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13 de out. de 2013

10 anos ou reescrevendo a história

Atlético 1 x 0 Cruzeiro
Ponte Preta 2 x 0 Atlético
Atlético 0 x 0 Corínthians
Atlético 4 x 0 Ponte Preta
Criciúma 1 x 1 Atlético

Nada melhor do que comemorar 10 anos de vida com uma vitória maiúscula sobre o maior rival. Não bastasse o melhor futebol apresentado pelo Atlético (desfalcado de alguns dos seus melhores jogadores, diga-se de passagem), ainda fomos presenteados com um gol de placa de Fernandinho: um toque sutil para se desviar do caminhão desgovernado que era o beque azul, e uma bomba de canhota encobrindo o arqueiro rival. Time por time, o nosso é melhor.


Fernandinho acerta o ângulo de Fábio

Sim, ontem, 12 de outubro de 2013, este blog completou 10 anos! Relendo o primeiro post descobri que, coincidentemente, o Brasileirão também previa um clássico para aquele final de semana em Belo Horizonte. Assim como em 2013, o nosso maior rival era o virtual campeão brasileiro realizando grande campanha. O Atlético, depois de um bom início, vinha caindo pelas tabelas e fazia as contas para ver se conseguiria uma vaguinha no G4. Como sabemos, apesar dos esforços alvinegros, fomos derrotados por 1 x 0 no Mineirão e tivemos um dia das crianças bem ruim. Desta maneira, podemos dizer que a boa fase do maior rival, somada à nossa própria falta de perspectiva a curto prazo e ao gosto amargo da derrota resultaram neste espaço.

De lá para cá, nossa meta deixou de ser vencer os clássicos da temporada e passou a ser, sucessivamente, não cairmos para a segunda divisão (2004 e 2005), voltarmos para a primeira divisão (2006) e nos mantermos nela a qualquer custo (2007, 2008, 2010 e 2011). Em 2009 até que brigamos pelo título, mas faltando cerca de 10 rodadas para o fim o gás acabou e saímos inclusive do G4.


O Gigante do Horto em 2001 e em 2012

Diante deste contexto de misérias e sofrimento, ao perceber que o blog estava de aniversário, me imaginei, tal como o velho Biff em De Volta para o Futuro 2, voltando ao passado e contando a um então imberbe blogueiro a inacreditável sucessão de fatos que se daria a partir do dia 8 de agosto de 2011: 

1 - O senhor Alexi Stival Belludo, vulgo Cuca, torna-se treinador do Atlético 50 dias após deixar o nosso maior rival e sob o seu comando nos safamos de cair para a segundona em 2011.
2 - Cuca sugere, Kalil propõe e Felipão aceita trocar Pierre por Daniel Carvalho.
3 - Chega 2012 e o Independência se torna a casa do Atlético. Praticamente imbatível no Horto, o Galo chega a ficar 54 jogos invicto em Belo Horizonte.
4 - Voltamos a dominar o futebol mineiro, ganhando o estadual de 2012 de maneira invicta.
5 - Ronaldo Gaúcho rompe com o Flamengo e chega para ser o nosso camisa 10.
6 - Jô é defenestrado do Internacional e chega para ser o nosso camisa 9.
7 - O Galo despacha Werley e mais 2 milhões para o Grêmio liberar Victor, nosso novo camisa 1.
8 - O time luta pelo título nacional, mas cai de produção e chega a última rodada precisando vencer o clássico e torcer contra o Grêmio para conquistar o vice-campeonato e assegurar a passagem para a fase de grupos da Libertadores. O Galo, de virada, vence o rival por 3 x 2 e o Grêmio, com dois jogadores a mais, empata o Gre-Nal. A vaga é nossa.
9 - Chega 2013 e somos bicampeões mineiros depois de destroçarmos o nosso maior rival na final.
10 - Quartas-de-final da Libertadores contra o Tijuana. O juiz aponta a marca da cal e os mexicanos tem um pênalti para confirmar a sua classificação no último lance do jogo. Riascos, aos 47 do segundo tempo, corre para bater o pênalti e Victor defende. Estamos nas semifinais.
11 - Semifinal da Libertadores, partida de volta. A cerca de 5 minutos do fim, Guilherme - cria da base do nosso maior rival - acerta um petardo da intermediária e leva a decisão do finalista do torneio para a disputa de pênaltis.
12 - Jô perde. Casco perde. Richarlyson perde. Cruzado perde. Ronaldinho converte. Maxi Rodriguez, craque argentino, efetua a quinta cobrança e Victor defende. Estamos na final!
13 - Partida de volta da final da Libertadores. 1 x 0 para o Galo, placar que dá o título ao Olímpia. Aos 41 do segundo tempo Leonardo Silva, ex-capitão do nosso maior rival, sobe e anota de cabeça o tento que leva a disputa da decisão da Libertadores para a prorrogação.
14 - Quinta cobrança de pênalti para o Olímpia. O placar marca 4 x 3 para o Atlético. Gimenez corre, bate e a bola explode no travessão. Já é madrugada de 25 de julho de 2013, a Copa Libertadores passa a ocupar a nossa sala de troféus e a torcida comanda a maior festa da história da capital das Alterosas.


