15 de nov. de 2009

É, não deu

Coritiba 2 x 1 Atlético

Após a derrota do domingo passado, concluí que a melhor coisa que eu poderia fazer na noite do sábado era postergar a saída do trabalho e emendar com a janta no refeitório, onde as pessoas preferem ver uma novela do que acompanhar o Brasileirão. E isso nem tanto pela derrota em si, mas pelas circunstâncias que a envolveram e que já foram discutidas há dois posts. Depois de jantar, voltei para o quarto a tempo de saber o placar do jogo e ver um gol do Herrera amenizar a depressão futebolística.

O que desanima nesta reta final é a falta de alma do time atleticano justamente quando o torneio esquentou e que nossas possibilidades ficaram claras. A falta de vibração do time repercute nas arquibancadas e aquela sintonia com a torcida não tem existido. A ironia desta situação é que passamos as duas últimas temporadas lotando as arquibancadas nas rodadas finais apoiando um time que lutava desesperadamente para não voltar para a segundona, por isso acho meio inexplicável este nervosismo tanto da equipe quanto da torcida. O Atlético, a rigor, não tinha nada a perder, tudo o que viesse seria lucro!

No mais, sou daqueles que acredita que a maior parte da culpa deste desequilíbrio deve ser creditada ao Roth, afinal é papel do técnico motivar e tranquilizar o time, distribuir responsabilidades e apagar incêncios. Mas ao ler a entrevista do Alexandre Kalil após a derrota do sábado, afirmando que no domingo que vem "lotaremos o Mineirão e atropelaremos o Inter", concluí que o desequilíbrio começa no comando. Admiro o trabalho dele, acho que chegamos onde ninguém imaginava que seria possível chegar há 10 meses atrás, mas esse lado fanfarrão só atrapalha. Já está mais do que claro que o time, nas atuais circunstâncias, terá dificuldades até para uma vitória magra sobre o colorado. Sendo assim, para que botar mais uma pressão pra cima de quem não aguenta?

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