12 de out. de 2003

Introdução


E tudo começou numa tarde de domingo qualquer em 1982. Papai me levou ao Mineirão pela primeira vez e vimos um empate melancólico em 0 x 0 entre Atlético e São José. Há relatos escritos de que cheguei em casa chorando. "Poxa, não tem um verso lá no hino dizendo vencer, vencer, vencer??", devo ter pensado. O curioso é que se olharmos os 21 anos passados em retrospectiva, perceberemos que a minha relação com o galo não passa, na maior parte das vezes, de variações daquela tarde estúpida.

Os simplórios apresentarão a solução do problema: "Ora, é só trocar de time!". Acontece que depois de ter pisado no Mineirão pela primeira vez, não teve mais volta. Esse não é o tipo de coisa que se escolhe (apesar de eu conhecer vários exemplos que demonstram o contrário. No meu tempo de grupo escolar praticamente não havia cruzeirenses), você simplesmente experimenta e, de repente, passa a fazer parte daquilo. Passa a ter orgulho de vestir a camisa alvinegra e de conhecer de cor a escalação da equipe e o hino. Fica com formigamento nos braços por passar duas horas tentando sintonizar o rádio do walkman na estrada só para conferir o placar do jogo. E ainda acredita na equipe! É claro que depois de perder tantas noites de sono tenho tentado ter uma visão mais fria e racional de tudo isso. Nem sempre funciona, mas minha qualidade de vida melhorou.

A idéia do blog, aliás, vem um pouco disso. É apenas um espaço para comentarmos sobre o Atlético, os sentimentos e sobre todas aquelas idéias mirabolantes que salvarão o time e que povoam a nossa mente mas que quase ninguém quer ouvir. É isso. Deus nos ajude.

Nenhum comentário: