30 de abr. de 2009

Fundo do poço?

"Bem aventurados os aflitos,
pois eles serão consolados"


Depois do desempenho frustrante na pelada semanal - um somatório de uma absoluta falta de sorte, de um desempenho impecável do goleiro e da incompetência deste que vos escreve e que resultou em três bolas na trave e nenhum tento anotado -, a pior coisa é chegar em casa esgotado e descobrir pela bolinha da globo que o Galo recém havia levado o segundo gol em Salvador. E o pior: o segundo gol de escanteio.

A parte mais triste é que, no fundo, você já sabia que aquilo aconteceria. Basta pegar o retrospecto do Atlético Mineiro ao longo dos 20 anos da Copa do Brasil e verificar que, por pelo menos 40% das vezes em que disputou o torneio, o time pôs tudo a perder na primeira partida jogada fora de casa. Em geral, por um placar adverso de 3 x 0. Tão comum quanto falhar miseravelmente na casa do adversário, é conseguir ficar a 1 gol do placar almejado na partida da volta. Mas este poderá ser o assunto para um post posterior.

É evidente que o problema Atlético, há muito tampo, transcende os gramados. Acho que a nova gestão procura melhorar as coisas para o clube, mas o presidente é um sujeito muito passional para conseguir ter a serenidade necessária ao cargo nos momentos de pressão. A entrevista dada ao blog do Paulo Vinícius Coelho após o clássico beirou o patético. Desmerecer o Campeonato Mineiro e dizer que o time do Atlético não era o que entrou em campo é considerar que todos os atleticanos são idiotas alienados. Pra fechar com chave de ouro, foi puro amadorismo dizer que "na emergência jogaram os jogadores traumatizados(...)acostumados a perder para o Cruzeiro". É como ir a um restaurante, pedir um bife bem passado e receber a carne sangrando. Então o sujeito xinga o garçom de incompetente, surdo, e o manda passar o bife novamente. O resultado todos conhecemos. Depois de ler a entrevista, o desempenho da equipe contra o Vitória não foi nenhuma surpresa. Este não é o papel de um líder.

Para finalizar, como bem disseram os colegas no futebol ou no trabalho, o Atlético é um clube sui-generis pois, além de conseguir perder duas decisões consecutivas para o seu maior rival por 5 x 0, é o único onde nada acontece após as catástrofes. Amanhã entraremos em campo para enfrentar a equipe mista da raposa. Uma vitória seria importante para começar a superar o trauma, mas o cenário não é favorável.


--------

Nenhum comentário:

Arquivo do blog