17 de set. de 2010

O velho roteiro

Atlético/PR 2 x 1 Atlético

A noite de quarta-feira no Rio de Janeiro é reservada para a pelada semanal no Humaitá. Há pouco mais de um ano tem sido assim, quando o calendário permite que eu esteja na Cidade Maravilhosa. Infelizmente, compromissos do trabalho impediram-me de comparecer a tão ilustre celebração desportiva aos pés do Cristo Redentor e, como compensação, pude assistir à partida contra o nosso xará paranaense em mais uma rodada do brasileirão.

A princípio, pode não parecer um mau negócio: “ficar em casa e ver a partida do seu time do coração? Hum, nada mal!”, alguém pode pensar. Mas a verdade é que meia hora antes do apito inicial começo a ser invadido pela angústia e pelos maus pressentimentos, uma sensação horrível de que a sessão de tortura é inevitável. Curiosamente, eu tentava afastar estes pensamentos carregados da minha cabeça quando o Bruno Mineiro subiu livre na pequena área do Atlético e marcou de cabeça aos 2 minutos de jogo. O Galo é, realmente, implacável. Contra fatos, não há argumentos.

Durante o resto do primeiro tempo o time não esteve mal, conseguiu tocar a bola e criar algumas oportunidades. No fim, Daniel Carvalho, que esteve bem durante a primeira metade, conseguiu achar o Obina livre dentro da área e o nosso centroavante só teve o trabalho de cabecear a pelota para o fundo das redes do arqueiro rubro negro. Estávamos no jogo novamente.

A segunda etapa foi marcada por outra componente tradicional da campanha alvinegra sob a batuta de Luxemburgo: a contusão. Méndez, Obina e Neto Berola saíram da equipe (este último por causa da sua tradicional inviabilidade de prosseguir na partida após os 25 minutos do segundo tempo). Como metade do elenco não tinha condições de jogo, nosso treinador botou em campo algumas almas que estavam ali no banco – uma das quais eu nunca tinha ouvido falar - e só nos restou segurar este magro empate.

Faltando poucos minutos para o fim, o jogo parou e cometi a imprudência de verificar o andamento das outras partidas através do canal múltiplo do PFC. E foi lá no canto inferior direito que vi a bola ser alçada na nossa área, o Fábio Costa subir com um jogador adversário e a bola ser espirrada para o meio, uma cabeçada, uma defesa do nosso arqueiro e um paraguaio botou a pelota pra dentro. Faltava a falha do Fábio Costa e ele não quis ficar de fora da festa. E ficou por isso mesmo, 2 x 1 para o xará. O golzinho nos custou, pelo menos, mais duas rodadas na zona do rebaixamento (isso considerando que vamos vencer o Vitória e o Fluminense, nossos dois próximos adversários).

Para o atleticano, não resta alternativa. É esperar e ver. Entender já é pedir demais.

2 comentários:

Andre disse...

Irmão, já pensou em mudar o título do blog? já não somos mais tão bons de estatísticas, principalmente se tivermos tratando de pontos corridos. hehe

LF disse...

Pois é. Tô vendo que vai ser preciso atualizar..

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