8 de mai. de 2011

Uma semana tranquila

Atlético 2 x 1 Cruzeiro

Diante da bagunça imprevisível que tem sido o meu calendário no último ano e meio, sabia que a oportunidade de assistir ao primeiro clássico na era Dorival Júnior dependeria de uma mudança de última hora na agenda do trabalho. E o adiamento veio na última quinta-feira, o que me permitiu que neste domingo estivesse sentado na poltrona diante da telinha vendo a partida e tentando abstrair os comentários de Marcos Guiotti.

Antes de falar sobre a partida, devo dizer que essa vida é engraçada e o futebol é imprevisível. Confesso que depois do expurgo promovido por Dorival Júnior há algumas semanas, achei que havíamos atirado as chances do bicampeonato mineiro no esgoto. Mas, para minha agradável surpresa, nosso treinador conseguiu arrumar o meio de campo com uma rapaziada boa - e desconhecida por boa parte de nós torcedores - da base alvinegra.

No início, a equipe ainda passou por momentos de instabilidade, mas começou a se acertar na primeira partida contra o América pelas semifinais, quando liquidou o adversário com contragolpes fulminantes. A receita foi aplicada mais uma vez com sucesso na segunda partida. No post anterior eu dizia que reconhecia uma superioridade do adversário, mas que com foco e jogo coletivo seríamos competitivos. E se tem uma coisa que podemos dizer sobre a partida desta tarde é que o Atlético foi um time.

E o Galo começou muito bem o jogo, chegando ao seu primeiro tento através de Mancini aos 5 minutos. Com a vantagem, o Atlético pode se dedicar a fazer o que tem feito melhor nas últimas partidas: contra-ataques. Depois de desperdiçarmos algumas chances diante de Fábio, o adversário acabou chegando ao empate em jogada articulada por Montillo e finalizada por Wallyson. Felizmente, o time não se abateu com o empate e continuou praticando um bom futebol, que acabou sendo premiado com um gol de Patric aos 36 minutos.

O segundo tempo foi mais tenso, menos movimentado, com o jogo sendo mais disputado no meio e com menos oportunidades para os dois lados. Nos momentos finais a pressão celeste aumentou, mas não foi suficiente para vazar a meta de Renan Ribeiro e o placar final ficou em 2 x 1, nos garantindo uma semana tranquila. A vantagem do empate agora é alvinegra.

Não posso deixar de falar sobre a grande partida de Mancini, Serginho, Soutto e, em especial, do Giovanni, que não tinha a metade do prestígio do Renan Oliveira quando assumiu a camisa 10 do Atlético e tem jogado com uma autoridade impressionante. No mais, creio que a partida do domingo que vem será bastante complicada, mas não será fácil para o adversário passar em branco diante do Galo. Nas últimas três oportunidades em que os enfrentamos anotamos 10 tentos. Se jogarmos com a consistência apresentada hoje, poderemos levantar o caneco.

Finalmente, apenas uma observação sobre um fato curioso. Como é de praxe, estava ouvindo a coletiva dos treinadores após a partida e, ao fim da sua coletiva, o treinador adversário acabou cunhando uma frase que, pelo menos na última década, só coube à gente: "O Atlético ganhou os últimos três clássicos com a trave". Será que a sorte está mudando de lado?

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