5 de dez. de 2010

Enfim, o fim

São Paulo 4 x 0 Atlético

Pois bem, chegamos ao fim de mais um campeonato e de uma temporada que não deixará saudades. Esta tarde, com várias partidas decisivas acontecendo simultaneamente, a partida do Galo em São Paulo não teve nenhuma repercussão na Bahia, de modo que eu só soube do placar quando o tricolor anotava o seu terceiro tento. Como a vaca já tinha ido para o brejo, achei melhor me ocupar com outras tarefas e deixar o futebol de lado.

Na verdade, o placar elástico revela a fragilidade do nosso elenco - em especial, da parte defensiva (uma defesa com Jairo Campos e Cáceres, contando com a proteção de Zé Luís ou Fabiano é uma peneira) - e evita que a torcida se iluda com a arrancada final que salvou a nossa garganta, achando que está tudo resolvido para 2011. Apesar da boa campanha sob o comando de Dorival Júnior, o Atlético ainda enfrenta carências graves em setores cruciais da equipe: do meio para frente até que nos saímos bem, mas em matéria de volantes e laterais, precisamos nos reforçar muito bem. Vamos torcer para que a diretoria tenha aprendido alguma coisa com os erros sucessivos deste ano e reformule o elenco com parcimônia e serenidade, sem grandes limpezas ou contratações em lotes.

Acho que é isso. Fim de 2010. O interessante é que nos aborrecemos com a cor e a qualidade das camisas, com um treinador faroleiro e seus mercenários, com o presidente e suas opiniões fora de hora, mas, sinceramente, dos males, o menor: se houvéssemos perdido o clássico no segundo turno, neste momento o nosso maior rival estaria levantando o caneco e nós estaríamos tendo que nos contentar com o fato de não termos caído por ostentar um maior número de vitórias. Quase sempre há uma perspectiva positiva.

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