1 de jul. de 2012

Bernard e mais 10

Grêmio 0 x 1 Atlético

Há muito tempo não ficava tão nervoso com uma partida do Atlético. Os acontecimentos das últimas semanas somados ao bom início de campeonato deu ares de decisão ao jogo do início desta noite em Porto Alegre.

Pouco antes do início da partida, recebi uma ligação do Marcos, ilustre amigo gremista, que queria ver o jogo mas devido a um infeliz imbróglio com a NET, que tenta restabelecer o seu serviço de tv a cabo desde que ele se mudou para o novo apartamento há duas semanas, estava impossibilitado de fazê-lo. Coisas do Rio de Janeiro. Naturalmente (ainda que com a pulga atrás da orelha - na última vez em que vimos este clássico juntos, o Grêmio nos bateu na Arena do Jacaré por 2 x 1), convidei o nobre colega para assistir à partida no conforto do meu lar.

Os primeiros momentos da partida foram tensos, o tricolor tentava pressionar, o Atlético buscava encaixar algum contra-golpe e a torcida gremista fazia questão de demonstrar que jamais perdoará Ronaldinho, entoando o coro de "pilantra" toda vez que o R49 dominava a pelota.

Aos 25 minutos o galo conseguiu um corner, Ronaldo cobrou, a bola sobrou na lateral esquerda, Bernard dominou de costas, girou e aplicou um chapéu estilo R49 no seu marcador, a bola quicou quase dentro da grande área e o segundo gremista se aproximou, apenas para levar um chapéu de chaleira. Antes da bola quicar, Bernard cruzou e Jô, de voleio, mandou para o fundo da meta tricolor. Um dos gols mais espetaculares que já vi o Atlético marcar.

A situação era tão inusitada e o desfecho tão improvável, que à medida que a jogada ia acontecendo, eu ia narrando para o Marcos, que estava ao meu lado: "IH, chapéu", "IH, outro" e, de pé, já mandando um "PU-TA-QUE-PA-RIU, QUE GOLAÇO!!". Inesquecível, sem dúvida!






Jogada genial de Bernard e conclusão precisa de Jô

Dali em diante o meu nervosismo aumentou: a possibilidade de assumir a liderança do campeonato, de derrotar Marcelo Moreno, Kleber e Luxemburgo e de bater o Grêmio no Olímpico depois de 14 anos simultaneamente, levaram a minha pulsação para a casa das centenas. E ainda eram 25 minutos do primeiro tempo!

Mas, o que vimos em campo foi um Atlético bastante consciente da sua proposta e jogando o seu jogo contra um adversário vigoroso mas um tanto desorganizado. Zé Roberto fez uma boa estreia, mas o ataque não funcionou bem e as alterações do Luxemburgo me pareceram equivocadas. Aos 37 do segundo tempo, após uma escaramuça no meio de campo com Pierre, Paulo César Oliveira expulsou Anderson Pico. A expulsão foi mesmo exagerada, mas não acho que tenha sido o fator determinante para a vitória atleticana. No fim, o Grêmio foi para o abafa, mas não conseguiu incomodar Giovanni.

No cômputo geral, o Atlético foi um time melhor do que o Grêmio, mais bem treinado eu diria. O tricolor rondou perigosamente a nossa área durante toda a segunda etapa, mas não conseguiu concluir com perigo, enquanto o Galo chegou duas vezes na cara de Marcelo Grohe, que fez grandes defesas em chutes de Jô e Escudero. Excelente partida de Danilinho, Bernard e Leandro Donizete. Ronaldinho foi regular, mas sempre será o cara que chama a marcação e desloca a atenção dos adversários. Giovanni esteve muito bem e demonstra que será um reserva importante para o Victor.

Enfim, conquistamos três pontos importantíssimos e é agora que começa a hora da verdade: será que este time é capaz de se manter no topo? Este é assunto para um próximo post.


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