22 de ago. de 2011

Faltam 30 pontos


Botafogo 3 x 1 Atlético
Atlético 2 x 3 Corínthians
Atlético 1 x 2 Botafogo
Coritiba 3 x 0 Atlético
Atlético 1 x 2 Figueirense
Grêmio 2 x 2 Atlético

Nas últimas semanas vimos uma sucessão de reviravoltas que, no fim das contas, deixaram o Atlético no mesmo lugar que vem ocupando nos últimos 10 anos. As teorias que tentam explicar as razões para a situação na qual o time se encontra mesmo tendo investido mais de 20 milhões de reais pipocam na internet, mas nenhuma delas consegue responder a uma dúvida que tenho: por que, cargas d'água, alguém investe milhões em um elenco e numa comissão técnica para lutar contra o rebaixamento temporada após temporada? Não seria mais fácil para o presidente e seus parceiros fazerem o que bem entendessem com o clube se o mantivessem na disputa pelas primeiras posições nos torneios que disputasse? O elenco não seria mais valorizado? Os investimentos não trariam um retorno maior? Difícil entender.

Da minha parte, não tenho muito o que dizer. Este triênio está idêntico ao 2003-2004-2005: início promissor com Celso Roth, campanha vergonhosa que foi salva do desastre completo na última rodada na temporada seguinte e queda para a segundona com um técnico considerado de ponta (Tite, Dorival Júnior) no terceiro ano. Mesmo os comentários jocosos e espirituosos começam a se repetir, não há criatividade que resista ao Clube Atlético Mineiro.

O que fiz há algumas semanas foi cancelar o pay-per-view. A razão primordial foi o fato de eu não ter tido a oportunidade de ver a maioria dos jogos (calculei em, mais ou menos, cinco o número de jogos que eu poderia ver até o final do ano). Para completar, a NET surgiu com um aumento de 10% no valor da tarifa e o Atlético emplaca mais uma campanha medíocre no Brasileirão. No fim das contas, foi um grande negócio ter me livrado do serviço: só o fato de não ver mais aquele pasto que é a Arena do Jacaré ou mesmo o Ipatingão - local para onde o clube fugiu quando percebeu que não conseguiria melhorar o seu desempenho - e não acompanhar a péssima equipe do PFC em Minas Gerais já trouxe um certo alívio para o meu coração.

No mais, não tenho mais estômago para aguentar a gestão Kalil. Como já disse antes, esta figura e seus asseclas (Maluf, Guimarães e outros) são o denominador comum daquela que já é, de longe, a pior década da centenária história do Galo. A infraestrutura melhorou, não há como negar, mas a gestão é péssima. Contrata-se mal, falta comando e até na hora de escolher um lado, escolhe-se errado (vide a luta contra a Globo e a CBF, onde ficamos do lado supostamente correto, mas que só viria a prejudicar o clube). Hoje, a impressão que temos é que o Galo, com seu hotel cinco estrelas, é um spa, paraíso dos empresários e não dá para ficar compactuando com isso.

É isso, amigos. Com sorte, não terminaremos o primeiro turno na lanterna (o que seria mais do que merecido - o Atlético pratica hoje o pior futebol da primeira divisão). Neste momento, alguém acredita que conseguiremos conquistar 30 pontos no returno?

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que não dá pra desistir. Tem muito ponto a ser disputado e muito time fraco. Na pior das hipóteses, pense como nosotros pensamos: "vivemos de grêmio, não de títulos!"

LF disse...

cara: nós, acima de tudo, vivemos de atlético e não de títulos. a única razão para o cara ser atleticano é ser fanático. :)

não é uma situação inédita para o clube. pelo contrário, é um filme repetido danado - e dos ruins. o problema de torcer para um clube é ter que suportar uns tipos feito os dirigentes do galo fazendo parte do seu cotidiano.

mas é isso aí, como disse aos meus amigos, a história vai registrar esse período negro aí e tudo mais, o kalil e sua turma vai passar e ser esquecido, mas o atlético ficará. enquanto isso, vou aguardando (como sempre).

Sergio disse...

O Patric saiu. Anote aí: agora começa a recuperação.

Brincadeiras a parte, eu tenho dificuldades em acreditar em teorias da conspiração. Como se houvesse todo um esquema armado entre empresários, jogadores e dirigentes para explicar essas repetidas contratações erradas. Eu tendo a achar que é simplesmente incompetência. O Kalil é o exemplo de presidente-torcedor que faz mal para o clube. No que se trata de competências gerenciais, não há diferença entre ele e, por exemplo, um Dadá Maravilha. Claro que eu prefiro o Dadá porque ele, sim, já fez algo pelo Galo.

Bom, o jogo contra o Corinthians foi o último que eu fiz questão de assistir até o apito final. Agora vou tirar tomar um certo distanciamento, porque a sensação HORRÍVEL que tava dando durante os jogos tem um limite.