Um mês
Internacional 3 x 0 Atlético
Ciente das dificuldades que seriam enfrentadas em Porto Alegre, decidi não abrir mão da pelada semanal sacrificando, assim, os 30 minutos iniciais da partida. Cheguei em casa a tempo de ver o final do primeiro tempo e os melhores momentos. Os comentaristas foram unânimes ao dizer que o Atlético havia tido as melhores chances e que as oportunidades desperdiçadas poderiam custar caro ao alvinegro.
O Inter voltou para o segundo tempo com D'Alessandro no lugar de Danilo Silva e o carequinha argentino, junto com o Kléber e o Edu, acabou com o jogo em 15 minutos. Foi tão rápido que, quando eu voltei para a sala, já estava 2 x 0 para o colorado. Roth ainda tentou algumas alterações (saíram Felipe, Renan Oliveira e Rentería e entraram, respectivamente, Paulinho, Pedro Oldoni e Thiago Cardoso), embora eu não tenha conseguido entendê-las.
A verdade é que fomos superados por um time melhor, com mais opções e que, acima de tudo, mostra muito mais vontade de disputar seriamente o título do que o Atlético. O custo das lesões foi, sem dúvida, muito alto para o galo, mas tá faltando pegada e isso, cá entre nós, não tem a ver com técnica. Perder os dois gols que perdeu, por pura displicência, é dureza. O time do galo, como já disse outras vezes, só consegue se impor se for um time solidário, brigador, porque falta qualidade. Começou assim o campeonato, mas após a partida contra o Goiás a situação mudou. Agora, além de não conseguir criar, o time inteiro entra em pânico quando leva um gol e, quando se recupera, já está 2 ou 3 gols atrás no placar.
E pra ser sincero, houvesse anotado os dois tentos no primeiro tempo, tenho minhas dúvidas de que suportaria a pressão na segunda etapa. Não suportou contra o Avaí, em casa. Aliás, me lembro de dois empates nessas circunstâncias entre Atlético e Inter:
- 1988, Beira-Rio, estreia do Gérson pelo Atlético, se não me engano e que, por algum milagre, passou na tv. Abrimos 2 x 0, jogávamos melhor, mas eis que o colorado consegue chegar ao empate no fim do segundo tempo. Naquela temporada, se a partida terminasse empatada, havia uma disputa de pênaltis cujo vencedor ganhava um ponto extra. O pontinho extra ficou com eles.
- 2007, Mineirão, em sua luta desesperada para não entrar no G-4 do mal, o Atlético sofreu 2 gols no início do segundo tempo e a tragédia estava anunciada. Felizmente, Abel, treinador colorado, resolveu mexer no time, sacando atacantes e colocando defensores em campo. Pressão incrível do Galo que conseguiu meter dois gols após os 40 minutos do segundo tempo e empatar a peleja.
Enfim, com a derrota de ontem o Atlético completou um mês sem vitórias no campeonato brasileiro. A verdade, porém, é que pior do que a derrota da noite passada foram os empates em casa contra Palmeiras, Avaí e Sport, que nos custaram 6 pontos e a briga pelo caneco.
3 de set. de 2009
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2 comentários:
Pra mim um dos problemas do Galo nessa partida foi o Rentería começar jogando, ele erra muito gol. O colombiano tem que ser opção no banco, pra entrar no meio do segundo tempo e eventualmente fazer um golaço. Lá no Copinha ouvi umas três ou quatro vezes afirmações do tipo "putz, ainda bem que é o Rentería!".
Isso no primeiro tempo, claro. No primeiro tempo o Galo dominou completamente o jogo... O Inter não acertava um passe, não ganhava uma divida, não teve um chute a gol. Só que o Rentería não acertou nenhuma. Daí no segundo tempo, eram dois outros times jogando. O Inter mais bem montado, com o D'Alessandro em dia inspirado. E o Galo cansado por correr demais no primeiro tempo.
A torcida pega demais no pé do Éder Luís. Eu o acho um bom jogador, falta um pouco de inteligência e um pouco de personalidade. Esse lance com a torcida faz o futebol dele desaparecer, assim como o Renan Oliveira. Aí fica difícil.
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