25 de mai. de 2009

Menos um

Sport 2 x 3 Atlético

Estava terminando de ver um filme na sala de casa quando ouvi o juiz apitando o início da partida em Recife na tv no outro cômodo. Aos primeiros gritos de gol me levanto do sofá e corro em direção ao quarto onde, da porta, já vejo o Éder Luís correndo com os punhos cerrados em direção aos companheiros. Golaço do Atlético! Mal me sentei para recomeçar a ver o filme e tenho que voltar correndo em direção a outra tv para ver semelhante comemoração. 2 x 0 em 10 minutos.

Consegui terminar de ver "GOMORRA" em mais alguns minutos e me acomodar, definitivamente, em frente à telinha para ver o restante do primeiro tempo. Atuação segura do Galo, controlando a partida sem ser ameaçado pelo Leão. No fim, mais um lindo tento anotado de fora da área pelo Márcio Araújo, outro dos desafetos da torcida. 3 x 0, bom demais para ser verdade.

Peguei os dvds, corri até a locadora para devolvê-los a tempo de não pagar uma multa e ver a segunda metade. Na volta, passo correndo pelo buteco da esquina e vejo o pessoal admirando a obra de arte do Éder pela tv. Entro em casa suando em bicas e já ouço o grito de gol vindo do quarto. Pelos gritos da torcida não há dúvidas de que o gol é do Sport: Jonílson, peteca, de cabeça, o seu primeiro gol com a camisa do Atlético, pena que foi contra. Ainda ofegante, sento-me apenas para ver o início de uma pressão estupenda do rubro negro de Recife, uma tremenda blitz que não piora a nossa situação por incompetência do ataque pernambucano.



Éder Luís no comando: 5 minutos de jogo, 60 metros e não vai ter perdão

Racionalmente, concluo que a minha presença no recinto havia trazido energias negativas para o Atlético e resolvo tomar um banho a fim de aliviar a pressão sobre o nosso escrete. Volto 20 minutos depois e parece que a estratégia funcionou: o placar ainda aponta 3 x 1. Ainda dá tempo de ver o Alessandro cabecear para uma defesa espetacular de Magrão e, logo depois, mandar uma bola no travessão do arqueiro do Sport. Aos 45 minutos, em um bate-rebate na área, Weldon escora para Dutra mandar rasteiro entre as pernas do Juninho. Outro frango que proporciona mais cinco minutos de pressão e angústia. Enfim, o árbitro aponta o meio do campo e podemos comemorar a quebra de mais um tabu.

Aspectos a serem considerados:

- 3 pontos fora de casa contra um adversário qualificado. Creio que os desfalques foram sentidos pelo Sport, mas a descrença de que o Galo pudesse ser um adversário difícil facilitou a nossa tarefa. Quando acordaram já estava 3 x 0. O relaxamento no segundo tempo foi normal, mas desnecessário. Felizmente, conseguimos segurar o placar e garantir os pontos.

- A tarefa mais difícil neste momento é conter a euforia da torcida que sai das vaias ao Éder numa partida para endeusá-lo na próxima. Sem dúvida, é um bom início de campeonato, mas o Atlético ainda está aquém dos adversários que brigarão pelo caneco e pelas vagas na Libertadores. Trabalhar em silêncio é a opção. A tabela nos favorece no início deste campeonato e é fundamental pontuar, não desperdiçando esta oportunidade. O fato de não sermos favoritos e, muito menos destaque na imprensa nacional, pode ser uma vantagem. Aproveite-mo-la.

- Tardelli anda meio apagado, mas era impossível manter o ritmo que ele vinha impondo nas partidas. O sujeito passa a ser destaque, começa a receber atenção especial dos adversários e sua vida fica mais complicada. A alternativa é termos peças no elenco capazes de suprir essa "ausência" dos gols do Tardelli. Aparentemente, isso está funcionando, tanto o Éder quanto o Alessandro têm conseguido algum destaque quando o nosso camisa 9 falha.

- O comentarista do PPV observou que parte da vitória deveria ser creditada na conta do Leão, que "armou esse time". Na minha modesta opinião, tal observação apenas evidencia o total desconhecimento do cronista em relação ao futebol mineiro. Gostemos ou não, o time é do Roth: mudou os laterais, colocou o Júnior no meio, trouxe o Jonílson e mudou a zaga. Ponto pra ele.

Por fim, antes que me acusem de falta de consideração com o glorioso alvinegro das Gerais, me defendo argumentando que um erro crasso na caixa do DVD ("apenas" 30 minutos de diferença entre o tempo de duração apontado e o real) fez com que a parte final do filme invadisse os 10 minutos iniciais da partida do Galo e, cá entre nós, nem mesmo o mais otimista dos atleticanos acreditava em um início tão avassalador.

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A partir da próxima quarta-feira estarei trabalhando na Bahia, longe do PPV e da internet livre. Acompanharei as duas próximas rodadas pela bolinha do Globo.com ou qualquer outro site de esporte e é muito provável que não tenha condições de andar postando por aqui. Sorte dos senhores leitores.

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2 comentários:

Anônimo disse...

LF, vc é a verdadeira de mau agouro...

Q seja bem vindo o Aranha. Agora é fundamental q o kalil traga um zagueiro mais leve, com o biotipo do vinicius.

Mateus

LF disse...

Ave de mau agouro? Veremos nas duas próximas rodadas, quando estarei longe da tv e do galo. :)

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