E o Ziza não resistiu e pediu para sair, coroando mais uma gestão desastrosa no Clube Atlético Mineiro. A verdadeira razão que o motivou a pedir o boné permanecerá uma incógnita, pois essa justificativa de que membros do próprio conselho o estavam ameaçando não convence ninguém.
Até confesso que no início nutri uma certa simpatia pelo senhor bigodudo que assumiu a presidência do Galo. No entanto, os sinais logo apontaram para mais esse desastre na história do maltratado alvinegro mineiro: o excesso de promessas e provocações e a incapacidade de bancá-las eram as principais evidências de que a história não terminaria bem.
Vejam bem, eu nem pretendo ser tão rigoroso a ponto de dizer que o sujeito não poderia errar, mas os equívocos foram
recorrentes durante toda sua administração:
* mais de uma vez um acerto com um determinado jogador foi anunciado e no dia seguinte, ou mesmo poucas horas depois, o atleta se apresentava em outro clube (até mesmo no nosso maior rival), minando o resto de credibilidade que o Atlético possuía;
* quantos laterais o Atlético contratou esse ano? Algum deles é melhor do que o Thiago Feltri?
* e o número de atacantes?
* e o retorno do maldito Geninho,
persona non grata quando se trata do Atlético e, obviamente, odiado pela torcida?
* festas do centenário e a descaracterização do uniforme do clube, etc.
* goleadas, 6 goleadas históricas.
Eu quero acreditar que foram apenas equívocos, mas fica difícil, seria duvidar da inteligência do ex-presidente e não parece ser esse o caso.
A verdade é que, infelizmente, a história não tem sido muito diferente desde que comecei a acompanhar futebol: Nélson Campos, Afonso Paulino, Paulo Cury, Nélio Brant, Ricardo Guimarães, Ziza Valadares, tanta gente que passa pelo comando do clube e que não consegue fazer uma gestão profissional. As equipes montadas, embora fossem competitivas em determinados momentos, nunca tiveram pegada o suficiente para chegar a uma final e vencer.
O Atlético chegou aos 100 anos sem conseguir ser profissional, seu maior credor é um dos seus ex-presidentes, num evidente conflito de interesses e numa demonstração de absoluta falta de ética e com um time de futebol pronto para retornar à segunda divisão do Brasileirão.
E agora? Quem poderá nos ajudar?
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