28 de ago. de 2012

Contra todos!

Cruzeiro 2 x 2 Atlético

Passadas 48 horas do término do clássico, finalmente consegui digerir o último lance e escrever alguma coisa para o blog. Muito se falou e se debateu a respeito da partida e dos acontecimentos envolvendo a torcida e a diretoria adversária e o árbitro da partida. Especificamente com relação ao Atlético, que é o que nos interessa, parte dos companheiros ficou com o sentimento de que a vitória não veio porque faltou equilíbrio emocional ao Galo. A minha percepção, entretanto, foi diferente: se havia um time descontrolado em campo, este time era o do nosso maior rival. Inferiores tecnicamente, tentaram o tempo todo fazer o resultado na marra (e quando digo "na marra" não é só batendo ou cometendo faltas. É tentando apitar o jogo, trazendo uma animosidade desproporcional para a torcida, intimidando o péssimo árbitro no campo e nos vestiários, este tipo de coisa). Acho que, de certa maneira, o Atlético foi heroico e merecidamente - é preciso ressaltar isso - venceu o jogo na bola com um a menos em campo.

Com a falta da transmissão HD, acabei optando em assistir pela primeira vez a uma partida do Galo em um bar aqui no Rio. Éramos cerca de cinquenta ou sessenta pessoas em uma esquina de Botafogo acompanhando o jogo. Passado o nervosismo inicial e a adrenalina dos dois gols alvinegros, atravessei a rua e fiquei ali, meio de longe, esperando o apito final. O interessante era que, de alguma maneira, eu tinha a absoluta certeza de que a bola não entraria na meta de Victor - como não entrou na falta de Montillo e na sucessão de escanteios que o nosso rival teve a seu favor. No último lance, quando vi o cara derrubar o Guilherme, me dirigi ao centro do bar porque, ingenuamente, acreditei que o árbitro havia apitado o fim do jogo. Para meu espanto, o próprio algoz do nosso camisa 10 adentrou a área e deu uma assistência para o gol de empate. Foi um daqueles momentos em que me peguei pensando em como a vida seria melhor se eu deixasse o futebol para lá. Erros fazem parte do esporte, mas a falta cometida havia sido tão grotesca que consegui percebê-la a quinze metros de um televisor de 40 polegadas!

De qualquer maneira, precisamos destacar e louvar a presença do Ronaldo Gaúcho em campo. Tenho dito que é incrível perceber a diferença que este sujeito faz ao time. A camisa do Atlético, com todas as maldições e mazelas dos últimos 40 anos não trouxe nenhum peso para ele. O seu santo é, realmente, muito forte. E o que foi o tento anotado no Independência? A equipe com um jogador a menos, um homem aberto, buscando o jogo na ponta e Ronaldo decide resolver a parada sozinho - e resolve! Que festa impressionante em Botafogo! Poucas vezes vi tanta cerveja sendo jogada para o alto! O meu espanto ainda aumentou ao ver o repeteco e perceber que o defensor adversário acerta a pelota que, teimosa, volta a parar no pé do R49. É um monstro, devo admitir. Alguém se lembrou de Magno Alves no comando do nosso ataque?

Amanhã enfrentaremos a Ponte Preta e temos a obrigação de conquistarmos os três pontos e mantermos o moral elevado. Espero, sinceramente, que os acontecimentos do domingo não tenham diminuído o ânimo do elenco e que entremos em campo com o mesmo espírito que nos acompanhou ao longo de todo o primeiro turno. Cada jogo é uma batalha!

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