Em 2003, quem acreditaria?

Considerando a situação do Atlético durante toda a minha existência até aquele momento e o futuro negro vislumbrado pelo clube, o final do meu relato seria acompanhado, na melhor das hipóteses, de tapinhas nas costas e gargalhadas incrédulas. Houvesse alguns atleticanos fundamentalistas no nosso entorno, muito provavelmente teria que escapar de uma surra.

Pois é, não restam dúvidas de que as coisas mudaram para muito melhor. Tomara que tenhamos fincados os dois pés nesta nova fase e que os próximos dez anos sejam muito mais tranquilos porque, afinal de contas, atleticanos nunca deixaremos de ser!

26 de set. de 2013

A lei do menor esforço

Criciúma 1 x 1 Atlético
Atlético 2 x 1 Vasco
São Paulo 1 x 0 Atlético

É curioso notar à cada rodada que se passa deste Brasileirão como parece custoso ao elenco do Atlético disputar o torneio. Embora o desempenho não esteja sendo ruim, a impressão que fica é a de que adotamos a lei do menor esforço e acabamos complicando bons resultados que pareciam encaminhados. 

É compreensível que tenha havido um relaxamento após a conquista da Libertadores - o que nos garantiu a vaga para a competição em 2014 - e que a cabeça dos jogadores já esteja em Marrocos. Ainda assim, deixar de lado um campeonato cujo nível deve ser o mais fraco desde 2003, é um negócio que deixa a torcida desmotivada.

Não pude ver o jogo contra o São Paulo, mas contra o Vasco e o Criciúma fizemos um primeiro tempo muito bom, dominando o adversário e saindo na frente no placar. Depois disso, colecionamos uma sucessão de falhas no ataque e na defesa que parecem fruto da falta de concentração e da entrega no jogo. Para piorar, o senhor Belludo não parece estar nos seus melhores dias e as alterações efetuadas nas partidas tem sido bastante questionáveis. 

Desta maneira, o Vasco, que parecia liquidado no primeiro tempo (vencíamos por 2 x 0, com direito a show de bola), voltou para a segunda metade dando um sufoco no Atlético, diminuindo a diferença após um frangaço do Victor e não chegando ao empate por pura falta de qualidade do seu ataque. Contra o Criciúma, jogávamos bem e chegamos ao primeiro tento para que, logo depois, entregássemos o gol de empate ao clube catarinense. Sem contar o gol do São Paulo, fruto de uma pixotada bisonha do Marcos Rocha.

Marcos Rocha, aliás, carece de alguma orientação por parte do Cuca. Após a ida de Richarlyson para o banco, o lateral direito parece ter resolvido se tornar o armador oficial de contra-ataques para o adversário. A opção pela jogada mais difícil e pelas viradas de jogo perigosíssimas parecem ter se tornado a tônica do camisa 2. Pode ser falta de maturidade mas a sensação que eu tenho é a de que ele se acha muito mais jogador do que realmente é. Se se contentar em fazer o básico e buscar as jogadas mais complexas em momentos especiais, é um ótimo lateral direito.

9 de jul. de 2013

Vibração e bom futebol

Atlético 3 x 2 Criciúma
Newell's Old Boys 2 x 0 Atlético
Santos 1 x 0 Atlético
Atlético 2 x 0 Grêmio
Vasco 2 x 0 Atlético
Atlético 0 x 0 São Paulo

A semifinal da Libertadores não começou muito bem para o Atlético. A derrota por 2 x 0 em Rosário deixou o time com uma missão extremamente complicada para a noite desta quarta-feira em Belo Horizonte. É lógico que torço para que o time consiga o resultado e chegue à grande decisão, mas qualquer pessoa que acompanhe futebol há algum tempo sabe que a probabilidade de que os argentinos, com a vantagem que tem em mãos, permitam que tenhamos um jogo de futebol no Horto é praticamente zero. Neste contexto, a classificação teria que vir à fórceps.

