26 de fev. de 2009

Carnaval

Resultados passados, ambos acompanhados pelo radinho:

Itabaiana 0 x 5 Atlético

Resultado, até certo ponto, previsível. Foi bom porque deu mais tranquilidade à equipe para o prosseguimento dos trabalhos. Destaque para Carlos Júnior que entrou e anotou dois tentos (voltaremos a falar sobre o rapaz logo mais).

Atlético 2 x 0 Rio Branco

Partida complicada, mas vencida com autoridade pelo Galo. O referido Carlos Júnior entrou como titular e conseguiu a façanha de ser expulso com dois cartões amarelos, jogando fora a primeira oportunidade no time principal. Preocupação: o cara fez uma boa estréia contra o Itabaiana. Considerando-se que a partida já estava ganha e a qualidade do adversário, ele não fez mais nada do que a sua obrigação. Nada que justificasse o entusiasmo do dia seguinte do tipo "candidato a ídolo" que a imprensa andou propagando. A pisada na bola na partida contra o esquadrão de Andradas tampouco pode ser considerada grave. Coisas do futebol. Espero que sirva para dar um senso de realidade a todos. Se temos um candidato a ídolo no momento, é o Tardelli, e ele já é experiente o suficiente para suportar a carga.

Novidades da semana (para quem só pôde ler o jornal na noite de quinta-feira): o zagueiro Samuel rompeu os ligamentos do joelho esquerdo. Terceiro jogador oriundo da base a sofrer com o mesmo problema. Fica uma sensação que há algo de errado no CT. Essa não é uma contusão tão trivial a ponto de ocorrer com três jovens da mesma equipe. O que será que está havendo? Seriam as chuteiras? Preparação física equivocada? Buracos no campo? O que não dá é pra lançar um jogador e algumas rodadas depois o sujeito ter uma contusão e ficar 8 meses sem jogar.

Contratação do Alessandro: se estiver em forma e fechar, acho uma aposta interessante para compor o elenco.


----------

17 de fev. de 2009

Copa do Brasil 2009

Nesta quarta estaremos estreando na Copa do Brasil contra o Itabaiana de Sergipe, que promete transformar a vida atleticana num inferno em seu alçapão. Se for para fazer uma análise fria da partida, diria que a fala do presidente sergipano não passava de um delírio. Mas, dado o nosso histórico na competição, fico com uma pulga atrás da orelha.

A Copa do Brasil começou em 1989 e a campanha do Atlético aparece em destaque abaixo:

1989

América(RN) 0-3 0-7 Atlético(MG)
Náutico(PE) 1-1 0-3 Atlético(MG)
Goiás (GO) 3-0 0-2 Atlético(MG)

Desta campanha me lembro com mais detalhes apenas da partida contra o Náutico, realizada no Independência. Não pelo placar de 3 x 0, mas sim por uma anedota. Fomos ao estádio eu, meu falecido padrinho, meu irmão e meu primo e ficamos ali na curva, do lado da rua Ismênia Tunis. Em determinado momento houve um escanteio para o Atlético e o Éder Aleixo pegou a bola e colocou na marca. Neste exato momento um torcedor, de pé ali perto da gente e aproveitando-se da pequena distância que separava a torcida do gramado, jogou alguns milhos de pipoca nas costas do jogador que acabou olhando para trás. O gaiato gritou:

- Faz um gol olímpico, Éder!, e foi prontamente respondido pelo Bomba de Vespasiano, que fazia o famoso gesto unindo os dedos polegar e indicador:

- Ah, vai tomar no seu cu!

Se o início foi promissor, a partida seguinte contra o Goiás foi um desastre e acabamos sendo derrotados por 3 x 0 no Serra Dourada. Na partida de volta, um 2 x 0 desesperador, que não foi suficiente para assegurar nossa classificação.

Na verdade, a campanha de 1989 seria a síntese das nossas participações nos próximos 19 anos. Apenas a título de curiosidade, destaco as campanhas alvinegras nos torneios seguintes:

