20 de mai. de 2013

Bicampeão

Cruzeiro 2 x 1 Atlético

Diante da impossibilidade de assistir à finalíssima do campeonato mineiro ao vivo na tv, resolver quebrar uma regra e combinei com um amigo de ir ao Fala Sério, botequim em Botafogo onde a torcida atleticana se reúne. Disse "quebrar a regra" porque a última vez em que havia comparecido ao estabelecimento foi no clássico de fechamento do primeiro turno do Brasileirão 2012, onde vencemos mas não levamos, pois o juizão validou um gol escandaloso do nosso maior rival no último lance. Mas, enfim, a vantagem era grande e julguei a ocasião propícia para quebrar este estigma maligno que cercava o lugar.

Ao chegar ao bar, percebemos que não seria muito fácil acompanhar a pendaia. Sem lugar perto da tv, tivemos que nos contentar em ficar do outro lado da rua acompanhando a bola correr de um lado para o outro. Mais do que isso era praticamente impossível de identificar e, pelo que vimos naquele primeiro tempo, o melhor era que fosse assim: a bola sempre ficou mais do lado da nossa defesa do que do ataque. A impressão que fiquei foi que o Atlético, detentor de uma vantagem expressiva e com um compromisso importante no meio da semana, quis cozinhar o jogo e manter o empate. Tática equivocada. A pressão era grande e em dois lances infelizes acabamos cometendo pênaltis que levaram o nosso maior rival a abrir uma diferença de 2 x 0.



Momentos de tensão


A partir deste momento, comecei a receber mensagens desesperadas de um primo que afirmava que se o primeiro tempo virasse 2 x 0 poderíamos dizer adeus ao bi. Por incrível que pareça, não fui dominado pelo nervosismo e consegui enviar palavras de motivação e confiança para ele. É complicado manter o ritmo que o rival vinha impondo ao longo de 90 minutos e era difícil acreditar que o Atlético fosse manter a postura no segundo tempo.

E o segundo tempo foi uma história completamente diferente: a bola ficou do lado do nosso ataque, mas o gol teimava em não sair. Aos 32 minutos Luan roubou a pelota na intermediária e correu até a grande área, onde foi derrubado. Pênalti que Ronaldo converteu e que deu início à festa do bicampeonato. Aos 41 Marcos Rocha fez uma linda jogada individual, entrou na área e Fabio fez grande defesa garantindo a vitória azul. Não seria injusto se a partida terminasse 2 x 2, mas diante do contexto, foi um ótimo placar.


O bi é nosso!


Como disse após a derrota que sofremos na reinauguração do Mineirão: cansei de ver o Atlético ganhar o clássico de meio de campeonato e entregar o ouro na decisão. O que vale é a decisão e o que jogamos nas finais nos garantiu o bicampeonato - o primeiro do século XXI. Isso é mais do que suficiente para garantir a alegria da massa. É claro que poderia ter sido um pouco menos sofrido mas, sinceramente, eu que já experimentei as duas sensações, prefiro perder 2 e ganhar 1 e ser campeão do que o contrário.

No mais, acho que o adversário valorizou a nossa conquista. A equipe desta temporada demonstrou ser mais qualificada do que a da temporada passada e o fato de terem jogado os clássicos com tanta disposição mostrou o quanto queriam nos derrotar. Felizmente, não conseguiram. No fim, o goleiro do nosso maior rival apareceu na imprensa para dizer que o seu time ainda era o maior de Minas pois conquistava títulos de expressão. Logo ele, um colecionador de campeonatos mineiros e nada mais! Mas, é aquela coisa, desqualificar o campeonato mineiro sempre é a arma do derrotado.

Ano que vem tem mais.

Saudações alvinegras!

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