9 de dez. de 2003

Deus nos ajude

E tava lá no Superesportes:

“Deus escreve as coisas como Ele quer. Sempre falo que todos nós temos que crer em Deus, pois tudo acontece de acordo com sua vontade. Temos de acreditar, ter fé e esquecer dos outros resultados. Primeiro, nós temos de cuidar de nossa parte”, disse Procópio Cardoso.

Nada contra deus, cada um com a sua fé. Mas, bolas, o cara tá jogando toda a responsabilidade de um jogo de futebol para o todo poderoso! O time precisando treinar, vencer uma partida, e o treinador vem com essa conversa atravessada? Estamos perdidos mesmo...

Aliás, nem sei até que ponto é vantajoso disputar a Libertadores.. Fazer número em mais um torneio? Não quero. Melhor disputar a Copa do Brasil. Pelo menos as chances parecem ser maiores.

27 de nov. de 2003

Lembrete

Tá lá no Superesportes hoje:

"Afonso Paulino esteve no cargo de 1989 a 1994 e, em sua gestão, o Atlético conquistou um de seus títulos internacionais mais importantes, o da Copa Conmebol, em 1992, quando a equipe era dirigida por Procópio Cardoso."

Já que o negócio é recordar a gestão Paulino, é bom dizer que em 1992 ficamos em 13° lugar no Campeonato Brasileiro com uma reviravolta inesperada, já que até a metade do torneio estávamos na lanterna. Em 1993 a recuperação não veio e fomos os lanternas, 32° lugar. Sorte que não houve rebaixamento para os grandes naquele ano, coisa que não vai ter ano que vem.

Te cuida, Galo.

26 de nov. de 2003

Um aviso

Sinceramente, parece carma. Enquanto no rival azul os conselheiros cuidam de expulsar - na base do tapa, se for preciso - os dirigentes ruins, do lado alvinegro eles surgem aos borbotões, e com a conivência do conselho deliberativo. Gente sem comprometimento, a não ser consigo mesma e com seus correligionários. Até o Afonso "Minhoca" Paulino ressurgiu nesses últimos dias... É aquela coisa, com a crise cada vez mais forte, os urubus oportunistas não perdem tempo e já começam a rodear o moribundo para abocanhar o seu pedaço de carniça. Onde está a memória, meu Deus? O cara foi praticamente enxotado do Atlético no fim do seu mandato e agora já tem torcedor apoiando o sujeito! É aquela coisa, cada torcida tem o time que merece. Grande verdade!

Para finalizar: se o Itamar Vasconcellos ganhar essa eleição eu desisto do Atlético Mineiro.

7 de nov. de 2003

Nunca chega

Flamengo 3 x 2 Atlético

A coisa anda tão feia que na madrugada de quarta para quinta sonhei que estava na beira do gramado xingando os jogadores do Atlético. Não era atrás do alambrado não, era na linha lateral do campo. O jogo continuava e eu os acusava de covardes e exigia que honrassem a camisa do Atlético. A nota patética é que a minha mãe ficava me puxando para eu ir embora.

Pois bem, acordei e fui ler o jornal. "Atlético está invicto contra cariocas", dizia o Estado de Minas. Naturalmente, concluí que as chances de uma derrota no clássico de logo mais eram altíssimas. Como já disse, o time já não é confiável e cada que vez que arrumam um novo tabu ele se dedica a destruí-lo (a menos que seja a nosso favor. Há 18 anos o Atlético não ganha do Flamengo no Maracanã. Agora são 19.). Pra completar, ainda vi um pedaço do Alterosa Esporte enquanto almoçava. De repente, vêm com essa: "Os clássicos inesquecíveis entre Atlético e Flamengo." Foi o suficiente para que eu me retirasse do recinto. "Para que ficar revivendo derrotas inesquecíveis?", pensei.

Por volta das nove e vinte fui para a casa do Flávio e, antes dos quinze minutos de jogo, o Flamengo já vencia por 1 x 0, resultado de uma trapalhada do fraco Juninho. "Vai ser goleada", foi o comentário do pai do Flávio. Pouco depois o Paulinho cavou uma falta na entrada da área e o lateral esquerdo Michel guardou a pelota lá dentro. 1 x 1. De repente, o time começou a jogar bem e logo o Fábio Júnior virou a partida, passando por dois adversários e marcando um golaço. Fim do primeiro tempo. As coisas estavam melhores do que esperávamos. Curiosamente, em nenhum momento contávamos com a vitória alvinegra. Uma aura pessimista rondava a sala de televisão.

