceará, em partida de vida ou morte para os dois clubes. Sim, vai ser triste aguentar este fim de temporada...

21 de set. de 2011

Uma incógnita

Atlético/GO 1 x 0 Atlético
Atlético 2 x 0 Bahia
São Paulo 2 x 1 Atlético
Atlético 2 x 0 Avaí
Atlético/PR 0 x 1 Atlético

E o returno começou igual para o Atlético: duas vitórias contra duas das três piores equipes do campeonato e uma derrota para o São Paulo. Em seguida, emplacamos uma vitória contra o Bahia, saímos da zona do rebaixamento, mas fomos mandados de volta pelo xará de Goiânia, que há muito tempo já vinha tentando aprontar para cima do Galo. De qualquer maneira, podemos ser positivos e pensar que uma vitória e uma derrota são melhores que os dois empates que conseguimos no turno (1 x 1 com o Bahia, 2 x 2 com o Atlético/GO). Só para completar: não vi nem ouvi nenhum dos jogos listados neste post.

Hoje enfrentamos o Flamengo. Em circunstâncias normais, considerando o desempenho dos times no momento atual, apostaria numa vitória do Atlético: o rubro-negro carioca vem mal, em crise, com uma provável divisão dentro do elenco e treinado naquele esquema do Luxemburgo que tanto nos fez sofrer na temporada passada. A contrapartida é que apesar dos bons resultados nas primeiras rodadas, não podemos dizer que o futebol apresentado pela equipe tenha transmitido confiança ao torcedor, indicando que tempos melhores estavam por vir. Para completar, nosso treinador é o Cuca, um maldito derrotado.

Enfim, se considerarmos apenas o segundo turno, teremos um confronto em circunstâncias similares àquelas da partida no Engenhão, que salvou a cabeça do Luxa e afundou o Atlético. A diferença primordial é que agora já estamos afundados na zona do rebaixamento e se os jogadores tiverem um pouco de sangue na veia (coisa que pouco demonstraram até o momento), poderão correr um pouco mais para devolver a goleada de alguns meses atrás. No mundo ideal o Renan Oliveira entraria como titular e confirmaria a sua fama de carrasco do rubro-negro, anotando mais 2 ou 3 tentos e garantindo a nossa vitória, assim como fez em 2008 e 2010, mas é difícil acreditar.

No final das contas, a impressão que eu tenho após estas cinco rodadas é a de que ganhamos de quem poderíamos ganhar. As três próximas rodadas, quando enfrentaremos além do Flamengo, o Internacional e o Ceará definirão o nosso papel no campeonato. Pois é, amigos, os prognósticos não são muito bons, mas quando foram nesta temporada?