29 de mar. de 2010

25 minutos e goleada

América/TO 2 x 2 Atlético
Atlético 6 x 0 Ituiutaba

Quarta-feira, antes de me dirigir para o aeroporto, consegui assistir aos 25 minutos restantes do jogo entre o América de Teófilo Otoni e o Atlético, que havia sido interrompido pela chuva no dia 3/3. 25 minutos com os dois times descansados impuseram um ritmo um tanto frenético ao jogo e apesar de atuar com um homem a menos (Leandro havia sido expulso durante a primeira parte da partida), as melhores chances foram do Galo, ambas com Tardelli: uma foi defendida pelo arqueiro americano e outra explodiu no travessão, após um lindo arremate do camisa 9 alvinegro. Aranha, como sempre, ainda tentou ajudar o time da casa cometendo uma falha, mas se recuperou a tempo. No fim, ficou tudo como estava: 2 x 2.

Neste domingo, o Atlético encerrou a sua participação na primeira fase do campeonato mineiro enfrentando o virtualmente rebaixado Ituiutaba. Depois de boas temporadas na primeira divisão, o time do triângulo não se preparou adequadamete e acabou segurando a lanterna da competição. O Galo, que não tinha nada com isso, jogou com a seriedade pregada pelo seu comandante e acabou goleando implacavelmente o adversário. 6 x 0, mas poderia ter sido mais. Destaque para as participações individuais de Tardelli, autor de três tentos e Fabiano, autor de outros dois e executor da jogada que resultou em pênalti convertido pelo primeiro.

Obviamente, a fragilidade do Ituiutaba nos impede de tecer comentários mais profundos acerca da qualidade do escrete alvinegro, mas a goleada foi muito importante, principalmente nesta semana onde enfrentaremos a Chapecoense pela Copa do Brasil precisando de uma vitória. Certamente, time e torcida irão para o Mineirão na quinta bem mais tranquilos com a situação resolvida no estadual. Quanto a este que vos escreve, aproveitando o feriadão e o calendário favorável, estarei presente no gigante da Pampulha pela primeira vez em 2010.

23 de mar. de 2010

Evolução

Villa Nova 1 x 3 Atlético

Finalmente, após 9 rodadas, consegui acompanhar uma partida do Atlético na íntegra. Mesmo com desfalques importantes - Tardelli, Correa, Cáceres e Ricardinho - o time conseguiu se impor em Nova Lima e não teve dificuldades para derrotar o Leão. Logo no início do primeiro tempo, Muriqui sofreu pênalti convertido por Obina que, minutos depois, assinalou o segundo tento ao acertar um belo petardo de fora da área. No segundo tempo, Renan Oliveira marcou o seu em uma falha do goleiro adversário e Warley descontou para o Villa após uma pixotada de Werley.

De uma maneira geral, gostei do que vi: o time esteve bem postado em campo e o esquema com 3 zagueiros deu conta do recado. A fragilidade do Leão era evidente, mas é importante nos lembrarmos do estado e das dimensões do gramado do Castor Cifuentes, que dificultam a tarefa mesmo para quem sabe jogar bola. Destaque para as boas participações de Renan Oliveira e Obina, que parecem estar se firmando na equipe titular - o primeiro com assistências precisas e o segundo marcando gols. Resta saber se terão o mesmo desempenho contra equipes fortes em momentos decisivos.

Para finalizar, está mais do que evidente que Aranha não tem condições de ser titular do Atlético. O cara comete erros sucessivos de fundamento e nessa altura do campeonato, não tem conserto. Melhor passar para frente. Carini? Uma incógnita. Acredito estar pagando o preço por ter sido segundo goleiro a maior parte da carreira. Falta ritmo, é uma pena. Há poucos dias a imprensa noticiou que estamos acertando com o Marcelo, segundo goleiro do Bahia. Seria a solução para a meta atleticana? Não acredito. Sinceramente, daria uma chance ao Renan Ribeiro.

19 de mar. de 2010

Preto e branco

Chapecoense 1 x 0 Atlético

O jogo contra o lanterna do campeonato catarinense na última quarta-feira foi, para mim, uma incógnita: além de não ser transmitido por nenhum canal de tv, a rádio sintonizada na SKY resolveu dividir a transmissão da peleja do Galo com a de um amistoso entre o selecionado sulafricano e o nosso maior rival. Assim, não há saco que aguente. Acabei acompanhando uma partida qualquer pela Libertadores. A derrota por 1 x 0, considerando o nosso histórico na Copa do Brasil, pode ser considerado bom. Não acredito que tenhamos maiores problemas em reverter o quadro desfavorável na partida de volta no Mineirão.

O assunto da semana, entretanto, não foi a derrota em Chapecó, mas sim o lançamento da coleção 2010 do Galo pela Topper. Não satisfeita em estragar o uniforme oficial de jogo, a marca resolveu nos fornecer uma camisa de treino rosa. Isso com a conivência do presidente, que fez questão de frisar publicamente que os polêmicos modelos foram uma escolha pessoal. O resultado, como não poderia deixar de ser, foi catapultar o clube a posição de destaque no noticiário esportivo e, consequentemente, a ser motivo de chacota até em lugares menos prováveis, como o blog do jornalista Luis Nassif.