Pois o segundo tempo inteiro foi um suplício. O Atlético, tal qual os seus adversários no Independência quando estão na frente do placar, resolveu "administrar" o jogo. É difícil entender o que se passa na cabeça de um treinador... O time não consegue fazer o básico, que é trocar passes e articular jogadas, como é que alguém com o mínimo de sanidade mental, resolve mandar aqueles onze caras "administrarem" um jogo? O resultado foi um sufoco espetacular do Flamengo. Comentávamos acerca da falta de disposição do time para o jogo, que ultimamente o maior adversário do Atlético tem sido o próprio Atlético e o Flávio veio com uma de suas analogias brilhantes:

- O Atlético é como um junkie, um drogado, todo mundo vê que ele precisa de ajuda e até tenta ajudá-lo, mas ele não quer ser ajudado! Foge da clínica, vai para os becos e é isso aí!

Por volta dos 30 minutos, se não me engano, o Marcelo começou a fazer uma série de substituições equivocadas e inexplicáveis, saíram meia-atacantes e entraram volantes, além do Alex "Playmobil" Alves. Se o time já estava confuso, com essas mexidas o caldo desandou de vez, só deu Flamengo. E, amigos, o time do Flamengo é ruim! Se fosse um time com um pouco mais de qualidade, teríamos levado uma goleada histórica. Mas, pra terminar, aos 38 minutos o Jônatas (!) fez o gol de empate e, aos 46, Zé Carlos fechou a tampa do caixão. 3 x 2. Mais um 3 x 2 para o Flamengo.

Bom, perder um jogo é um fato normal. Digo, é claro que quando acompanhamos uma partida sabemos que as possibilidades de ganhar ou perder são iguais, independente do adversário. O que tem acontecido e me deixado chateado é a completa falta de vontade e de compromisso demonstrada pelo time. Não sei se é a falta de comando (desde o treinador até o presidente, não existe um cara que "defina" a situação. Tá faltando tutano.), a falta de salário, ou qualquer outra coisa. Já estivemos em situações muito piores e a equipe se superava, perdia mas lutava dentro de campo e isso, mesmo que não levasse a títulos, pelo menos nos deixava numa posição mais confortável: "perdemos, mas jogamos sério, de igual para igual.". O que temos visto agora é um misto de covardia e falta de talento. Assim não dá.

Por mais que se cave o fundo do poço nunca chega!

4 de nov. de 2003

Tirando do sério

Atlético 1 x 1 Criciúma

Tradicionalmente, após o apito final, a nossa turma costuma ficar batendo um papo nas arquibancadas até que o movimento nos portões de saída baixe a um nível aceitável. Nada de empurra-empurra! Pois bem, no último sábado não foi diferente, aliás, demoramos um pouco mais pois o Flávio resolveu fazer uma visita ao "toilete". Durante os preparativos finais para deixarmos as dependências do Independência (uau) metade dos refletores foram apagados e o sistema de som anunciou docemente, como é de praxe:

- O Estádio Independência e a diretoria do Atlético desejam aos torcedores uma boa noite e um bom final de semana!

Após todo o suplício descrito, pormenorizadamente, num dos posts anteriores, não era de se espantar que a reação de alguns de nós fosse descer os degraus da arquibancada correndo em direção aos alambrados com o dedo em riste, apontando para o sistema de som e bradando todos os palavrões conhecidos. Pois foi o que o Mateus fez:

- Bom final de semana é o caralho, diretoria FDP! Vocês ACABARAM com meu, cambada de miseráveis!! Vão pra PQP!

É, a vida tá dura.

2 de nov. de 2003

Péssimo

Atlético 1 x 1 Criciúma

Uma coisa boa sobre o Independência é que se pode chegar faltando 10 minutos para o início da partida. Nada de passar a tarde inteira sentado no cimento esperando o apito inicial, atividade que se tornou ainda mais entediante após o fim das partidas preliminares. Mas, enfim, tratemos do jogo de ontem. A nota pitoresca da noite é que teríamos, pela primeira vez, um trio de arbitragem feminino apitando a peleja.

