10 de fev. de 2010

O tempo dirá

Atlético 1 x 1 Ipatinga

O fato de ter perdido as duas primeiras partidas do Atlético em 2010 aumentou a minha ansiedade para acompanhar a peleja contra o Ipatinga. Como no fim de semana anterior a equipe do vale do aço havia superado o nosso maior rival com um 3 x 0 em pleno Mineirão, sabia que teríamos dificuldades na tarde do domingo. As novidades seriam as estreias de Zé Luís e Obina e o novo esquema de jogo do Luxemburgo: o 4-3-3.

O primeiro tempo foi morno, com um ligeiro domínio atleticano: tivemos a posse de bola e, como na temporada anterior, girávamos a pelota na intermediária adversária e finalizávamos pouco e sem perigo. O Ipatinga teve algumas chances em bons contra-ataques. A segunda etapa começou com um frangaço do Carini, estilo Taffarel, o que fez o caldo desandar de vez. Luxemburgo efetuou três alterações (saíram Obina, Ricardinho e Fabiano e entraram Carlos Alberto, Renan Oliveira e Marques), mas a desorganização continuou: muitos passes errados, finalizações bisonhas e correria improdutiva. No fim, o Galo conseguiu o seu gol de empate na base do abafa: bola cruzada na área, Carlos Alberto escorou e Muriqui completou para as redes. 1 x 1 e ficou nisso.

Dois fatos me deixaram bastante preocupado: o primeiro é o comportamento da torcida em campo. Não entendo porque o sujeito se dá ao trabalho de sair de casa num domingo ensolarado e ir ao Mineirão para vaiar qualquer erro da equipe. Se quiser vaiar, que o faça no fim do jogo. A realidade é que qualquer adversário que vai a Belo Horizonte hoje em dia sabe que se for capaz de segurar a partida por meia hora, passa a contar com a nossa torcida para dificultar o trabalho do Galo. Outra coisa difícil de entender: 200 pessoas vão receber o Obina no aeroporto como se fosse o Luis Fabiano e quando o homem é substituído vaiam. Todo mundo sabe quem é o Obina, então porque toda essa perplexidade com o desempenho do baiano?

O segundo é a postura burocrática e dispersa do time em campo. Com os reforços que chegaram o Atlético passou a ser uma equipe, digamos, "experiente". Não vai dar para querer correr como o Santos ou o Vasco, para ficarmos em dois exemplos. Tem que ter pegada, posse de bola e precisão nas finalizações, coisas que não tem acontecido. Acho que o Fabiano e o Carlos Alberto são bons reservas e que o Renan Oliveira pode até crescer com o Luxemburgo (embora a sua falta de brios seja pavorosa) e, contrariando boa parte da torcida do Galo, o Ricardinho, para mim, é titular desse time. Não entendi as críticas ao jogador após a partida. Quanto ao esquema com 3 atacantes, tenho as minhas dúvidas sobre a possibilidade de vir a dar certo.

A verdade é que nesta altura não temos outra alternativa a não ser confiar no trabalho da comissão técnica e da direção do clube. Aparentemente, os reforços solicitados foram contratados, a pré-temporada foi (ou está sendo) realizada e os salários estão em dia. O que mais podemos esperar? Todo mundo sabe que o ano começa daqui a exatos dez dias, com o primeiro clássico de 2010. Depois desse jogo as desculpas da pré-temporada e da fase de testes não vão mais colar.


2 comentários:

Pâm Cristina LF* disse...

hehehe dificil é o obina ser igual ao Luis né rsrs...

gostei do seu texto, muito bom!!!!!!!

LF disse...

Obrigado!