13 de out. de 2012

O mundo continua o mesmo

Inter 3 x 0 Atlético
Atlético 6 x 0 Figueirense


Estou de volta das férias e totalmente desanimado. Não com o Atlético apenas, mas com o futebol como um todo. Depois do imbróglio envolvendo o Ronaldo Gaúcho e o STJD, meio que joguei a toalha. Muito se falou sobre o Galo não ter entrado com o efeito suspensivo e tal, mas tenho comigo que não o fizeram porque sabiam que o recurso seria julgado na semana das partidas contra o Fluminense e o Flamengo e qualquer atleticano com um pouco mais de vivência sabe qual seria o resultado. Foi assim em 1977, quando deixaram pra julgar a expulsão do Reinaldo em uma partida do primeiro turno às vésperas da final e não concederam o efeito suspensivo. 

Enfim, futebol não é sério e eu tenho perdido tempo demais com isso, me irritado com uma coisa que eu não tenho a menor chance de mudar. Deste modo, acabei deixando de seguir tudo e todos relacionados ao Atlético e à imprensa esportiva no twitter. Já foi um grande passo. Não tenho a ilusão de que vou me desligar do clube porque é uma relação visceral, que está no seio da família há mais de 3 gerações. Não é o tipo de coisa que você se livra do dia para a noite. Desta maneira, vou continuar vendo os jogos do galo, ficando feliz com as vitórias e triste com as derrotas, mas não quero ser contaminado por este ambiente de quem rouba quem e tal. Fazem 35 anos que acompanho o clube e nunca vi uma decisão de tapetão favorável ao galo. Nunca. Então, foda-se: não sou juiz nem advogado e tampouco tenho vocação para palhaço. O negócio é tentar diminuir o impacto destes troços na minha vida.

Quanto ao Atlético, deus é testemunha do que eu disse para a minha mulher na cama, quando fui deitar depois do empate contra o nosso maior rival: "espero estar errado, mas este gol de empate vergonhoso liquidou as nossas chances de vencermos o campeonato". O tempo passou e vimos que de lá para cá o time acabou, não conseguiu manter a regularidade e a calma para jogar o seu futebol. Em resumo: ninguém jogou bola como o Atlético do primeiro turno neste campeonato brasileiro, mas nenhum time foi campeão com o desempenho medíocre do Galo neste returno. Acho, sinceramente, que podem botar na conta do maldito derrotado que temos no banco de reservas:

http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2012/10/12/noticia_atletico_mg,231592/para-cuca-astral-no-galo-foi-afetado-a-partir-dos-empates-ante-cruzeiro-e-ponte.shtml


O Fluminense fugiu milagrosamente do rebaixamento, vislumbrou o Muricy no mercado e meteu o pé na bunda desse miserável antes que ele afundasse o clube na lama da depressão. Eles sabiam que para se quebrar um estigma é preciso ter um macho para fazê-lo na marra. Hoje, tirando o desgraçado do Ramalho, não sei quem poderia fazer isto pela gente. Felipão? Acho difícil. 

Ainda esta semana li uma entrevista do linguiceiro no Estado de Minas e, como era de se esperar, este abutre aproveitou para tripudiar do Atlético. Mas, mesmo com todo o nojo que nutro por este indivíduo, preciso reconhecer que ele vai direto ao ponto: 41 anos sem ganhar o campeonato torna qualquer tarefa hercúlea. Num primeiro momento, me pareceu que Ronaldo era o homem a romper com este estigma. Acho, sinceramente, que ele poderia fazê-lo se o jogo fosse completamente limpo. Quando começaram a jogar sujo contra a gente, não houve uma alma serena que pudesse contornar a situação e capitalizar estas adversidades em espírito de guerreiros renegados. O que fizeram foi sentar e chorar, algo típico do nosso comandante.
 
No mais, entre os muitos acertos da temporada, considero equívocos graves a liberação do André e do Lima. O Werley foi um bom negócio e não discuto. Contar com Luis Eduardo e Leonardo limitou demais nosso alcance.


Para finalizar, se conseguirmos uma vaga na libertadores já será um grande feito. Considero que o campeonato está perdido. Não porque o Fluminense não vá tropeçar, mas porque o Atlético não tem mais força para chegar, como fica cada vez mais evidenciado nas partidas fora de casa. Desta maneira, considerando a tabela dos nossos adversários, ouso dizer que o melhor resultado do jogo Fluminense e Grêmio, por exemplo, é a vitória dos cariocas. Torcer pelo tropeço do fluzão é dar corda para a gente se enforcar.

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