23 de jul. de 2009

Apoio incondicional

"Parece que ele tá falando do Real Madrid"
William Waack

Muitos torcedores têm reclamado do tratamento dispensado pela imprensa nacional acerca da campanha do Atlético: incredulidade, desconfiança, ironia e até um certo desprezo, devo reconhecer (vide o senhor William Waack, por exemplo). No entanto, qualquer torcedor que acompanhe o glorioso há mais de 25 anos sabe que, mesmo nos áureos tempos de Reinaldo, Luisinho e companhia, o time nunca teve muita simpatia da imprensa (isso porque, talvez, seus rivais à época gozassem de mais prestígio). Ou seja, nada que já não conheçamos de longa data e, com relação a isso, acredito que a direção não pode deixar se abater pela falta de respeito. Pelo contrário, deve utilizar o menosprezo como fator de motivação para que a resposta seja dada dentro do campo.

Um outro aspecto interessante a ser destacado é que nos últimos seis anos o Atlético veio de uma sequência incrível da más gestões, sofrendo uma série de humilhações (em campo e fora dele) que acabaram por comprometer a tradição e o prestígio do clube mais tradicional de Minas Gerais. E, amigos, reconstruir uma reputação é uma tarefa árdua, demanda muito trabalho e os resultados não são imediatos. Me parece que neste ano o Atlético tem dado os primeiros passos neste sentido tanto futebolistica (tendo montado um time de futebol) quanto politicamente (contratações importantes, trabalhos nos bastidores, marketing, etc). Fica cada vez mais evidente que estamos, sim, correndo atrás.

A minha única preocupação, conforme já explicitado em posts anteriores, é a relação da torcida com o time. Está claro que pela primeira vez, depois de 8 anos (tirando pequenos intervalos sob o comando do Levir e do Leão) temos um time, e não um amontoado de jogadores, disputando o campeonato. O elenco tem suas limitações, mas também tem os seus destaques, mesclando experiência e juventude. É um time que corre e luta e tem ido mais longe do que imaginávamos que poderia ir. Dito isso, confesso que não consigo entender os protestos de certos segmentos da torcida em relação a determinados jogadores. Há sim carências e há atletas que estão rendendo abaixo do esperado, mas o time tá indo e se a torcida for junto, é muito melhor. Resumindo: é papel da torcida cobrar e protestar, mas se for para o estádio, é obrigação apoiar. Ponto final.

Sobre o Brasileirão: por incrível que pareça, a rodada começou de maneira extremamente favorável ao Atlético, que manterá a liderança mesmo diante de uma derrota frente ao Fluminense. É, certamente, uma ótima notícia, mas que deverá ser tratada com o devido cuidado para que a equipe não se acomode e mantenha a concentração necessária a fim de conseguir os importantes pontos desta noite, pois este é um longo campeonato.

Acima de tudo, não podemos nos enganar: apesar da má fase do tricolor carioca, não será um jogo fácil. Com novo ânimo após a troca do treinador o Fluminense deve vir com um esquema bem fechado, apostando nos contra-ataques e no poder de decisão do goleador Fred. É preciso ainda lembrar a desastrosa apresentação alvinegra diante do Botafogo, que atuou no Mineirão com a mesma proposta do seu conterrâneo. Caberá à torcida ter paciência e apoiar o time, independente da qualidade do futebol apresentado. Uma vitória pelo placar mínimo terá o valor de uma goleada.


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2 comentários:

Unknown disse...

deixa eles falando lá. a gente nao precisa de puxa saco. vamos trabalhando rodada por rodada. :)

LF disse...

sem dúvida. quanto menos falam, menos pressão. ademais, ter consciência das suas limitações já é vantagem. :)

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