26 de set. de 2010

c.q.d.

Fluminense 5 x 1 Atlético

Como já disse anteriormente, se a boa campanha do ano passado teve que ser acompanhada pelo radinho em São Roque, este ano tenho sido presenteado com sucessivos jogos na tv quando estou por lá. É a globalização do sadismo!

Fluminense e Atlético na noite da quinta-feira foi apenas mais um capítulo desta saga. Diante da vergonhosa campanha atleticana nesta temporada, não tinha muitas ilusões acerca das nossas possibilidades nesta partida. Não bastasse o adversário claramente superior, o jogo ainda seria disputado no Engenhão, estádio de péssimas recordações. Acho que nem empate conseguimos por lá.

Bola rolando e o Atlético, como sempre, deu a impressão de que conseguiria fazer um jogo equilibrado contra o vice-líder do campeonato. A falsa impressão foi desfeita quando levamos um gol de cabeça numa falha da zaga e embora tenhamos conseguimos um empate numa boa cobrança de falta do Daniel Carvalho, terminamos o primeiro tempo atrás após mais um frango do Fábio Costa. Os dois gols de sempre.

No segundo tempo, Luxemburgo começou a fazer das suas: sacou Obina e entrou com Diego Souza. Difícil de entender, especialmente depois de ver o físico do ex-camisa 1 do Galo que, seguramente, começa a rivalizar com o fenômeno como atleta de maior peso deste Brasileirão. Em seguida, substituiu Serginho, que estava amarelado, por Neto Berola. Ato contínuo, tivemos o Alê expulso após interromper um contra-ataque tricolor no meio do campo. Poucos minutos depois, os cariocas marcaram o terceiro e liquidaram a partida. Não há muito o que comentar sobre os minutos finais, exceto a expulsão do Diego Souza após uma tesoura insana num jogador adversário.

5 x 1 foi o placar final de uma partida que pode ser considerada um pequeno resumo da era Luxemburgo no comando do alvinegro mineiro: um início, de certa forma, promissor mas que começou a ser minado com falhas sucessivas da defesa. As mudanças bancadas pelo treinador apenas acentuaram este quadro e resultaram na impotência e na falta de postura do time em campo. Qualquer torcedor com uma certa vivência em "galismo" já sabia, depois de algum tempo, que este quadro combinado com a apatia e impotência do treinador, cujas câmeras teimavam em mostrá-lo atônito à beira do gramado, terminaria em um desastre completo.

Acho que, neste ponto, cabe um agradecimento aos jogadores do tricolor que não tiraram o pé e aplicaram uma goleada implacável. Houvéssemos perdido o jogo por 2 x 1 e, muito provavelmente, teríamos que aguentar o profexô e seu terno bem cortado no fim da tarde deste domingo. No fim, com a realidade esfregada na sua cara da pior maneira possível, nosso presidente demitiu o idealizador do projeto 2011 por telefone. Não o fez pessoalmente porque não viajou ao Rio por se considerar "pé frio". Este é o Atlético!

Pois bem, graças a Neymar e suas estripulias, hoje estrearemos Dorival Júnior no comando do alvinegro. O ex-comandante santista sempre foi o meu favorito para assumir o Galo desde a sua saída do nosso maior rival há alguns anos. Infelizmente, a situação não é das melhores e não sei se ele será capaz de nos livrar do rebaixamento. O estrago luxemburguês foi muito grande e a complacência da nossa gestão nos deixou à beira do precipício. O projeto 2011 é não cair.

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