9 de jul. de 2013

Vibração e bom futebol

Atlético 3 x 2 Criciúma
Newell's Old Boys 2 x 0 Atlético
Santos 1 x 0 Atlético
Atlético 2 x 0 Grêmio
Vasco 2 x 0 Atlético
Atlético 0 x 0 São Paulo

A semifinal da Libertadores não começou muito bem para o Atlético. A derrota por 2 x 0 em Rosário deixou o time com uma missão extremamente complicada para a noite desta quarta-feira em Belo Horizonte. É lógico que torço para que o time consiga o resultado e chegue à grande decisão, mas qualquer pessoa que acompanhe futebol há algum tempo sabe que a probabilidade de que os argentinos, com a vantagem que tem em mãos, permitam que tenhamos um jogo de futebol no Horto é praticamente zero. Neste contexto, a classificação teria que vir à fórceps.

O que me preocupa neste momento não é nem o placar milagroso que precisamos, mas o espírito do grupo e, mais ainda, o futebol apresentado pela equipe. As duas partidas contra o Tijuana e a partida de ida em Rosário nos mostraram que o Atlético não tem um plano "B" caso o seu jogo não encaixe. Diante de uma marcação bem efetuada e da baixa produtividade dos homens de frente, o Galo não consegue ameaçar efetivamente o adversário - e isto tem acontecido com uma frequência maior do que gostaríamos. Em tempos não muito distantes, quando não detínhamos jogadores de alto nível no plantel, as vitórias eram conseguidas na base do suor e da vibração e é precisamente isso que tenho sentido falta nos momentos em que nosso futebol desaparece.

Não acho que a partida na Argentina tenha sido tão ruim. O adversário manteve a posse de bola e rondou incessantemente a grande área mas, para minha surpresa, a defesa comandada por Rafael Marques e Gilberto Silva não comprometeu. O primeiro gol argentino surgiu de um lance confuso, de bate rebate na área, onde Rafael Marques sofreu uma falta não marcada e, na sequência, um cruzamento encontrou Maxi Rodriguez livre para anotar 1 x 0. O segundo gol surgiu em uma cobrança de falta de Ignacio Scocco e contou com a colaboração de Victor, nosso heroi nas quartas-de-final.

Resumindo, o que aconteceu foi que os dois jogadores diferenciados do adversário resolveram o jogo: Scocco e Rodriguez, anotando um tento cada garantindo o placar final da partida. Por outro lado, nossos atletas selecionáveis não corresponderam: Ronaldo esteve mal, assim como Jô, Bernard e Tardelli que também fizeram uma partida ruim. Consequentemente, o ataque não foi capaz de reter a bola na frente e a defesa foi sobrecarregada.

A única chance na quarta-feira é conseguirmos aquela união mística entre torcida e equipe, a soma da vibração com o bom futebol apresentado nas partidas contra o nosso maior rival e o São Paulo nesta temporada. O ponto fraco da equipe de Rosário é, sem dúvida, a defesa e, se conseguirmos impor o volume de jogo que demonstramos nas grandes exibições da equipe no Independência, poderemos conseguir o resultado.

No mais, com relação ao campeonato brasileiro, a vitória do último domingo serviu como estímulo à minha tese de que é melhor jogar com um time reserva do que com um mistão: embora a equipe não tenha "aquele" compromisso, ao menos resta o entrosamento.

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