26 de abr. de 2009

A verdade

É engraçado, considerando o desempenho do Galo neste início de temporada, achei que esse ano não sofreríamos grandes vexames. Infelizmente, as expectativas foram derrubadas mais cedo do que eu esperava com uma repetição da desastrosa goleada de 2008. Deixando as emoções de lado, vamos a algumas constatações:

- A partida começou equilibrada, o Atlético conseguiu se impor em campo, dividiu as oportunidades e o espaço com o adversário. No entanto, ao final da primeira etapa, após uma "blitz" alvinegra e uma defesa milagrosa do Fabio, um contra-ataque do rival acabou com o Kleber na cara do gol. O atacante errou ao tentar dominar a pelota, mas o erro tirou a bola dos pés do Rafael Miranda, sobrando para o Wagner, que ajeitou para o mesmo Kleber, que finalizou errado mas marcou o gol. Competência deles, mas premiada com um golpe de sorte que já há algum tempo não acontece do lado alvinegro.

- Tomar o gol não seria nenhum problema. Ainda havia a segunda metade e, na pior das hipóteses, uma segunda partida. O que aconteceu, então, foi inacreditável: o Atlético acabou. Jogou a toalha! Com 45 minutos, entregou o caneco para o adversário, que acabou liquidando a fatura com a enorme facilidade que lhe foi oferecida. Eu sei que, ultimamente, as coisas têm conspirado a favor do lado de lá da lagoa. É aquela coisa: a bola bate na trave e sai quando a gente chuta e entra quanto eles chutam. Mas, não existe razão prática para que o clássico tenha se tornado esse monstro que fez com que a rapaziada deixasse a inteligência e a frieza nos vestiários. A derrota é uma das possibilidades do espetáculo e, se ela se configurar, que seja trabalhada de maneira a deixar uma possibilidade de recuperação numa segunda oportunidade. São duas partidas, porra!

- Conforme adiantado nos posts anteriores, nosso maior martírio este ano é a defesa. Os goleiros (AMBOS) falham demais, a lateral direita não existe e a zaga fica completamente desestabilizada. Esta tarde, enfrentamos um bom ataque e deu no que deu. Com a ausência do Éder, ficamos sem poderio ofensivo e sem o Renan "Nossa Esperança" Oliveira, sem criação.

- É certo que uma parte das contratações ainda não está disponível, mas dá pena olhar para o banco. Creio que o Leão se precipitou ao sacar o Márcio Araújo e colocar o Kleber (que não acrescenta nada). O Lopes começou razoavelmente bem no ataque, mas depois voltou ao seu normal - não jogar nada, errando passes e tempo de bola. Então o indivíduo pára e olha para o banco: "Ok, vou sacar o Lopes e colocar.... o Chiquinho". Ou seja, não dá em nada também. Pra finalizar, tirar Werley e colocar Marcos Rocha não acrescentou nada. E, verdade seja dita, o único que teve uma certa lucidez nessa tarde e não adotou uma postura de derrotado diante do cenário sombrio que se delineava foi o Tardelli. O resto do time entregou os pontos (sem contar a expulsão infantil do Renan, o que sepultou de vez qualquer esperança de reação).

Bom, a verdade é que o caneco foi para o outro lado da lagoa novamente. Admito que a equipe deles ainda é melhor do que a nossa, tecnicamente falando. No entanto, não acho que a superioridade seja tão esmagadora a ponto de nos impor o escore desta tarde. É evidente que o time foi esmagado pela pressão psicológica que sofreu e não soube administrar, se abstendo de lutar, principalmente, na segunda etapa. A solução para esse problema? Infelizmente não sei. É coisa pra psicólogo, pai de santo ou um consultor místico qualquer.

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