26 de jun. de 2011

Na conta do Dorival


Flamengo 4 x 1 Atlético
Atlético 2 x 2 Atlético/GO

"Ficou fácil com vocês sem defesa..."
SMS recebido de um colega flamenguista

Depois de passar o feriadão refletindo sobre a ida ou não ao maldito Engenhão, acabei chegando à conclusão de que, independente do que viesse a acontecer, estar lá era melhor do que ficar em casa angustiado vendo a partida pela tv. Ademais, era a possibilidade de, finalmente, ver uma partida junto com o Bernardo, outro atleticano expatriado na capital fluminense.

Sendo assim, pouco depois das 17 horas estávamos num táxi rumo ao famigerado Estádio Olímpico João Havelange. Compramos os ingressos com tranquilidade, assumimos nossas posições e ficamos aguardando a entrada das equipes em campo. O fato é que assim que vimos a escalação do Atlético no telão, expressei ao Bernardo os meus temores com relação ao nosso setor defensivo:

- Com Dudu, Serginho, Daniel Carvalho e Giovanni no meio a gente não vai marcar ninguém.

Na realidade, se o time produzisse horrores no ataque e levasse o terror aos beques adversários, uma formação como essa talvez se explicasse. Mas não era esta a situação pois, mesmo em má fase e fazendo uma partida mediana, o poderio ofensivo do rubro-negro era maior do que o nosso. Ficamos no lucro no primeiro tempo, que acabou 0 x 0.

Dorival Júnior fez duas alterações no retorno do vestiário: sacou Daniel Carvalho e Magno Alves e entrou com Renan Oliveira e Neto Berola, deixando o inoperante Giovanni Augusto no meio e não corrigindo o problema da marcação. Milagrosamente, conseguimos anotar um tento em falta cobrada por Serginho que Dudu cabeceou e mandou para as redes de Felipe. Alegria no Engenhão!

O gol abalou a equipe adversária, que passou a errar passes simples e o Galo, pela primeira vez, começou a comandar as ações. O problema é que ao invés de aproveitar a oportunidade para tentar liquidar a partida, o Atlético optou pelo toque de lado e a cera, demorando a cobrar as faltas, os laterais e os tiros de meta. Levantei com o Bernardo a possibilidade de irmos embora e garantirmos esta boa vitória no Engenhão, visto que o panorama não era dos mais favoráveis.

Não demorou muito e a defesa atleticana rebateu uma bola na direção da meia lua, Ronaldinho matou a criança no peito e, calmamente, deu um tapa e guardou a pelota no ângulo esquerdo de Renan Ribeiro. O gol acordou a torcida rubro-negra, até então calada, e destruiu qualquer resquício de esquema de jogo que ainda havia no Atlético. Angustiado, desci para comprar uma água e quando recebia o meu troco ouvi os gritos da torcida adversária. 2 x 1. Subi e encontrei o Bernardo desolado: Thiago Neves, sozinho - disse ele. A vaca já tinha ido pro brejo.

Neste momento, Dorival acordou e resolveu sacar o Giovanni e colocar o Toró. Tarde demais, a derrota já era líquida e certa. O meio campo não marcava ninguém, o ataque não produzia e o Flamengo jogava como queria. Mais alguns minutos e Deivid recebe bola em profundidade, caminha e fuzila Renan Ribeiro com uma bomba. É o suficiente para deixarmos o estádio e lutarmos por um táxi nas ruas do Engenho de Dentro. Ouvimos o quarto gol no caminho de volta. Menos mal.

Gosto do trabalho do Dorival Júnior, mas a derrota de ontem pode ser creditada inteiramente a ele. É difícil dizer o que passou pela cabeça do nosso treinador: se subestimou o adversário ou superestimou o potencial da nossa equipe. O Flamengo vinha mal e, a bem da verdade, tampouco fez uma grande partida. O fato é que o Atlético foi o time dos sonhos para os rubro-negros, deixando Thiago Neves e Ronaldinho jogarem livres e soltos e sem ameaçar a meta de Felipe. O resultado é que, tragicamente, conseguimos uma façanha tripla: ressuscitar o Flamengo, o Ronaldinho e dar uma sobrevida ao Luxemburgo. Pelo menos ainda temos o domingo para digerirmos a derrota.

Com relação ao jogo contra o xará de Goiânia, não tenho muito a dizer. Conseguir ouvir alguns minutos no rádio, mas um empate conseguido na base do sufoco contra o Dragão não era nem um pouco animador e, talvez, um prenúncio do que estava por vir.

Bem, passadas essas seis rodadas iniciais, já dá para começar a termos uma ideia do que cada equipe irá almejar neste campeonato. Do jeito que as coisas estão, as nossas perspectivas não são das melhores. Se nada mudar, brigaremos para ficarmos entre oitavo e décimo quinto e, para tranquilizar a massa, acho bom chegarmos o mais cedo possível aos 45 pontos.

2 comentários:

Bernardo disse...

É, LF, perduram os tabus. Custa crer que o time que vimos jogar ontem tenha feito 8 pontos em 6 jogos. Mas estaremos lá na próxima. Um abraço.

LF disse...

É verdade, bicho. Mas não tem jeito. A única maneira de ficar de fora é não estar. hehehehe Abraços!