1990
Vila Nova (GO) 0-0 0-5 Atlético(MG)
Rio Negro(AM) 0-1 0-2 Atlético(MG)
Atlético(MG) 0-0 3-4 Goiás (GO)

1991
Caiçara (PI) 0-1 0-11 Atlético(MG)
Criciúma (SC) 1-0 1-0 Atlético(MG)

1992
Atlético(AC) 0-1 0-2 Atlético(MG)
Atlético(MG) 3-2 0-1 Criciúma(SC)

1993
Não disputou

1994
Atlético(MG) 4-3 2-0 Vila Nova(GO)
Remo(PA) 2-1 0-2 Atlético(MG)
Vasco (RJ) 3-1 4-3 Atlético(MG)

1995
Atlético(MG) 1-0 2-2 Sport(PE)
Vitória(BA) 2-3 1-1 Atlético(MG)
Vasco(RJ) 0-1 1-0 Atlético(MG) [ Vasco 4-1 on pen ]

1996
Vila Nova 0-1 1-4 Atletico-MG
Atletico-MG 1-2 0-5 Palmeiras

1997
Remo 3-3 2-3 Atletico-MG
Corinthians 1-0 1-1 Atletico-MG

1998
Avai(SC) 1-1 1-5 Atletico(MG)
Alvorada(TO) 1-2 0-7 Atletico(MG)
Parana(PR) 1-0 1-1 Atletico(MG)

1999
Linhares(ES) 0-3 Atlético(MG)
Bahia(BA) 1-1 1-0 Atlético(MG)

2000
Portuguesa (SP) 0-0 0-0 Atlético (MG) 1-4 pen
Fluminense (RJ) 3-3 2-2 Atlético (MG)
São Paulo (SP) 3-0 3-3 Atlético (MG)

2001
Operário (MS) 0-6 Atlético (MG)
Goiás 3-1 2-2 Atlético (MG)

2002
Juventude-MT 2-1 0-2 Atlético-MG
Sport 2-1 0-3 Atlético-MG
Atlético-MG 2-0 2-3 Internacional
Atlético MG 2-1 3-4 Bahia
Atlético MG 0-3 1-2 Brasiliense

2003
CRB (AL) 0-1 0-4 Atlético (MG)
Caldense 0-1 0-4 Atlético (MG)
Náutico 1-2 1-3 Atlético (MG)
Sport 4-0 1-3 Atlético (MG)

2004
Catuense (BA) 4-2 1-5 Atlético (MG)
Santo André 3-0 0-2 Atlético (MG)

2005
Estrela do Norte (ES) 3-4 0-6 Atlético (MG)
Brasiliense 1-3 Atlético (MG)
Ituano 0-0 1-3 Atlético (MG)
Atlético (MG) 1-1 0-2 Ceará

2006
Atl. Hermann Aichinger (SC) 0-3 Atlético (MG)
Mineiros 3-2 1-4 Atlético (MG)
Atlético (MG) 0-2 3-1 Fortaleza
Flamengo 4-1 0-0 Atlético (MG)

2007
Colo-Colo (BA) 1-3 Atlético (MG)
América (RJ) 1-1 1-2 Atlético (MG)
Avaí 0-2 0-1 Atlético (MG)
Atlético (MG) 0-0 1-2 Botafogo

2008
Palmas (TO) 0-7 Atlético (MG)
Nacional (AM) 2-2 1-4 Atlético (MG)
Náutico 3-2 0-1 Atlético (MG)
Atlético (MG) 0-0 0-2 Botafogo

Nossos algozes:

3 vezes: Goiás
2 vezes: Criciúma, Vasco, Botafogo
1 vez: Corínthians, Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Santo André, Ceará, Paraná, Brasiliense, Sport e Bahia

Apresento este levantamento apenas para demonstrar que não importa a fama ou a qualidade do time pois os nossos resultados sempre foram decepcionantes nesta competição. Dessa maneira, não adianta analisar a tabela em termos de caminho mais fácil ou mais difícil, existe um caminho e vamos ter que seguí-lo. Se a história será diferente, dependerá da capacidade da equipe de render o melhor possível, jogando com tranquilidade principalmente quando estiver atuando nos domínios adversários onde, em geral, o caldo desanda. Se conseguirmos obter o melhor da nossa capacidade nas partidas que disputarmos, creio que temos grandes chances de ter uma campanha no mínimo decente. Temos um bom treinador e, aparentemente, um elenco unido. Tomara que também tenhamos um pouco de sorte!


-----------

15 de fev. de 2009

Equilíbrio comprometido

Cruzeiro 2 x 1 Atlético

Muitos culparão a arbitragem pela derrota desta tarde, mas acho que assumir que a má atuação do juiz foi a única responsável pelo mau resultado é contribuir negativamente para o trabalho que vem sendo desenvolvido. Não quero aqui menosprezar o resultado desastroso que teve para a equipe a falta não marcada no Carlos Alberto e a consequente não exclusão do zagueiro cruzeirense: em um confronto em que o adversário tem, reconhecidamente, um elenco e entrosamento superiores, detalhes como esse tornam o embate ainda mais desigual. Não determinam porém, a derrota. Nem mesmo a expulsão do Welton Felipe com menos de 20 minutos de jogo numa falta merecedora do cartão amarelo (ao contrário da anterior onde levou o primeiro amarelo e que, posteriormente, determinou a sua exclusão).

Os adversários dirão que o pênalti apontado pelo senhor Pena Júnior não existiu e estarão com a razão. No entanto, naquele momento, a peleja já havia saído do seu ápice e Pena Júnior pôde, confortavelmente, dar a compensação apontando para a marca da cal. O escrete alvinegro havia corrido a maior parte do tempo com um jogador a menos contra um oponente mais qualificado e que passou a atuar displicentemente após a segunda metade da etapa final. É certo que o gol do Tardelli colocou um certo fogo no final da partida e estivemos perto do empate, mas a produtividade da equipe já estava comprometida. Faltou perna e, obviamente, qualidade.

