15 de fev. de 2009

Equilíbrio comprometido

Cruzeiro 2 x 1 Atlético

Muitos culparão a arbitragem pela derrota desta tarde, mas acho que assumir que a má atuação do juiz foi a única responsável pelo mau resultado é contribuir negativamente para o trabalho que vem sendo desenvolvido. Não quero aqui menosprezar o resultado desastroso que teve para a equipe a falta não marcada no Carlos Alberto e a consequente não exclusão do zagueiro cruzeirense: em um confronto em que o adversário tem, reconhecidamente, um elenco e entrosamento superiores, detalhes como esse tornam o embate ainda mais desigual. Não determinam porém, a derrota. Nem mesmo a expulsão do Welton Felipe com menos de 20 minutos de jogo numa falta merecedora do cartão amarelo (ao contrário da anterior onde levou o primeiro amarelo e que, posteriormente, determinou a sua exclusão).

Os adversários dirão que o pênalti apontado pelo senhor Pena Júnior não existiu e estarão com a razão. No entanto, naquele momento, a peleja já havia saído do seu ápice e Pena Júnior pôde, confortavelmente, dar a compensação apontando para a marca da cal. O escrete alvinegro havia corrido a maior parte do tempo com um jogador a menos contra um oponente mais qualificado e que passou a atuar displicentemente após a segunda metade da etapa final. É certo que o gol do Tardelli colocou um certo fogo no final da partida e estivemos perto do empate, mas a produtividade da equipe já estava comprometida. Faltou perna e, obviamente, qualidade.

O que vimos nesta tarde foi que, mesmo desfalcado dos seus poucos titulares nos setores de criação, o Atlético conseguiu criar oportunidades claras de gol contra um adversário tido como favorito à conquista do Mineiro e, até mesmo, de uma certa competição continental. Poderíamos ter saído com um placar melhor se o aproveitamento das nossas finalizações fosse equivalente ao dos adversários de azul.

Destaque negativo: a ineficiência da nossa defesa - uma avenida pelas laterais junto com mais um desempenho ruim do goleiro Juninho, especialmente no primeiro tempo. Se ainda houver dinheiro para contratação, apostaria em um goleiro. Um homem competente embaixo dos postes transmite segurança à defesa e estabiliza o time. Se não conseguirmos contratar, é melhor subir alguém da base. O que não dá mais para aguentar é o "Deus nos acuda" que vira a defesa alvinegra quando a bola é cruzada na área. Não é possível que um goleiro profissional saia "catando borboletas" em 2 lances em cada 5. Falhas acontecem, mas a regularidade nas mesmas deve ser punida com a perda da condição de titular. Como o Édson já mostrou a que veio, testemos um novo nome!

Dois clássicos, duas derrotas e digo que ainda não precisamos nos preocupar. Tenho a crença de que as vitórias virão na hora certa. Tabus existem para serem quebrados, e em breve a maré vai virar.

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4 comentários:

Anônimo disse...

Um arqueiro ruim duplamente, sob a goleira e na saída. O técnico la faria melhor.

LF disse...

Onde é que vocês arrumaram o Vítor? Não tem outro desse por lá?

rfelipe disse...

lf, posts inteligentes sobre o glorioso... que satisfação acompanhar estas suas linhas. pois bem, sou otimista tanto quanto voc^, nosso galo ainda há de surpreender seus adversários, especialmente os azuis. aliás, que falta de graça é a torcida dos azuis. fui ao mineirão no domingo e cronometrei a animação da galera de lá: ao todo 15 minutos de barulho ao longo de todo o jogo, acredita? nem quando estava 2 X 0 para eles e nós com 1 a menos... eles gostam de silêncio ou não encontram motivação para torcer para um time-empresa? do nosso lado, é sempre um épico, na alegria ou na tristeza. abrçz.

Anônimo disse...

Obrigado pelos comentários, rapaz. Estou fora de casa nesse carnaval, fica difícil responder/escrever. Vamos ver como nos saímos neste sábado! Abs

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