Qualquer indivíduo um pouco sensato sabe que a cor de uma camisa não quer dizer absolutamente nada, mas vá dizer isso a um torcedor de futebol. É muito difícil ser racional quando se trata do ludopédio. A verdade é que toda essa polêmica era absolutamente desnecessária e o presidente decidiu, deliberadamente, entrar nessa. Foi gratuito, e é isso que, fundamentalmente, me irrita. As razões para tal atitude, eu desconheço. Seria por causa desta sequência enorme de campeonatos e vitórias que temos acumulado ao longo de sua gestão? Falando sério, o torcedor não merecia isso. O Atlético não merecia isso.

Se tem uma coisa que eu sempre admirei no Atlético foi a simplicidade com que as coisas sempre foram feitas, tanto por parte de gestão do clube quanto por parte da torcida. "Inventar moda", como nós mineiros dizemos, nunca foi o nosso negócio. O clube não é alvinegro à toa. Pode parecer besteira, mas para mim, toda essa baboseira é mais um prenúncio de uma temporada desanimadora. Espero estar errado.

13 de mar. de 2010

Galo doido

Atlético 4 x 0 Caldense

Um dos efeitos colaterais do regime de trabalho 14 x 21 é que o sujeito se desliga do calendário regular e a diferença entre dias úteis e finais de semana deixa de existir. A vida passa a ser dividida em "trabalho" ou "folga" (também existe, em momentos especiais, a modalidade "trabalho na folga"). Hoje foi um dia particularmente difícil, muito sol, calor e inspeções dentro da plataforma. A surpresa foi que ao adentrar um dos compartimentos me deparei com inscrições "GALO DOIDO" feitas com um marcador amarelo numa das anteparas. Sem dúvida, culpa da mineirada que andou sendo recrutada no vale do aço para trabalhar por aqui. Por um instante, pareceu que eu estava em Belo Horizonte.

De volta à realidade, acabei me lembrando da partida contra a Caldense marcada para a tarde deste sábado. Obviamente, a repercussão do campeonato mineiro fora das fronteiras do estado é zero. O negócio, como sempre, é acompanhar a primeira metade do jogo pela internet, enquanto ainda estou no canteiro de obras, e o restante no canal 411 da SKY, que reproduz a rádio Itatiaia. Cheguei ao alojamento a tempo de escutar o último gol e, para minha surpresa, ainda consegui ver os 4 tentos na internet CLARO GSM, feito inédito neste quase um ano de trabalho em São Roque.

Impossível fazer maiores comentários sobre a partida baseando-se naquilo que se escuta no rádio. Elegeram o Renan Oliveira o melhor em campo: vi o belo gol e a ótima assistência para o Fabiano, talvez o merecesse realmente. Tomara que seja um recomeço, embora minha desconfiança ainda seja alta em relação ao garoto. Jogamos sem Correa e Tardelli e o Ricardinho se machucou ainda no primeiro tempo, dando lugar a Evandro, mas é possível que a fragilidade do adversário não tenha permitido que o time sentisse tanto os desfalques. De qualquer maneira, goleamos e isso é sempre bom, especialmente num sábado. Amanhã é dia de curtir os desafios alheios sem grandes preocupações futebolísticas na cabeça.

9 de mar. de 2010

Ausência

Atlético 1 x 0 Democrata/GV

Depois de curtir o carnaval nos pampas, embarquei no dia seguinte da minha volta ao Rio de Janeiro para Houston, numa viagem a trabalho. Com isso, apenas soube do placar do clássico (Atlético 1 x 3 Cruzeiro) e das circunstâncias misteriosas envolvendo, pra variar, a anulação de um tento alvinegro.

Nos Estados Unidos vivi, pela primeira vez, a experiência de estar num lugar onde as pessoas não dão a mínima para o futebol – mesmo na Noruega, que não era um exemplo de entusiasmo neste setor, havia um campinho ou outro para uma peladinha. Na América, a ESPN não mostra os resultados da rodada, as lojas de esporte não possuem artigos relacionados ao soccer, e apenas uma vez ou outra alguém, ao saber que eu era brasileiro, fazia alguma referência ao esporte bretão. Para ser sincero, isso aconteceu duas vezes: um atendente da Macy’s me perguntou o paradeiro do Cafu(!) e um papo sobre a copa de 94 que tive com um romeno da empresa onde estávamos trabalhando (o assunto foi o bom desempenho da seleção de Hagi e companhia). Com isso, acabei praticamente alheio ao desempenho do galo nos últimos vinte dias. Soube dos placares e vi, pela internet, os gols do Obina, os frangos do Aranha e as trapalhadas da FMF.

E foi após esta epopéia que me acomodei no sofá na tarde do sábado para assistir Atlético x Democrata/GV. Depois de um primeiro tempo morno, o início da segunda metade prometia alguma ação quando a TVA saiu do ar. O telefone para reclamações constantemente ocupado indicava que o problema parecia ser sério. Para liquidar qualquer esperança de acompanhar a partida, logo depois a luz acabou em Botafogo, só voltando na manhã do domingo. O destino é assim, implacável. Mas, valeu pelos 3 pontos.

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