Os times já estavam em campo quando o Flávio, outro companheiro de arquibancadas chegou. Veio voando em seu Uninho lá do interior de Minas, onde abandonou o banquete de aniversário da avó para acompanhar o Atlético. Mas não foram necessários mais do que dez minutos para que eu percebesse e comentasse com o Mateus e o Ronaldo que as duas equipes, aparentemente, não queriam jogar futebol. Parecia um amistoso desses de pré-temporada, entre uma equipe em formação e um combinado local. De qualquer maneira, o lateral Marquinhos acertou seu primeiro cruzamento vestindo a camisa alvinegra e o Fábio Júnior ficou cara a cara com o goleiro. O cantor, que tem medo de ser feliz, chutou em cima do arqueiro e, na confusão resultante, a árbitra apontou falta e a jogada terminou por aí. O Criciúma não vacilou e aproveitou a única chance de gol que teve. O ex-atleticano Paulo César lançou o atacante Dejair dentro da área que matou no peito e, aproveitando o fato de o zagueiro André Luis ter resolvido parar e levantar o braço, petecou um belo tento.

A partir daí, não teve mais futebol. O Atlético, demonstrando uma falta de vontade e de inteligência que beiravam o ridículo, não conseguia tramar nada. O Criciúma, por sua vez, decidiu não jogar mais bola e se limitava a catimbar e fazer cera. Irritante, muito irritante. Foi então que a juíza entrou em cena, expulsando um jogador do tigre. Uma coisa curiosa sobre o galo é que, paradoxalmente, o time consegue ser pior quando está vivenciando uma situação de superioridade numérica em relação ao adversário. Ontem não foi diferente. Ao final do primeiro tempo o Flávio, aparentemente, consumido pela culpa de ter dado o perdido no banquete, resolveu voltar a beber. É esse o tipo de coisa que o galo proporciona aos seus torcedores.

O segundo tempo veio e o que parecia improvável aconteceu: conseguiu ser pior do que o primeiro. O Criciúma resolveu não jogar MESMO e o resultado todo mundo já sabe: 3 expulsões, incluindo o goleiro e uns 10 minutos, no total, de bola rolando. Para completar a lambança a juíza, aos 47 minutos, deu um pênalti para o Atlético. A torcida, que já havia partido para a auto-ironia há algum tempo, nos acompanhou no coro de "Veloso! Veloso!" na tentativa de convencer o arqueiro alvinegro a cobrar o pênalti. O Lúcio Flávio foi lá e converteu. A dona do apito então, deu a partida por encerrada, conseguindo irritar os dois lados. Péssimo!

No caminho de volta até o carro o atormentado Flávio foi filosofando:

- Aquela música "O Vencedor", é pura mentira quando se trata do Atlético.
- Por que, cara?
- "Eu que já não sou assim / Muito de ganhar", a gente não é "muito de ganhar", a gente nunca ganha nada...
- Hahaha
- "Junto as mãos ao meu redor/Faço o melhor/Que sou capaz", o time nunca faz o melhor que é capaz! Nem isso, cara! Nem isso! "Só pra viver em paz!", a gente vive no inferno!! É no INFERNO!!! Agora vou chegar em casa e bater nos meus pais, nas minhas irmãs e depois por fogo no apartamento!! Não tem solução! Não tem solução!; completou, dando mostras de insanidade... tsc, tsc.

Mas, falando sério, pelo menos a imprensa resolveu meter o pau no time, coisa que ele anda merecendo MESMO. É muito cômodo jogar a culpa no trio de arbitragem porque a cera do adversário não foi convertida em acréscimo de tempo ao final da partida. Tanto na partida de ontem quanto na do meio da semana retrasada contra o Paraná Clube, esse tipo de situação se concretizou por culpa única e exclusiva do time da casa que não jogou nada e deixou o adversário abrir o placar. Não são 2 ou 3 minutos a mais que vão fazer a diferença. A verdade é que se o Criciúma continuasse jogando como vinha jogando ao invés de adotar a postura medíocre assumida após sair na frente no marcador, provavelmente, teria ganho a partida.

Bah, já falei demais.




31 de out. de 2003

Atrasos


Acabo de ler no superesportes que a diretoria do atlético teve uma reunião com os jogadores para explicar o atraso de salários. Tá começando tudo de novo, pô? Que palhaçada é essa?

24 de out. de 2003

Errata

O segundo gol do Paraná Clube foi no final do primeiro tempo e não no princípio do segundo, como relatei no post anterior.

