3 de mai. de 2010

40 vezes

Atlético 2 x 0 Ipatinga

Quando comprei as passagens de volta de Porto Alegre há cerca de um mês atrás, me esqueci completamente das finais do Mineiro. Mais tarde, ao perceber o erro cometido, me apeguei à lembrança de que a última vez em que não havia acompanhado uma partida da final do Campeonato Mineiro, aplicamos um 4 x 0 inesquecível no nosso maior rival, de modo que assumi que as duas horas que passaria angustiado nos céus do Brasil eram um bom presságio. É certo que a vitória em Ipatinga na semana anterior facilitou a jornada, mas foi uma ótima sensação ligar o celular e receber uma série de mensagens descrevendo os gols de Tardelli e Marques e com os gritos de campeão.

Tardelli lustrando a quadragésima taça de campeão mineiro a ir para a nossa galeria.

A conquista do Mineiro foi um passo muito importante para o trabalho que o Atlético diz estar desenvolvendo. Vindo de derrotas nas duas temporadas anteriores e de um fim de Campeonato Brasileiro desalentador em 2009, o clube precisava mais do que nunca deste título para apaziguar a torcida e trazer uma certa serenidade ao ambiente conturbado que vivemos nos últimos anos.

Confesso que, de início, fiquei um pouco chateado por não podermos enfrentar o nosso maior rival na decisão do campeonato mas, no fim, as coisas aconteceram de tal maneira que tudo ficou perfeito: Mineirão lotado para a festa alvinegra, coroada com gols de Tardelli, o atual ídolo, e Marques, o "xodó" da massa. E foi uma festa e tanto, de uma torcida que é movida por uma paixão centenária, franca, honesta, que não é produto de ações de marketing, de campanhas da imprensa, de rankings de institutos estrangeiros ou qualquer coisa que o valha e, que por ser assim, é única e cheia de orgulho. Ser atleticano não é moda.

O professor corre pro abraço: ainda é pouco, mas é o começo.

Por fim, não há como não destacar o papel de Vanderlei Luxemburgo nesta campanha. Quem acompanha o blog sabe como recebi com desconfiança a notícia da sua contratação pelo nosso presidente. É verdade que o trabalho demorou a engrenar: as variações no esquema tático, os testes com os jogadores que fazem parte do elenco, as contusões, tudo isso influenciou na definição daquele que viria a ser o time titular nesta reta final de Campeonato Mineiro e Copa do Brasil. Por um momento, como um bom mineiro e, acima de tudo, como um bom atleticano, desconfiei que a vaca estava indo para o brejo de uma vez por todas. No entanto, as últimas partidas da equipe foram muito boas, especialmente aquelas contra o Sport e o Santos. E, sendo assim, tenho que admitir que o progresso que vimos em campo deve ser creditado ao nosso treinador. O sujeito é mesmo um vencedor, levou o 11º estadual para casa e apaziguou os ânimos alvinegros, mas ainda é pouco. A torcida quer e espera mais.

3 comentários:

Bernardo Esteves disse...

Fala, Luiz!

Sou atleticano radicado no Rio há dez anos. Trabalho com o Thiago Camelo, seu colega de futebol - ele que me indicou seu blog, que acompanho há alguns meses.

Escrevo pra entrar em contato: quem sabe a gente combina de ver a partida de amanhã? (Só não sei se vai ser fácil achar algum bar que não queira passar o jogo do Flamengo...) Falei com o Thiago e ele bem gostou da ideia.

Abraço alvinegro,
Bernardo

LF disse...

Fala, Bernardo!

A gente já deve ter se esbarrado em alguma dessas idas ao Maracanã, Engenhão ou São Januário. Amanhã tem a famigerada pelada até às 21:40h lá no Humaitá, o Thiago deve jogar até. Acho que é difícil a gente conseguir um buteco porque tem os jogos do Flamengo e do Fluminense fora do Rio. Vou falar com o Camelo amanhã e vejo, mas acho que vai ficar para uma próxima. :/

De qualquer maneira, tenho muitas esperanças e um sentimento de que a gente vai se dar bem amanhã. Vamos torcer. :)

Bernardo Esteves disse...

Tinha esquecido que tinha jogo do Flu também. Pelo visto, vamos ter que ficar só na internet mesmo... Combinamos em outro jogo então. Abraço e força pra nós logo mais!

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