7 de mai. de 2009

Dignidade

Atlético 3 x 0 Vitória (Pênaltis: 4 x 5)

Ainda ontem, quando conversava com alguns amigos, expliquei a eles que os placares prováveis para a partida de hoje seriam 2 x 0 ou 3 x 1 para o Galo. No entanto, para a minha surpresa, o Atlético se superou e, pela primeira vez, conseguiu obter um resultado que o favorecesse na Copa do Brasil. O problema é que, para não perder o hábito, resolveu perder o último pênalti e nos deixar com aquela sensação de coito interrompido. Subimos um degrau, é verdade, mas ainda é pouco.

Durante o tempo normal, o alvinegro disputou uma boa partida, com pegada, correria e busca pela vitória - de uma forma mais desorganizada no primeiro tempo e bastante agressiva no segundo, resultado de alterações bem sucedidas do Roth e equivocadas do Carpegianni. O resultado foram os 3 gols que levaram a decisão para os pênaltis (e o Juninho ainda pegou um pênalti do Neto Baiano).

Quanto aos penais, se espiritualmente o Galo estava melhor, fisicamente estava mais desgastado devido ao fato de haver imposto um ritmo fortíssimo contra o rubro-negro baiano ao longo de praticamente toda a partida. O físico, aliás, deve ser a principal razão pela qual o Tardelli não conseguiu concluir de maneira decente o último contra-ataque do time e liquidar a partida. Poderíamos culpá-lo pela eliminação, mas é preciso lembrar que os baianos viram o seu centro-avante bater de maneira ridícula uma penalidade quando o placar ainda apontava 1 x 0.

A principal razão para mais este fracasso poderá ser descoberta aos respondermos a seguinte pergunta: por que diabos o time não correu e combateu assim quando atuou no Barradão?

Será que a simples mudança de treinador foi uma injeção de adrenalina e vitamina B12 nas veias do Atlético? É claro que há uma influência motivacional, digamos, com esta mudança, mas o que me preocupa é que essa deve ser a terceira ou quarta vez que algo semelhante acontece no clube e as modificações no elenco, desde então, não foram muitas (ao menos na nossa espinha dorsal e na suposta panela que existe desde a campanha de 2006). Será que todas as vezes que houver problemas com o treinador a torcida é que pagará vendo o seu time eliminado ou humilhado com goleadas inexplicáveis?

Vou dormir um pouco aliviado por uma certa recuperação da nossa dignidade, mas ainda muito preocupado com a gestão do elenco e com as parcas possibilidades de melhorias caso essa história continue se repetindo.

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2 comentários:

Marcos disse...

Roth é um bom técnico, vai conseguir, se tiver tempo, dar conjunto e um esquema tático ao time. Mas, como todos os técnicos, comete erros. No caso dele, todos decorrentes da crença de que defender é melhor que atacar.

LF disse...

É... Já conhecemos o trabalho de Roth da já longínqua temporada de 2003, quando demitíamos treinadores porque estávamos em sétimo lugar na tabela... Bons tempos... Eu só queria ver o que seria do Roth se ele conseguisse apoio da torcida. O cara já vai para campo debaixo de vaia, fica muito difícil...

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