Atlético 3 x 1 Inter
Depois da virada espetacular na noite do sábado passado, as expectativas para a partida contra o Internacional em Belo Horizonte aumentaram ainda mais. Como foi amplamente divulgado, o colorado tem sido uma pedra no sapato alvinegro desde o início da era dos pontos corridos, era que, coincidentemente, é registrada e acompanhada por este espaço. Os gaúchos são adversários tão indigestos que venceram o Atlético no dia do meu casamento, para alegria da família da noiva, colorada em sua maioria.
O Internacional foi para Belo Horizonte desfalcado de algumas das suas principais estrelas: seleção olímpica, contusões e preparações para a estreia diminuíram bastante o poder do nosso adversário, temos que reconhecer. Por outro lado, isso não era problema do Atlético e o nosso negócio era manter a liderança - daí a citação no início deste post. Assim, embora o encontro fosse tratado como um jogo de "12 pontos" pelos dirigentes colorados, entendi que havia um ligeiro favoritismo para o Atlético. O principal aliado dos gaúchos era o tabu: 10 anos sem perder para o Galo.
Com relação a este fato, me lembrei de uma correlação que descobri nos últimos anos: quando consigo jogar bem na pelada semanal, o Atlético costuma obter um bom resultado. Desta maneira, imbuído deste espírito místico, vesti meu uniforme completo do Galo e parti para o Humaitá. O surpreendente foi que não só consegui fazer uma boa exibição como anotei inacreditáveis 12 tentos em uma hora e meia, fato que acabou me trazendo a certeza absoluta de que aqueles 3 pontos contra os gaúchos já estavam no papo.
Cheguei em casa e o primeiro tempo já passava dos 20 minutos. O que vi foi um Atlético tranquilo em campo, girando a bola e buscando o espaço para finalizar com qualidade. O Inter, retraído, não oferecia perigo à meta de Vítor. Ainda no primeiro tempo, D'Alessando arrumou uma escaramuça com o árbitro e acabou levando o cartão vermelho. A situação piorou ainda mais para o adversário, que acabou levando um gol na última volta do ponteiro: lindo chute de Guilherme que bateu na trave, nas costas de Muriel e morreu no fundo do barbante. 1 x 0 Galo.
Faz a alegria da massa, Galo!
O segundo tempo foi uma repetição do primeiro até o segundo gol atleticano, anotado por Léo Silva, o zagueiro artilheiro. A partir de então o Inter impôs uma correria que resultou no gol de Fred e trouxe apreensão para a torcida atleticana ao longo de toda a segunda metade. No fim, um contra ataque mortal puxado por Bernard e finalizado com precisão por Escudero, liquidou a fatura e nos assegurou a liderança do certame. Mais uma vitória merecida.
Daqui a alguns minutos entraremos em campo contra o Sport em Recife. Jogar quarta e sábado não é brincadeira. O consolo é que os pernambucanos estavam em Porto Alegre - viagem um pouco mais longa do que a nossa. Com o resultado negativo obtido na capital gaúcha (1 x 3 contra o Grêmio), o leão deve partir para cima do Galo. Espero que nosso contra-ataque esteja afiado e que consigamos sair com mais um bom resultado da Ilha do Retiro. Ademais, considero vencer o Vagner Mancini uma obrigação depois do que vimos e ouvimos durante a sua passagem pelo nosso maior rival.
Para finalizar, faço votos que a seleção do Mano conquiste a medalha de bronze em Londres. Não consigo torcer pela "amarelinha" da Nike, do Mano, enfim, da CBF. Mas, o melhor cenário para o Atlético é que a juventude brasileira permaneça na terra da rainha o maior tempo possível desfalcando nossos adversários. O bronze eu desejo para não parecer muito ranzinza - é sempre melhor vencer do que perder a última partida.
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