Esse time me deixa maluco. heh

23 de out. de 2003

2 x 2

Atlético 2 x 2 Paraná

A gente parou o carro perto do final da rua Pouso Alegre, estávamos atrasados uns 10 minutos. De lá dava para ver as arquibancadas do Independência: um silêncio absoluto. Alguém comentou que a coisa devia tá preta. Subimos a ladeira que nos separava das roletas correndo e de lá pudemos ver o placar: Atlético 0 x 1 Paraná. Entramos, fomos revistados e demos a volta em todo estádio até chegarmos ao tradicional ponto de encontro. A maior parte da turma já estava por lá, sentada. Foi o Mateus que me deu a notícia:

- Foi o Renaldo, de pênalti. Um carrinho dentro da área.

Logo o Atlético bota pressão e empata o jogo após espetacular roubada de bola do Cicinho. Sentimento de alívio nas arquibancas, mas logo o clima volta a ficar tenso diante da péssima exibição da equipe. Uma sucessão de erros bisonhos, em sua maioria tentativas frustradas de jogadas de efeito feitas por quem não tem o mínimo talento para tentá-las. A paciência dura pouco: o juiz encerra o primeiro tempo e durante todo o intervalo meu tio, que também chegou mais cedo ao campo, fica praguejando. Diz que o Atlético está sendo derrotado por ele mesmo, que quando é para decidir o time dá para trás, que não quer vencer e isso e aquilo, coisas que todos nós já sabemos (aliás, as teorias dele merecem um post à parte). Naturalmente, todo esse colóquio foi acompanhado de um vastíssimo repertório de palavrões.

Pois bem, os primeiros 30 minutos do segundo tempo são uma destestável repetição do que vimos no primeiro. O resultado foi que logo levamos um gol, novamente do ex-atleticano Renaldo, o que exaltou ainda mais a torcida. Sinceramente, o clima dentro do estádio estava beirando o insuportável. Acho que, no fundo, todo mundo sabia o que viria dali pra frente: pressão, pressão, pressão e nada. Meu tio jogou a toalha e foi embora aos 30 minutos. O bom foi que o treinador do Paraná resolveu fazer o mesmo e o time azul e vermelho recuou, recuou tanto que aos 40 minutos levou um castigo: gol do Fábio Júnior. Comemoramos com alívio, mas putos pelo time, mais uma vez, ter nos imposto esse maldito sofrimento.

Os alto-falantes do Independência anunciam o empate do São Paulo com o Guarani, resultado interessante para o Atlético, e a massa tenta empurrar o time. O Paraná abusa da cera e da catimba e enrola o jogo até o apito final do juiz, que foi conivente com o anti-jogo paranaense. Após o final do jogo o diretor de futebol do Atlético, o ex-ponta esquerda Éder Aleixo, invade o campo para protagonizar uma cena patética tentando agredir o árbitro transformando o gramado num picadeiro. A torcida grita:

- Juiz, ladrão! Porrada é a solução!

E assim, em 40 segundos, a culpa pelo mau resultado é transferida do time para o juiz. Produto da visão limitada e estúpida de parte da torcida, demonstrando que, por vezes, ela merece o time medíocre que tem. O pior cego é o que não quer enxergar.

19 de out. de 2003

Mais um dia

Grêmio 2 x 2 Atlético

E então o Cicinho foi derrubado na área aos 43 minutos do segundo tempo: pênalti!! Festa no quarto, jogo duro, 2 x 2 na casa do adversário. Meu primo dá pulos pela sala, vai para janela e aos gritos anuncia as boas novas para a vizinhança, se dedicando com tanto afinco à tarefa que algumas faces surgem nas janelas. Com algum custo, acabo convencendo-o a ocupar novamente seu lugar na poltrona:

- Primo, pára com isso. É o Atlético que vai bater o pênalti! Seja mais um pouco pragmático!
- Que isso, cara!!! É a chance da vitória!!
- A-lá, o cantor pegou a bola, só acredito vendo.

Ao mesmo tempo o pai do Flávio, dono da casa, está de joelhos improvisando umas rezas, fazendo o nome-do-pai.

- Ô pai, pára com isso, porra! Essa reza sua não funciona!!
- Me deixa, menino!

Tensão no aposento, Fábio Júnior corre para a bola e.... recua para o goleiro.

Meu primo se ajoelha no chão e, aos berros, dirige uma série de impropérios ao centroavante alvinegro. O Flávio sai para pegar mate-couro e o resto da audiência permanece calada, incrédula.

