9 de out. de 2009

Lugar nenhum

Botafogo 3 x 1 Atlético

Ontem à noite, quando a chuva começou a cair no Rio, cheguei à conclusão de que não era uma boa ir até o Engenhão nesta quinta. Porém, naquela mesma noite tive um sonho que julguei ser premonitório e logo pela manhã me dirigi à sede do Botafogo na General Severiano para adquirir meu ingresso.

Assim, depois de uma longa caminhada até o metrô e de uma baldeação na estação Central (palco de um conflito entre o batalhão de choque da PM e passageiros algumas horas antes) para um trem da Supervia, chegamos ao famigerado Engenhão: um estádio coberto onde todas as cadeiras ficam molhadas de chuva e onde a perspectiva atrás de um gol (a torcida adversária fica posicionada no lado sul) não permite que o indivíduo saiba se a bola está dentro ou fora do campo nas proximidades da trave do lado oposto.

O problema do banco foi resolvido com algumas folhas de papel que, malandramente, havia levado comigo num dos bolsos. Já o da perspectiva, esse não fez grande diferença porque não foram necessários mais do que 12 minutos para que o time da casa liquidasse a partida e jogasse as minhas esperanças no lixo.



Engenhão e parte das suas 6 mil testemunhas


Tudo aquilo o que eu temia aconteceu na noite desta quinta: uma postura apática, um tanto covarde, um tanto displicente de um time que passou a semana pleiteando na imprensa uma vaga entre os "favoritos" ao título e que, no campo, não apresentou, em nenhum momento, evidências de que efetivamente o fosse. O irritante nessa história não é ser derrotado, mas sim entrar em campo sem gana de vencer, de disputar um jogo para ganhar. Houvéssemos perdido por 3 x 1, mas tendo jogado com vontade de ganhar, estaríamos tristes, mas resignados. Depois da exibição desta noite, estou convencido de que o quarto lugar nesta temporada deve ser comemorado como a conquista do troféu, porque com essa postura diante dos adversários que temos pela frente vai ser difícil chegar a algum lugar.



Caminho de casa depois de chacoalhar no trem da Central

No fim das contas, o que mais me chateou foi o futebol do Renan Oliveira. Tudo bem que esteja fora de posição, mas ele deveria mostrar o mínimo de personalidade, de pegada de jogador profissional. Infelizmente, a minha boa vontade acabou, o negócio é emprestá-lo ou vendê-lo. Ali o problema de falta de colhões é crônico... No Atlético ele não vai emplacar.

Pois bem, nas próximas três semanas estarei de férias e, muito provavelmente, afastado das emoções do Brasileirão. Queira deus que quando eu voltar ainda estejamos entre os primeiros.

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com as suas palavras. E acrescento: o Título não vem este ano. Acho que falta pro Atlético um "algo mais" de um time vencedor, de um time campeão. E esta é a verdade que há anos nos atormenta, a sina do "morrer na praia". Repare que quando a rodada nos favorece, quase sempre o time não conquista os três pontos e mostra que o título será, enfim, uma realidade.

Os dois próximos jogos do Galo serão complicados - bibas e bambis. Seis pontos decisivos e derradeiros. É tudo ou nada!

O pior é a ducha de água fria nas expectativas da massa, ou melhor, em nossos sonhos e ansiedades. Gostaria que isso não me afetasse tanto, mas...

André Primo

SérgioR disse...

O título só vem com escorregadas gigantescas do Palmeiras (uma quase aconteceu ontem).

Renan Oliveira e Renteria simplesmente não jogaram.

Coelho não deveria ter entrado em campo. Morto.

A melhor coisa do jogo foi a expulsão do Jorge Luiz.

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