9 de jun. de 2011

Às vezes não dá certo

Atlético 0 x 1 São Paulo

Jogo contra o São Paulo na semana do meu aniversário não nos dá muita sorte. Em 2008 fomos implacavelmente goleados no Morumbi e ontem, nem com um trabalho firme de um pai de santo a bola vazava a meta de Rogério Ceni. No geral, me lembrou muito a partida que fizemos contra o Botafogo na própria Arena do Jacaré no ano passado: jogamos bem, controlamos a partida, mas perdemos por 2 x 0 para um adversário que finalizou duas vezes nos 15 minutos finais e liquidou a partida. A diferença é que ontem o tricolor paulista saiu na frente com 21 minutos de jogo e se retrancou até o apito final.

O Atlético manteve a posse de bola, rondou a área adversária durante os 75 minutos restantes mas quando finalizou, o fez mal. Leonardo Silva e Réver tiveram azar em duas cabeçadas e as duas melhores oportunidades couberam ao Richarlyson. E vocês sabem: quando passamos a lamentar os gols perdidos por Richarlyson, concluímos que nos falta um ataque de qualidade. Com a contusão do Guilherme, fica a pergunta: onde estão Jonatas Obina e o famigerado Marquinhos Cambalhota? No mais, é preciso reconhecer que o árbitro deixou de anotar duas penalidades claras a nosso favor e lamentar a contusão do bom Felipe Soutto. Infelizmente, não era a nossa noite.

Após a partida me conectei à Itatiaia para ouvir o "seu nome, seu bairro" na saída da Arena do Jacaré. É meio bobo, mas o programa acaba sendo um termômetro interessante para saber a opinião de uma parcela da torcida. Infelizmente, o que percebi foi um desespero acima do normal de uma ala dos atleticanos, que após uma derrota já começa a pedir a cabeça de jogadores e a enxergar o nosso time como o péssimo dos péssimos. Ao contrário dos indignados da rádio, acho que os laterais Patric e Leandro fizeram uma boa partida, que a zaga é sólida e que o treinador é bom demais.

Na realidade, me parece que o resto da cota de paciência do torcedor foi consumido pelo Ziza Valadares no ano do centenário e agora sobra pra todo mundo. É uma espécie de transtorno bipolar futebolístico. Assim, o mesmo atleticano que ontem lamentava a conquista do Vasco da Gama com Diego Souza e Éder Luis no seu time titular, há pouco tempo estava nas arquibancadas vaiando incessantemente os dois. A verdade é essa. E olha que eu acho que a torcida era injusta com o Éder mas, com o primeiro, estava coberta de razão.

Enfim, é um campeonato longo e o caminho é árduo. O negócio agora é torcer por um bom resultado em Salvador no domingo, visto que segunda-feira terei que enfrentar diversos tricolores no meu trabalho.

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