2 de out. de 2011

O problema é o time

Internacional 2 x 1 Atlético

Mesmo diante da situação desesperadora na qual o clube se encontra (mais uma vez) no Campeonato Brasileiro, qualquer torcedor com um pouco mais de sensatez já descontava os 3 pontos disputados contra o Internacional em Porto Alegre. Uma equipe que não tem competência para vencer o Atlético de Goiânia e que, dentro de casa, empata com um Flamengo em franca decadência, não poderia almejar nada diferente na capital gaúcha. O discurso do treinador após a peleja foi o mesmo dos últimos dois anos: "jogamos melhor, merecíamos a vitória, já estou enxergando uma consistência nesta equipe e as vitórias virão". Se virão eu não sei, mas é bom o Cuca se apressar porque faltam 12 rodadas e precisamos de 7 vitórias. Não faltou, é claro, uma reclamação contra o trio de arbitragem.

A novidade da semana, aliás, foi um novo movimento criado por uma ala da torcida a fim de patrulhar o desempenho dos homens de preto nos jogos do Atlético. Se falou de tudo, até de uma suposta pirraça da Globo e da CBF contra o clube. A verdade é que não há como negar que a compilação de erros contra o Galo neste campeonato é impressionante mas, por outro lado, a minha sensação é de que diante do futebol paupérrimo que a equipe tem desfilado pelos gramados do Brasil, não seria o apito o responsável pela nossa posição na tabela. O Kalil, de fato, escolheu o lado errado na briga pelos direitos de transmissão. A causa até me pareceu correta à época, mas politicamente era um desastre, como já discutimos antes neste espaço. Acredito que o apito poderia ser responsabilizado se tivéssemos uma equipe redonda, jogando um bom futebol e, estranhamente, não conseguindo obter resultados. O fato, neste momento, é que o Atlético é um time fraco e, por enquanto, merece se encontrar onde está. Culpar a arbitragem é aceitar a desculpa que estava faltando para todo mundo sair ileso da crise: jogadores, comissão técnica e dirigentes.

Daqui a pouco entraremos em campo para enfrentar o Ceará, rival direto na luta pela permanência na primeira divisão. Uma avaliação desprovida de emoções me levaria a dizer que o Atlético obteria uma vitória tranquila contra os cearenses. Mas, por mais que eu tente me esquecer, sempre me vem à lembrança aquela trágica partida contra o Fortaleza em 2005, onde saímos vencendo por 2 x 0 e após duas falhas antológicas do Diego Alves levamos a virada em pleno Mineirão resultando na derrota que, psicologicamente, nos rebaixou. Deus nos ajude!

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