Ainda sobra tempo para o André exercitar um pouco do seu masoquismo:

- Agora tem que perder! Espero que perca!! Time FDP!!!

Apito final e foi isso aí. 2 x 2. Poderia ser pior, poderia estar 2 x 1 e a gente ter perdido esse pênalti.. Argh. A história não muda.

18 de out. de 2003

Complicações

Não acredito que o compromisso desse final de tarde será fácil. O time do Grêmio, apesar das suas limitações, deve entrar com muita determinação e a tradicional "garra" (ou seja, vão baixar o sarrafo). Espero que a derrota do último domingo e as trapalhadas ao longo da semana não sejam fatores que desmotivem a equipe. Veremos.

12 de out. de 2003

Atlético 0 x 1 Cruzeiro

Fui testemunha ocular da derrota de hoje... e no final do jogo, apesar da desolação trazida pelos planos frustrados de derrotar nosso maior rival, não havia alguém exatamente a quem culpar pela derrota.

Houve alguns destaques negativos, como o Tucho, que hj., me convenceu de que não é jogador para o Galo, mas foi um jogo igual onde qquer um poderia ter vencido. Mas como nesses casos o "um" nunca é o Galo...

Velloso manteve a segurança de sempre, Cicinho me parece proibido de apoiar, a zaga esteve bem, exceto no lance do gol em que o atacante adversário subiu absolutamente sozinho, e Marquinhos é limitado. Márcio Araújo sentiu o clássico, Marcelo Silva se limitou a marcar (bem) o Alex, Hélcio foi razoável, assim como Lúcio Flávio, que perdeu um gol incrível. Fábio Júnior buscou jogo e Paulinho (que substitui Alex Alves aos 20 do primeiro tempo) não parece querer jogar bola.

Mas é como eu tava dizendo pro LF: no fundo sou de certa forma grato ao Brasiliense. Depois que ele cruzou o caminho do Galo, nunca mais voltei a ser o mesmo atleticano de outrora. Hoje em dia assimilo melhor esses baques...

Dia das crianças

Confesso que ainda nutria uma certa esperança de que o time alvinegro pudesse temperar um pouco esse campeonato, mas não deu. A esperança não foi grande o suficiente para que eu pudesse gastar 10 dinheiros e me deslocar para a Pampulha e nem para procurar uma televisão com pay-per-view. O negócio foi radinho de pilha no ouvido mesmo... No fim fica o consolo de ter vendido caro a derrota (a maioria dos adversários do cruzeiro parece que entra em campo já contabilizando os três pontos a menos), mas é chato anyway.

Que fim de domingo... Humpf.

Introdução


E tudo começou numa tarde de domingo qualquer em 1982. Papai me levou ao Mineirão pela primeira vez e vimos um empate melancólico em 0 x 0 entre Atlético e São José. Há relatos escritos de que cheguei em casa chorando. "Poxa, não tem um verso lá no hino dizendo vencer, vencer, vencer??", devo ter pensado. O curioso é que se olharmos os 21 anos passados em retrospectiva, perceberemos que a minha relação com o galo não passa, na maior parte das vezes, de variações daquela tarde estúpida.

Os simplórios apresentarão a solução do problema: "Ora, é só trocar de time!". Acontece que depois de ter pisado no Mineirão pela primeira vez, não teve mais volta. Esse não é o tipo de coisa que se escolhe (apesar de eu conhecer vários exemplos que demonstram o contrário. No meu tempo de grupo escolar praticamente não havia cruzeirenses), você simplesmente experimenta e, de repente, passa a fazer parte daquilo. Passa a ter orgulho de vestir a camisa alvinegra e de conhecer de cor a escalação da equipe e o hino. Fica com formigamento nos braços por passar duas horas tentando sintonizar o rádio do walkman na estrada só para conferir o placar do jogo. E ainda acredita na equipe! É claro que depois de perder tantas noites de sono tenho tentado ter uma visão mais fria e racional de tudo isso. Nem sempre funciona, mas minha qualidade de vida melhorou.

A idéia do blog, aliás, vem um pouco disso. É apenas um espaço para comentarmos sobre o Atlético, os sentimentos e sobre todas aquelas idéias mirabolantes que salvarão o time e que povoam a nossa mente mas que quase ninguém quer ouvir. É isso. Deus nos ajude.