Homens e meninos
Atlético 1 x 1 Palmeiras
Conforme havia sido previsto no post anterior, a partida mais importante da rodada do campeonato brasileiro não foi transmitida para a Bahia. Numa tentativa de não compactuar com mais essa exibição de dominação cultural, optei por preparar a minha cama e dormir. Pouco antes da meia-noite acordei e, naturalmente, não consegui resistir e liguei o computador para saber o placar do aguardado jogo. 1 x 1, com um pênalti perdido pelo Renan Oliveira.
Deitei novamente, mas não consegui dormir, remoendo o empate com sabor de derrota. Como um time que se diz candidato ao título deixa de vencer um adversário direto na briga pelo caneco perdendo um pênalti? Liguei a TV ainda a tempo de ver os melhores momentos da peleja: equilíbrio e gols perdidos pelos dois lados. Diego Souza, mais uma vez, deitou e rolou no Mineirão, desta vez em cima do Welton Felipe, na jogada que resultou no gol palmeirense. Marcos falhou no gol de Éder Luís, mas pegou o penal.
O penal, aliás, merece uma análise à parte: tenho muita simpatia e boa vontade com o Renan Oliveira. É cria da casa, é habilidoso. Mas uma coisa fica cada vez mais clara a cada dia que passa: ele não é o jogador decisivo que a torcida tanto espera. É um meia talentoso, mas não tem a capacidade de ser a referência do time do Atlético. Ainda é novo e isso pode mudar, mas vai precisar de ritmo de jogo, de tempo e vontade. Assim, deixar o Renan cobrar a penalidade foi um erro estratégico absurdo do Atlético. Não que o Júnior não pudesse perdê-la também, mas as circunstâncias eram demasiado desfavoráveis ao garoto. E o que foi aquela paradinha? No fim, separou-se o homem do menino.
Voltando ao jogo: a impressão que tive foi que o Atlético, com todas as suas limitações e desfalques, jogou tudo o que podia e estava ao seu alcance. Esse mérito não podemos tirar de Roth e seus comandados. Por outro lado, este sacrifício nos custou uma série de desfalques que transformou a possibilidade de conseguir um bom resultado em São Paulo contra o Corínthians ganhar as proporções de um feito épico, o que nos leva à simples constatação de que o nosso elenco é limitado.
Ainda estamos na disputa pelo título? Acho difícil. Mas, acredito que temos condições de conseguir a nossa melhor colocação da era dos pontos corridos e, quem sabe, terminar entre os quatro primeiros. Depois do desastre no Campeonato Mineiro e na Copa do Brasil, quem poderia imaginar que estaríamos frustrados por termos caído para o segundo lugar?
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13 de ago. de 2009
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2 comentários:
Assino embaixo. Mesmo com o time arrebentado, confio em um bom resultado domingo.
mateus
Se a dupla de ataque estiver inspirada e a turma estiver concentrada e correr, talvez dê. Não estou muito otimista. Vamos torcer. :)
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