11 de ago. de 2013

Na base do VT

Náutico 0 x 0 Atlético
Atlético 2 x 2 Botafogo
Flamengo 3 x 0 Atlético
Atlético 1 x 2 Atlético/PR
Cruzeiro 4 x 1 Atlético

Passadas duas semanas, desconfio que a maioria dos atleticanos e, talvez, o próprio time, ainda não tenham absorvido totalmente a magnitude do feito do último dia 25 de julho. O agravante no meu caso, foi que a epopeia belorizontina acabou sendo seguida por uma viagem a trabalho para a China dois dias depois da final.

O futebol, como se sabe, não é um esporte que desperte grandes emoções nos habitantes do gigante asiático. Em Xangai, pelo menos, o espaço público é dominado pelo badminton e na única vez em que vi uma pelota deslizando pela relva, os responsáveis eram alguns estrangeiros. Assim, além de não ver as três partidas seguintes do Atlético pelo Campeonato Brasileiro, ainda fiquei relativamente por fora das notícias do universo futebolístico.

O placar do clássico eu soube porque recebi algumas mensagens de amigos cruzeirenses tirando um sarro. Mensagens, aliás, que me fizeram perceber o quão insanos éramos ao festejarmos todos aqueles clássicos que vencíamos após alguma conquista do nosso maior rival. Eu me encontrava em tão excelente estado de espírito que aquela zoações foram simplesmente descartadas tal qual um sujeito afasta uma incômoda pulga com um reles peteleco.

Na rodada seguinte o meu irmão, que estava no Independência acompanhando a partida contra o xará do Paraná, se entusiasmou com tento anotado por Bernard e me avisou via SMS:

- "Gol do Galo! Bernard!"

Poucos minutos depois recebi mais uma sequência de mensagens:

- "Empataram"
- "Viraram 2 x 1"
- "Acabou"

Era melhor ter deixado quieto.

Mas, enfim, de volta ao Rio de Janeiro, resolvi que a melhor maneira de combater o jetlag era assistindo ao vt de Atlético x Olímpia. Desde então, tenho visto o jogo em doses homeopáticas porque, curiosamente, o nervosismo é maior do que o do dia em que estava presente ao estádio. Acho que passamos tanto tempo vendo a bola bater na trave e sair que o inconsciente diz que o juiz vai mandar voltar a primeira cobrança do Olímpia defendida pelo Victor ou que aquele pênalti do Leonardo Silva não vai entrar.

Para contrabalançar estas emoções, a tv resolveu contribuir e transmitiu as duas últimas partidas do Galo pelo Campeonato Brasileiro para o Rio de Janeiro. Tanto contra o Botafogo quanto contra o Náutico, o Atlético deu sinais de que pretende voltar a jogar bola, mas a verdade é que o time ainda parece disperso, forçando jogadas e cometendo muitos erros de armação de jogo e saída de bola. Nossa jogada favorita é o chutão do Réver e o deus nos acuda na frente, coisa de pouca efetividade no mundo real. Com relação à arbitragem, reconheço que os trios tiveram uma atuação muito ruim nos dois jogos mas, de qualquer maneira, o futebol apresentado pelo time fez com que o empate saísse de bom tamanho.

No mais, ainda estou para entender a preferência do Cuca Belludo pelo Richarlyson. O cara se posiciona mal, não aparece na cobertura, erra todos os passes, não acerta cruzamentos e dificulta todas as jogadas. Típica performance de quem acha que é craque, mas não é. A única explicação para a permanência dele no time titular é alguma função tática sem a bola, coisa que só quem está no estádio pode ver. Fernandinho, Dátolo e Wesley me parecem bons reforços, mas não seria nada mal se pintasse um bom lateral esquerdo.


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