26 de set. de 2009

Peixe

Minha primeira lembrança com relação ao Santos é de uma semifinal de brasileiro em 1983. Havíamos perdido o jogo em São Paulo por 2 x 1 e precisávamos vencer em Belo Horizonte para chegarmos à final contra o Flamengo. Meu pai foi ao jogo com outros parentes e eu fiquei na casa da minha avó. O placar não saiu do 0 x 0 e a frustração foi grande.

Em 1987, o Atlético estreava na Copa União contra o Santos, no Mineirão. Eu e meu irmão pedimos e nosso pai nos levou para testemunharmos uma goleada implacável por 5 x 1 do time do Telê contra um peixe enfraquecido. Estreamos com o pé direito contra o alvinegro praiano. 10 anos depois, estávamos novamente no Gigante da Pampulha, agora sob o comando do Leão, estreando na segunda fase do Brasileiro de 1997 com uma vitória de 2 x 0 sobre os paulistas.

Uma das minhas últimas idas ao Mineirão antes de vir para o Rio foi uma partida contra o Santos em 2004. Naquela temporada os paulistas se sagrariam campeões e a gente, numa prévia do que estava por vir em 2005, lutaria contra o rebaixamento até a última rodada. Naquela tarde, começamos mal a jornada, levando um gol do Diego. Ainda no primeiro tempo, chegamos ao empate e viramos o jogo. Veio a segunda metade e o gol de empate santista. Como estávamos sentados atrás do gol do lado da lagoa e vimos o tento do adversário de camarote, sugeri ao Flávio que déssemos a volta no estádio a fim de acompanharmos os ataques atleticanos atrás da meta apropriada. Quando saímos do túnel, havia um silêncio e o Deivid corria com o indicador na boca em direção à torcida do Galo. Era a virada santista. Nos atiramos nas cadeiras naquela área vazia do estádio já antevendo o nosso triste destino. Cinco minutos depois, porém, o Dejair, "grande" contratação daquela temporada, acertou, talvez, seu único chute do meio da rua em sua passagem pelo Atlético. Um autêntico petardo, rasteiro, que entrou junto ao poste esquerdo do goleiro santista. Lindo gol e muito alívio. No fim, ficou o 3 x 3.

Amanhã, aproveitando a folga no trabalho, estaremos no Mineirão para acompanhar este clássico alvinegro. A obrigação da vitória é atleticana: joga em casa, os desfalques estão diminuindo, o elenco foi reforçado e a direção vem reafirmando a sua disposição de brigar pelos primeiros lugares e, até mesmo, o título. Qualquer tropeço será inaceitável.

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