O que me preocupa neste momento não é nem o placar milagroso que precisamos, mas o espírito do grupo e, mais ainda, o futebol apresentado pela equipe. As duas partidas contra o Tijuana e a partida de ida em Rosário nos mostraram que o Atlético não tem um plano "B" caso o seu jogo não encaixe. Diante de uma marcação bem efetuada e da baixa produtividade dos homens de frente, o Galo não consegue ameaçar efetivamente o adversário - e isto tem acontecido com uma frequência maior do que gostaríamos. Em tempos não muito distantes, quando não detínhamos jogadores de alto nível no plantel, as vitórias eram conseguidas na base do suor e da vibração e é precisamente isso que tenho sentido falta nos momentos em que nosso futebol desaparece.

Não acho que a partida na Argentina tenha sido tão ruim. O adversário manteve a posse de bola e rondou incessantemente a grande área mas, para minha surpresa, a defesa comandada por Rafael Marques e Gilberto Silva não comprometeu. O primeiro gol argentino surgiu de um lance confuso, de bate rebate na área, onde Rafael Marques sofreu uma falta não marcada e, na sequência, um cruzamento encontrou Maxi Rodriguez livre para anotar 1 x 0. O segundo gol surgiu em uma cobrança de falta de Ignacio Scocco e contou com a colaboração de Victor, nosso heroi nas quartas-de-final.

Resumindo, o que aconteceu foi que os dois jogadores diferenciados do adversário resolveram o jogo: Scocco e Rodriguez, anotando um tento cada garantindo o placar final da partida. Por outro lado, nossos atletas selecionáveis não corresponderam: Ronaldo esteve mal, assim como Jô, Bernard e Tardelli que também fizeram uma partida ruim. Consequentemente, o ataque não foi capaz de reter a bola na frente e a defesa foi sobrecarregada.

A única chance na quarta-feira é conseguirmos aquela união mística entre torcida e equipe, a soma da vibração com o bom futebol apresentado nas partidas contra o nosso maior rival e o São Paulo nesta temporada. O ponto fraco da equipe de Rosário é, sem dúvida, a defesa e, se conseguirmos impor o volume de jogo que demonstramos nas grandes exibições da equipe no Independência, poderemos conseguir o resultado.

No mais, com relação ao campeonato brasileiro, a vitória do último domingo serviu como estímulo à minha tese de que é melhor jogar com um time reserva do que com um mistão: embora a equipe não tenha "aquele" compromisso, ao menos resta o entrosamento.

4 de nov. de 2003

Tirando do sério

Atlético 1 x 1 Criciúma

Tradicionalmente, após o apito final, a nossa turma costuma ficar batendo um papo nas arquibancadas até que o movimento nos portões de saída baixe a um nível aceitável. Nada de empurra-empurra! Pois bem, no último sábado não foi diferente, aliás, demoramos um pouco mais pois o Flávio resolveu fazer uma visita ao "toilete". Durante os preparativos finais para deixarmos as dependências do Independência (uau) metade dos refletores foram apagados e o sistema de som anunciou docemente, como é de praxe:

- O Estádio Independência e a diretoria do Atlético desejam aos torcedores uma boa noite e um bom final de semana!

Após todo o suplício descrito, pormenorizadamente, num dos posts anteriores, não era de se espantar que a reação de alguns de nós fosse descer os degraus da arquibancada correndo em direção aos alambrados com o dedo em riste, apontando para o sistema de som e bradando todos os palavrões conhecidos. Pois foi o que o Mateus fez:

- Bom final de semana é o caralho, diretoria FDP! Vocês ACABARAM com meu, cambada de miseráveis!! Vão pra PQP!

É, a vida tá dura.

2 de nov. de 2003

Péssimo

Atlético 1 x 1 Criciúma

Uma coisa boa sobre o Independência é que se pode chegar faltando 10 minutos para o início da partida. Nada de passar a tarde inteira sentado no cimento esperando o apito inicial, atividade que se tornou ainda mais entediante após o fim das partidas preliminares. Mas, enfim, tratemos do jogo de ontem. A nota pitoresca da noite é que teríamos, pela primeira vez, um trio de arbitragem feminino apitando a peleja.

