1 de ago. de 2009

No maior do mundo

Flamengo 3 x 1 Atlético

Com ingressos comprados desde a segunda-feira, passamos toda a quinta-feira torcendo, inutilmente, para que São Pedro colaborasse e fechasse as torneiras. Com a missão de levar um amigo italiano para conhecer o Maracanã, não seria uma chuva teimosa que nos faria ficar em casa.

Após uma longa caminhada debaixo d'água até a estação do metrô, da mudança de linha na Estácio e da correria até às roletas do Maracanã, conseguimos entrar no estádio com os dois times no gramado se preparando para o início do jogo. Demos a volta em todo o anel inferior a fim de chegarmos à torcida alvinegra e, mal nos acomodamos nas cadeiras, o Atlético, após uma roubada de bola do Serginho, consegue anotar o seu primeiro tento com o Éder Luís. Muita festa e animação de todos. Nada melhor do que largar na frente.



GOL!!

Infelizmente, o que vimos após este gol foi um time exageradamente recuado e extremamente afoito na hora de encaixar os contra-ataques. O resultado foi uma pressão incessante do Flamengo que não empatava devido a um misto de sorte alvinegra com a incompetência do ataque flamenguista. Após mais um ataque perigoso, comento com Daniele, meu amigo italiano:

- Rapaz, estamos com muita sorte! Mas não dá pra ficar assim o jogo inteiro... Uma hora a bola entra, porra! Tomara que o primeiro tempo acabe logo!

Daniele faz que sim com a cabeça.

Apesar das adversidades, a torcida ainda apoiava o time sem parar e, quando resolvi sentar um pouco para descansar, levamos um gol numa falha horrorosa da defesa. Léo Moura penetrou pela direita e fuzilou a meta do Aranha. Daniele comenta:

- Falha do goleiro. Foi muito mal na bola.

Ainda tentávamos assimilar o golpe quando o Flamengo marcou o gol da virada. Desânimo total. Me retiro para ir ao banheiro e ao bar. Volto a tempo de ver o árbitro encerrar a primeira etapa. Passamos o intervalo resenhando o primeiro tempo sentados nas cadeiras. Além de Daniele, contávamos com a companhia do Fábio, um amigo gaúcho, gremista, que veio para transmitir o jogo para algum site internacional.


Isola, Weltão!!

Os times voltam, o Galo com duas alterações: saíram Júnior e Serginho, entraram Evandro e Marcos Rocha, respectivamente. O segundo tempo se inicia e não há muita diferença em relação à etapa anterior. Pouco tempo depois Roth substitui Márcio Araújo por Pedro Paulo. Daniele pergunta se a alteração é boa. Respondo que a ideia não é ruim, mas que, considerando-se a peça de reposição, não deve dar em nada. Aproveito para expor a teoria do Mateus que diz que o Pedro Paulo teria um desempenho melhor se a bola utilizada tivesse guizos dentro dela como nas partidas com os deficientes visuais: o homem não tem nenhuma precisão nos arremates! Ainda explicava a tal teoria quando o Flamengo marcou o terceiro, liquidando o jogo.

No fim, descemos para o muro que separa a arquibancada inferior do gramado para tirarmos algumas fotos e o que vimos foi o Pedro Paulo confirmar a teoria do Mateus: recebeu uma bola na grande área e errou o domínio. Com o seu inesperado erro, enganou o goleiro Bruno e, com o gol vazio, conseguiu, espetacularmente, acertar a trave e colocar a bola pra fora. Não precisei dizer nada para o Daniele.

É difícil entender o que está acontecendo com o Atlético: salto alto? Falta de preparo? Racha interno? O elenco sucumbiu à pressão? O time, realmente, pareceu cansado no fim da partida. Mas não posso deixar de reconhecer que correram muito. O problema é correr de uma maneira desorganizada, sempre atrás da bola e não com ela nos pés. Cansa-se à toa e se produz muito pouco. O chato é que a partida não poderia ter começado melhor para o Galo, o que nos deixou muito otimistas, pena que não soubemos aproveitar a oportunidade.

No fim, Daniele fez a sua leitura do jogo:

- O Flamengo jogou pelo Andrade, correu mais, teve mais vontade. O Atlético esteve apático, mas a culpa foi do goleiro. Debaixo do gol ele não pode deixar as bolas passarem daquele jeito.

Domingo o Atlético buscará a recuperação diante de um desfalcado Coxa. Qualquer outro resultado que não seja a vitória selará o nosso destino nesta competição.

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