8 de set. de 2013

Uma nova história

Vitória 1 x 1 Atlético

Chegamos a última rodada do primeiro turno do Brasileirão 2013 e o Atlético, para minha frustração, ainda não entrou para valer no campeonato. É lógico que o tempo e o gramado não ajudaram (o dilúvio que caiu em Salvador me lembrou aquele que determinou a nossa desclassificação em São Caetano em 2001), mas o futebol apresentado pelo escrete alvinegro ainda está muito aquém do potencial do time. Não acho que tem faltado raça, determinação e preparo físico, o problema é que a combinação destes com a falta de foco e objetividade tem levado a equipe a queimar uma energia desgraçada para obter resultados pífios.

Como disse no post anterior, enquanto Cuca não arranjar a defesa, vai ficar difícil satisfazer a torcida. Além disso, as sucessivas mexidas e a mania de improvisar jogadores tem minado uma das nossas principais vantagens em relação aos demais adversários: o entrosamento de um elenco que vinha trabalhando sob a mesma filosofia há cerca de dois anos. Vejamos se a mentalidade muda neste segundo turno e se conseguimos nos manter em uma posição mais digna na tabela.

Me incomoda um pouco o fato de a imprensa esportiva, de uma maneira geral, ter aceitado bem esta queda de produtividade do time justificando-a como "ressaca pela conquista da Libertadores". Como eu dizia para alguns amigos em um boteco em BH na noite de ontem, não precisamos gastar muito tempo analisando o nosso histórico para entendermos que esta ressaca é mais do que compreensível e que qualquer torcedor normal do Atlético ainda se pega devaneando ao longo do dia com as cenas inesquecíveis da Libertadores 2013. Mas, acho que é chegado o momento de o time voltar para a Terra, deixar o troféu na galeria e passar a correr atrás de outros objetivos.

Acho até que a eliminação para o Botafogo na Copa do Brasil após a torcida tentar ressuscitar o mote "Eu acredito" no Independência serviu para botar um ponto final nessa história, nos liberando para novos desafios. O que aconteceu na Libertadores foi uma conjunção mágica de fatores que uniu torcida, direção, elenco e deuses do futebol e que culminou com o Réver erguendo a Copa na madrugada do dia 25 de julho. Um final feliz para um épico. Desta maneira, nada de vulgarizar o mote milagroso numa partida de quartas-de-final de Copa do Brasil! O resto do Brasil que nos copie, como os próprios botafoguenses fizeram na partida de ida.

É preciso acordar do sonho e correr atrás da bola no mundo real. Marrocos nos espera em dezembro e chegar à África com a segurança de termos recuperado o nosso melhor futebol seria uma ótima injeção de ânimo, aumentando as nossas possibilidades de sucesso.

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