5 de ago. de 2009

Reencontro com a vitória

Atlético 3 x 2 Coritiba

É praticamente impossível conter a ansiedade quando a partida do seu clube é marcada para o fechamento da rodada às 18:30h do domingo. No caso do Atlético, a ansiedade ficou ainda maior após duas derrotas consecutivas, que resultaram na perda da liderança e, para piorar, após a vitória do Palmeiras na abertura da rodada, que colocou seis pontos de diferença em relação ao Galo. Sendo assim, todo alvinegro sabia que, dados os efeitos psicológicos devastadores de um fracasso neste momento, qualquer outro resultado que não fosse a vitória contra o Coxa no Mineirão praticamente sepultaria as ambições atleticanas com relação ao caneco.

As coisas não poderiam ter começado melhores para o Atlético que, impondo um ritmo fortíssimo, com 15 minutos do primeiro tempo já ganhava por 2 x 0: Jonílson e Diego Tardelli marcaram com assistências do Evandro, que havia iniciado a partida no lugar de Júnior. Ainda escutando os gritos da torcida saudando o Tardelli, comento com a minha mulher:

- É, agora já era... O Galo vai fazer picadinho do Coritiba.

Ela, demonstrando sabedoria para a atleticana novata que é, comentou calmamente:

- Acho que não... O time faz 2 x 0 e fica acomodado.

Logo depois, em um escanteio, o Coxa conseguiu diminuir. Deve ser o tal sexto sentido feminino. Apesar disso, o Galo continuou com um maior volume de jogo perdendo gols de todas as maneiras possíveis e imagináveis (sem contar a grande atuação do arqueiro curitibano). O adversário ameaçava com alguns contra-ataques perigosos, aproveitando os espaços deixados pelo meio e pela defesa atleticanos.

À medida que a partida se aproximava do fim, começava a me lembrar da quantidade de resultados entregues pelo Atlético em circunstâncias idênticas ao longo de todos esses anos. "Já vi esse filme..", pensava, mas logo vinha um pouco de otimismo "esse ano tá diferente, vamos garantir os três pontos!". Aos 36 minutos da etapa final, o Coritiba conseguiu enfiar uma bola em profundidade pelo lado direito da defesa atleticana e o atacante, cara a cara com o Aranha, fuzilou, para meu desespero, a meta alvinegra.

Silêncio no quarto. Minha mulher continuou no computador, alheia ao nosso trágico destino.

Sentei-me no sofá, peguei todas as almofadas, coloquei-as no colo e fiquei ali, incrédulo, meditando. Já via o campeonato descendo pelo ralo em direção ao esgoto sujo, como diria meu primo André.

Já passava dos 40 quando, de repente, uma bola sobra na esquerda para o Saci, que cruza a pelota rasteira pela área alviverde sobrando nos pés do Renan Oliveira. O garoto, domina, gira, dá um toque para o lado e solta um petardo estufando as redes de Édson Bastos. Um grito de gol e uma explosão, com palavrões e almofadas voando pelas paredes do quarto! Dessa vez ninguém ficou alheio!

Apita logo, juiz! Porra! Muito alívio...

Esta rodada estaremos de folga, pois a partida contra o Inter foi adiada. O próximo adversário é, portanto, o Palmeiras. Ainda estamos no páreo.

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3 comentários:

Anônimo disse...

Eu fui pro banhaeiro no mineirao após o gol do coxa. Qdo tava voltando pra arquibancada, parrei pra ver o ataque pela esquerda com o saci. Incrédulo, eu vi o renan parar, dominar e chutar.... Du carai! Comemorei o gol com uma tia de 60 anos totalmente alcoolizada.

Mateus

LF disse...

hahaha eu já tava transtornado com a ideia do empate. tomara que o time engrene novamente.

Chris Becker disse...

que honra! já sou uma atleticana, e sábia! ;- )

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