Os times já estavam em campo quando o Flávio, outro companheiro de arquibancadas chegou. Veio voando em seu Uninho lá do interior de Minas, onde abandonou o banquete de aniversário da avó para acompanhar o Atlético. Mas não foram necessários mais do que dez minutos para que eu percebesse e comentasse com o Mateus e o Ronaldo que as duas equipes, aparentemente, não queriam jogar futebol. Parecia um amistoso desses de pré-temporada, entre uma equipe em formação e um combinado local. De qualquer maneira, o lateral Marquinhos acertou seu primeiro cruzamento vestindo a camisa alvinegra e o Fábio Júnior ficou cara a cara com o goleiro. O cantor, que tem medo de ser feliz, chutou em cima do arqueiro e, na confusão resultante, a árbitra apontou falta e a jogada terminou por aí. O Criciúma não vacilou e aproveitou a única chance de gol que teve. O ex-atleticano Paulo César lançou o atacante Dejair dentro da área que matou no peito e, aproveitando o fato de o zagueiro André Luis ter resolvido parar e levantar o braço, petecou um belo tento.

A partir daí, não teve mais futebol. O Atlético, demonstrando uma falta de vontade e de inteligência que beiravam o ridículo, não conseguia tramar nada. O Criciúma, por sua vez, decidiu não jogar mais bola e se limitava a catimbar e fazer cera. Irritante, muito irritante. Foi então que a juíza entrou em cena, expulsando um jogador do tigre. Uma coisa curiosa sobre o galo é que, paradoxalmente, o time consegue ser pior quando está vivenciando uma situação de superioridade numérica em relação ao adversário. Ontem não foi diferente. Ao final do primeiro tempo o Flávio, aparentemente, consumido pela culpa de ter dado o perdido no banquete, resolveu voltar a beber. É esse o tipo de coisa que o galo proporciona aos seus torcedores.

O segundo tempo veio e o que parecia improvável aconteceu: conseguiu ser pior do que o primeiro. O Criciúma resolveu não jogar MESMO e o resultado todo mundo já sabe: 3 expulsões, incluindo o goleiro e uns 10 minutos, no total, de bola rolando. Para completar a lambança a juíza, aos 47 minutos, deu um pênalti para o Atlético. A torcida, que já havia partido para a auto-ironia há algum tempo, nos acompanhou no coro de "Veloso! Veloso!" na tentativa de convencer o arqueiro alvinegro a cobrar o pênalti. O Lúcio Flávio foi lá e converteu. A dona do apito então, deu a partida por encerrada, conseguindo irritar os dois lados. Péssimo!

No caminho de volta até o carro o atormentado Flávio foi filosofando:

- Aquela música "O Vencedor", é pura mentira quando se trata do Atlético.
- Por que, cara?
- "Eu que já não sou assim / Muito de ganhar", a gente não é "muito de ganhar", a gente nunca ganha nada...
- Hahaha
- "Junto as mãos ao meu redor/Faço o melhor/Que sou capaz", o time nunca faz o melhor que é capaz! Nem isso, cara! Nem isso! "Só pra viver em paz!", a gente vive no inferno!! É no INFERNO!!! Agora vou chegar em casa e bater nos meus pais, nas minhas irmãs e depois por fogo no apartamento!! Não tem solução! Não tem solução!; completou, dando mostras de insanidade... tsc, tsc.

Mas, falando sério, pelo menos a imprensa resolveu meter o pau no time, coisa que ele anda merecendo MESMO. É muito cômodo jogar a culpa no trio de arbitragem porque a cera do adversário não foi convertida em acréscimo de tempo ao final da partida. Tanto na partida de ontem quanto na do meio da semana retrasada contra o Paraná Clube, esse tipo de situação se concretizou por culpa única e exclusiva do time da casa que não jogou nada e deixou o adversário abrir o placar. Não são 2 ou 3 minutos a mais que vão fazer a diferença. A verdade é que se o Criciúma continuasse jogando como vinha jogando ao invés de adotar a postura medíocre assumida após sair na frente no marcador, provavelmente, teria ganho a partida.

Bah, já falei demais.