27 de set. de 2008

Mais uma vez

Até o início da partida acreditei que o Atlético conseguiria uma boa vitória contra o Figueirense, tradicional freguês e dono da pior defesa do campeonato. No entanto, contrariando as minhas expectativas e sepultando as minhas esperanças de um restante de campeonato mais tranquilo, o Galo voltou a ser tudo aquilo que tem sido ao longo desse ano: um time apático, sem entusiasmo, sem objetivo, ou seja, uma depressão completa.

É meio difícil ser compreensivo com a limitação do elenco quando os jogadores não conseguem acertar passes a uma distância de dois metros ou não efetuar um cruzamento correto sequer. O que foge à minha compressão é um indivíduo se propor a seguir uma carreira e não conseguir ser profissional. Se quer ser jogador de futebol, é preciso saber acertar um passe ou, mais especificamente, se quiser jogar de lateral, é bom aprender a cruzar. O que quero dizer é que a falta de talento é aceitável, mas o básico qualquer profissional tem que estar apto a fazê-lo.

Além disso, não pude deixar de notar uma nítida má vontade em boa parte da equipe alvinegra, tendo como seu expoente o senhor Lenílson, que andou em campo o tempo todo (sem contar o fato de permanecer deitado a cada falta que levava ou a sua lenta e irritante caminhada até o banco de reservas quando foi sacado de campo). Poderia citar mais uns quatro ou cinco jogadores aqui que devem ter comido uma dobradinha no almoço, pois pareciam carregar um saco de cimento nas costas, mas me falta saco para tanto.

Pensando bem, o elenco deve estar tranquilo já que faltam apenas quatro vitórias para permanecermos na série A. Ainda mais que agora virá a parte fácil da tabela: Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, Inter e Coritiba.

Para finalizar, duro é aguentar um jogo horroroso como o desta noite com a equipe do PFC exibindo, a cada dez minutos, um "lance de perigo direto do Maracanã", como se eu estivesse preocupado com a porra do jogo do Flamengo contra o Sport. Obviamente, os lances perigosos de Goiás e Vitória não eram exibidos direto do Serra Dourada.

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6 pontos

Independente de o Atlético ter feito uma boa ou uma má partida, o que importou no sábado passado contra o Timbu foi a conquista dos três pontos. Valeu mais pelo belo gol do Renan Oliveira. Amanhã, contra o Figueira, valerá a mesma lógica: jogando feio ou bonito precisamos destes três pontos.


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18 de set. de 2008

Incógnita

E o primeiro a confirmar sua candidatura à presidência do Atlético é o obstinado Itamar Vasconcellos. O problema de toda mudança é que sempre há a possibilidade de se mudar para pior.

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Fim de uma era



E o Ziza não resistiu e pediu para sair, coroando mais uma gestão desastrosa no Clube Atlético Mineiro. A verdadeira razão que o motivou a pedir o boné permanecerá uma incógnita, pois essa justificativa de que membros do próprio conselho o estavam ameaçando não convence ninguém.

Até confesso que no início nutri uma certa simpatia pelo senhor bigodudo que assumiu a presidência do Galo. No entanto, os sinais logo apontaram para mais esse desastre na história do maltratado alvinegro mineiro: o excesso de promessas e provocações e a incapacidade de bancá-las eram as principais evidências de que a história não terminaria bem.

Vejam bem, eu nem pretendo ser tão rigoroso a ponto de dizer que o sujeito não poderia errar, mas os equívocos foram recorrentes durante toda sua administração:

* mais de uma vez um acerto com um determinado jogador foi anunciado e no dia seguinte, ou mesmo poucas horas depois, o atleta se apresentava em outro clube (até mesmo no nosso maior rival), minando o resto de credibilidade que o Atlético possuía;

* quantos laterais o Atlético contratou esse ano? Algum deles é melhor do que o Thiago Feltri?

* e o número de atacantes?

* e o retorno do maldito Geninho, persona non grata quando se trata do Atlético e, obviamente, odiado pela torcida?

* festas do centenário e a descaracterização do uniforme do clube, etc.

* goleadas, 6 goleadas históricas.

Eu quero acreditar que foram apenas equívocos, mas fica difícil, seria duvidar da inteligência do ex-presidente e não parece ser esse o caso.

A verdade é que, infelizmente, a história não tem sido muito diferente desde que comecei a acompanhar futebol: Nélson Campos, Afonso Paulino, Paulo Cury, Nélio Brant, Ricardo Guimarães, Ziza Valadares, tanta gente que passa pelo comando do clube e que não consegue fazer uma gestão profissional. As equipes montadas, embora fossem competitivas em determinados momentos, nunca tiveram pegada o suficiente para chegar a uma final e vencer.

O Atlético chegou aos 100 anos sem conseguir ser profissional, seu maior credor é um dos seus ex-presidentes, num evidente conflito de interesses e numa demonstração de absoluta falta de ética e com um time de futebol pronto para retornar à segunda divisão do Brasileirão.

E agora? Quem poderá nos ajudar?

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15 de set. de 2008

1987

Ipatinga 3 x 2 Atlético
Atlético 1 x 1 São Paulo

No último sábado, um dos vídeos disponibilizados no Baú do Esporte no site da Globo era o compacto da estréia do Galo na Copa União de 1987, um sacode de 5 x 1 no Santos. Já era o primeiro sinal da grande campanha que o time do Telê Santana faria naquela temporada. Logo depois, cliquei no símbolo do Atlético para ler as notícias do clube e a realidade reaparece. 21 anos depois a história é bem diferente, no momento não temos forças para vencer o Ipatinga, lanterna do campeonato e vizinho bem conhecido, de modo que a luz vermelha já está acesa. Basta analisar a tabela para perceber que conseguir menos do que seis pontos nas duas próximas rodadas significará o iminente descenso e a coroação do trabalho desenvolvido pelos nossos gestores nesse ano do centenário.

O que mais me intriga em relação à gestão é o amadorismo dos caras... Se não for isso, só pode ser má-fé, sacanagem com o torcedor alvinegro. Com esse elenco limitado, sem personalidade que montaram para essa temporada, ainda inventam essa história de centenário e continuam martelando nisso a cada vexame, cada goleada, cada eliminação: é uma festa, uma cerimônia, o lançamento de mais uma camisa, etc. É botar mais pressão em quem treme diante do Ipatinga, da Portuguesa e de outros adversários. Hoje me aparecem com o discurso de contratações e parcerias para 2009. É muito insulto à inteligência alheia. Na verdade, para poupar esforços e irritações, eles deveriam divulgar a lista dos reforços desejados e passar lá no Barro Preto para ver quais nossos adversários não gostariam de contratar. De repente, sobra pra gente, tamanha a falta de prestígio e de qualidade de gestão que estamos vivendo.

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