O que vimos nesta tarde foi que, mesmo desfalcado dos seus poucos titulares nos setores de criação, o Atlético conseguiu criar oportunidades claras de gol contra um adversário tido como favorito à conquista do Mineiro e, até mesmo, de uma certa competição continental. Poderíamos ter saído com um placar melhor se o aproveitamento das nossas finalizações fosse equivalente ao dos adversários de azul.

Destaque negativo: a ineficiência da nossa defesa - uma avenida pelas laterais junto com mais um desempenho ruim do goleiro Juninho, especialmente no primeiro tempo. Se ainda houver dinheiro para contratação, apostaria em um goleiro. Um homem competente embaixo dos postes transmite segurança à defesa e estabiliza o time. Se não conseguirmos contratar, é melhor subir alguém da base. O que não dá mais para aguentar é o "Deus nos acuda" que vira a defesa alvinegra quando a bola é cruzada na área. Não é possível que um goleiro profissional saia "catando borboletas" em 2 lances em cada 5. Falhas acontecem, mas a regularidade nas mesmas deve ser punida com a perda da condição de titular. Como o Édson já mostrou a que veio, testemos um novo nome!

Dois clássicos, duas derrotas e digo que ainda não precisamos nos preocupar. Tenho a crença de que as vitórias virão na hora certa. Tabus existem para serem quebrados, e em breve a maré vai virar.

-----------------

13 de fev. de 2009

Estamos crescendo - Atlético 4 x 1 Uberaba

Depois de um começo avassalador a equipe tirou o pé do acelerador e quase complica um jogo que já estava ganho com menos de 20 minutos do primeiro tempo. De qualquer maneira, a pressão do Zebu serviu para mostrar que ainda é preciso um trabalho de melhoria da defesa, assim como a contratação de um goleiro (ou mesmo a efetivação do promissor Renan, das categorias de base).

Com relação aos desempenhos individuais, destaque para Diego Tardelli, com mais dois tentos anotados e uma assistência (vamos torcer que ele tenha guardado um pouco da boa fase para domingo). Boa partida do garoto Yuri: rápido e objetivo. Com as contusões de Lopes, Renan Oliveira e do famigerado Tchô, vai ter que suportar a responsabilidade de comandar o meio campo alvinegro no clássico. Destaque negativo para a má fase do Éder Luis, aparentemente ainda fora de forma. O Tchô não é preciso citar, mesmo com o golzinho no segundo tempo está cada vez mais evidente que será destaque do interior de Minas daqui há uns dois anos.

Aos poucos vamos apresentando um futebol mais consistente com uma mescla interessante de experiência e juventude, jogadas ensaiadas, volume de jogo e aplicação tática. Os erros estão servindo para evidenciar as posições carentes de modo que, se a diretoria agir com inteligência, poderemos voltar a agir como qualquer time normal desse país e contratar uns poucos reforços para suprir essas carências, ao invés de pulverizar os recursos em 60 jogadores da segunda e terceira divisões.

Quanto ao clássico, uma incógnita. Com as contusões de três meias, a responsabilidade da criação se recai sobre o garoto Yuri (a não ser que o felino opte por uma formação com quatro volantes). Naturalmente, o coração deseja uma boa vitória sobre o nosso maior rival e a quebra deste hediondo e anômalo tabu. Entretanto, dada a atual circunstância, uma parte da satisfação já virá de ver um time guerreiro e consciente no gramado que, eventualmente, poderá ser superado por um adversário superior mas não sem lutar, sem jogar com coragem. A esperança é grande porque temos um comandante do lado de fora do gramado e não um covarde saco de banhas. Se não vier dessa vez, virá no momento oportuno. Algo me diz que esse tabu não dura muito.

Em tempo: o gol do Tardelli me lembrou muito um certo tento de empate do Guilherme contra o nosso maior rival, naquele mesmo gol, pelas quartas-de-final do Brasileiro de 99. Será um bom sinal?

------------

11 de fev. de 2009

Primeira vitória e expectativas

Os 3 x 0 sobre o Social no último sábado devem ser celebrados pela conquista de três pontos os quais já passavam da hora de serem computados pelo Galo. Não podemos, no entanto, dizer que a equipe exibiu um grande futebol, especialmente se considerarmos a fragilidade do adversário. Depois de um primeiro tempo sonolento o time, que deve ter levado uma sova nos vestiários, desencantou e marcou 3 vezes (duas com o Diego Tardelli, em cobranças de falta) liquidando a fatura.

Esta noite, contra o Uberaba, estaremos desfalcados do Carlos Alberto, suspenso devido ao terceiro cartão amarelo (em três partidas!). Se a opção direta era a escolha do Júnior Carioca, Leão optou pelo Yuri, prata da casa, apostando numa formação mais ofensiva. A expectativa é de uma boa vitória e de uma exibição melhor que a do final de semana passado, motivando time e torcida para o clássico do próximo domingo.

-------------

Arquivo do blog