6 de abr. de 2010

Comendo mosca

América 3 x 3 Atlético

Mesmo sem ter planejado, acabei voltando para Belo Horizonte a tempo de ver a primeira partida das quartas-de-final do campeonato mineiro. Na verdade, quando chegamos em casa, o América já vencia por 1 x 0 e havia acabado de colocar uma bola na trave de Aranha. Não demorou muito e o coelho chegava ao segundo gol, após uma falha de Júnior numa saída para o ataque. 1 minuto depois, Fabiano diminuiu o prejuízo acertando um pombo sem asas do meio da rua. A partir daí, o Galo cresceu e conseguiu uma virada espetacular ainda no primeiro tempo com mais dois gols de Fabiano, o genro de ouro.

O segundo tempo foi marcado pelo aumento da chuva e pelo equilíbrio da partida. Muriqui acertou a trave americana num belo contra-ataque, mas Ricardinho, ao errar uma saída de bola, permitiu mais um ataque do coelho, o qual acabou sendo parado com uma falta em frente à grande área. "Se passar pela barreira, é gol", pensei. Não deu outra: Rodrigo mandou uma bomba, rasteira, que morreu no canto direito de Aranha. No fim, o placar ficou de bom tamanho para os dois.

Com relação ao desempenho do Atlético, do meio campo pra frente o time esteve bem, Muriqui e Tardelli trabalharam em velocidade e Fabiano, o elemento surpresa, acabou anotando três belos gols em 15 minutos. A zaga teve um desempenho fraco: levar os dois gols que levamos do América e uma bola na trave dá a dimensão do problema que estamos enfrentando no setor.

É certo que Zé Luís e Campos fizeram falta e que o meio de campo armado com Renan, Júnior (Ricardinho), Fabiano e Jonílson, somado à lentidão do Coelho, oferecia pouca proteção à zaga. No entanto, acredito que a maior contribuição à instabilidade da zaga alvinegra seja a falta de um goleiro de qualidade. Aranha, como já venho dizendo há algum tempo, não tem condições de ser o arqueiro titular do Galo. Se debaixo das traves o cara não é nenhum padrão de excelência, é nas saídas do gol que ele exerce com maestria uma das atividades favoritas dos aracnídeos: comer moscas. É mais um maldito seguidor da escola Édson que somos obrigados a aturar ostentando a camisa 1 do Atlético. Dessa maneira, não há zaga que aguente.

Na quarta-feira faremos o jogo de volta em Ipatinga, já que o Mineirão, em mais uma decisão esdrúxula da ADEMG, estará ocupado por um festival de Axé. Não ser o dono da sua própria casa tem dessas. Acho que se tudo correr bem, o Atlético passa com uma relativa tranquilidade. Como não poderei assistir à partida, tentarei escutá-la via Itatiaia na Sky. De repente, dá sorte.

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