21 de jul. de 2013

Alea jacta est

Olimpia 2 x 0 Atlético

E a primeira partida da final não terminou como gostaríamos: 2 x 0 para o rival paraguaio com um gol dramático no apagar das luzes. Como não poderia deixar de ser, a noite de quarta-feira foi um tanto amarga, mas as reflexões da madrugada resultaram em uma manhã de quinta-feira mais tranquila. Explico: se olhássemos em retrospecto, ficaria claro como a água que este Atlético do Cuca não nos proporcionaria uma final tranquila na "Arena Mineirão", um bailão ao som de Beth Carvalho para sacramentar a conquista da taça.

O fato é que todos os momentos decisivos deste time tem sido marcados pela superação e pela emoção extremas. Até mesmo a final do Mineiro 2013, que parecia tranquila após os 3 x 0 no Independência, exigiu bastante dos nossos corações. O que me parece é que para superar todos os traumas que esmagam o espírito alvinegro nestas últimas décadas, as coisas não poderiam acontecer de maneira diferente. Não tem meio termo para este Atlético que anda no fio da navalha: será sempre ou tudo ou nada! Se vier, terá vindo na marra mesmo.

Não quero com isso dizer que fiquei satisfeito com o placar. Mas as circunstâncias em que as coisas aconteceram, nos deixaram numa situação onde não temos alternativa a não ser usarmos todas as armas das quais dispomos. E, sinceramente, acho que o Atlético pode tirar uma energia favorável desta circunstância. É inegável que será muito difícil, que o Olímpia irá a Belo Horizonte praticar o "não-futebol" e tentar, de todas as maneiras, não deixar o jogo acontecer. A Libertadores é uma várzea, e é preciso saber jogá-la dentro das suas regras peculiares. Mas, por outro lado, também será muito difícil que o Ronaldo faça uma outra partida tão ruim, ou que o time repita os mesmos erros infantis de Assunção.

Não tenho vocação para adivinho mas, no fundo, tenho a sensação de que dá. Se jogarmos com a coragem e a determinação que o momento exige, daremos o troco e levantaremos a taça. Que os deuses do futebol estejam do nosso lado!

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